Acordei por volta das sete da manhã, me ajeitei, fiz as minhas higienes e fui comprar o jornal, não deixaria de procurar vagas de emprego, caminhava lentamente pelas ruas do meu bairro, olhando em volta e apreciando aquele dia ensolarado em Seattle, quando estava próxima da banca de jornal, me apressei e peguei um das muitas folhas que haviam ali, entrei no estabelecimento para pagar.
- Bom dia clarinha, nada ainda? -Era seu Joaquim, o velho dono da banca, sorri para o mesmo.-
- Bom dia, nada ainda, seu Joaquim, mas acredito que hoje seja um dia de sorte. -Paguei ao senhor de idade e segui o caminho até a pequena mercearia que tinha ali para comprar pão para meu café da manhã, ao finalizar fiz o caminho de volta pra casa.-
Ao chegar em casa, passei manteiga no pão e dei uma mordida enquanto colocava café na minha xícara, e segui para a sala, peguei o jornal e fui para a área de anúncios de emprego, fui riscando aqueles que não serviam para mim, que necessitavam de experiência ou algum certificado de curso que eu nem sonhava em fazer, suspirei até que eu me engasguei com um pedaço do pão, vendo ali uma vaga perfeita, babá, não exigia cursos, nem muito menos experiência, só gostar de criança e ter disponibilidade durante o dia, nas exigências tinha o fato de ter que mudar-se para a residência, levando em conta que era uma bebê e o horário era cedo, não achava tão ruim isso, além do mais poderia ser uma oportunidade de diminuir os gastos, mas será que eu estava pronta para abrir mão do meu cantinho? Essa dúvida sumiu quando vi o estimativo de salário, peguei o telefone e disquei o número.
- Grupos LS, Katherine falando. -Uma voz soou do outro lado da linha me fazendo buscar as palavras certas.-
- Bom dia Senhorita Katherine, me chamo Ana Clara, estou ligando referente a vaga de babá que foi anunciada. -Usei de todo o meu auto controle para me enrolar nas palavras-
- Oh, sim, está ocorrendo a entrevista das oito as dez, na sede da empresa no centro de Seattle. -Quando ouvi isso me praguejei porque da minha casa para lá, levava pelo menos umas duas horas de ônibus, já que para aquela região a condução era bem demorada, suspirei e concordei pedindo para ela agendar para mim.-
Assim que desliguei engoli o pão rapidamente e segui para o meu quarto precisava de algo apresentável para ir naquela empresa, escolhi uma calça de cintura alta e uma blusa composta preta e branca, era o que achava adequado para ocasião, segui para o banheiro, tomei um banho não tão demorado e sair enrolada na toalha, me sequei, coloquei uma roupa íntima e em seguida a roupa que escolhi, fiz umas ondas no cabelo com auxílio da prancha, e em seguida passei um gloss nos lábios, perfume e desodorante, coloquei uma sapatilha simples nos pés e peguei minha bolsa, com celular e chaves, e sai às pressas de casa, fui para o ponto de ônibus e aguardei a condução que demorou mais que o comum, quando entrou na mesma já se passava das oito da manhã, então fez uma silenciosa oração para que chegasse a tempo.
Demorou o esperado para a garota desembarcar no centro, assim que o fez apressou seus passos para chegar a tempo faltava cerca de meia hora para encerrar o horário, quando chegou em frente a empresa olhou o tamanho do lugar e ficou impressionada com o tamanho dali adentrou o lugar e foi checar na sua bolsa se seus documentos estavam ali, em um momento de distração acabou por bater em alguém e quase cair no chão levantou o olhar e viu uma loira de vinte e poucos anos, um homem mais velho e um bebê, jurava ser uma família e pelas roupas que vestiam era importantes ali.
- M-me desculpe Senhora, eu acabei me distraindo, desculpe mesmo. -Minha voz saiu trêmula, mas me mantive calma, não iria me desesperar ainda, a loira deu um sorriso para a mim e respondeu logo depois.-
- Desculpo se não me chamar mais de senhora, eu não sou velha. - _Não tive como controlar a coloração avermelhada nas bochechas, o homem que estava com ela, saiu apressado e com a cara fechada a loira se despediu e e gritou pelo homem, que não lhe deu atenção.
Eu segui o caminho até a recepção, que me indicou um lugar para aguarda, tinha duas moças na minha frente para a entrevista, minhas mãos suavam e eu tentava manter a calma, não entendi porque as mulheres ali estavam de saias coladas e decotes, será que minha roupa era inadequada para este lugar, a insegurança me pegou em cheio, levantei e caminhei em direção a saída, parei um momento para pensar e ignorei aquela sensação, passei por muito para chegar ali, não poderia desistir, voltei e sentei novamente, só tinha uma mulher ali, a outra deveria ter entrado.
Um entra e sai de pessoas resumia aquela empresa, levou algum tempo até a moça sair e a próxima entrar, continuei a observar tudo ali, o modo refinado das pessoas, suas roupas chiques e lembrei -me de quando visitei a empresa do meu progenitor, era bem menor, mas com aquele mesmo ar, pessoas se achando melhor que as outras e muitos ambiciosos. Não sei quanto tempo passou até que fui chamada, me indicaram uma sala, que havia uma senhora, ela tinha um ar jovial, mas passava da casa dos cinquenta.
- Bom dia senhora. -Cumprimentei e aguardei em pé, de frente a sua mesa, a mulher abriu um sorriso e indicou a cadeira a sua frente para que eu sentasse.-
- Bom dia, sente-se por favor. -Olhou em alguns papéis e voltou a atenção a mim.- Ana Clara, bom, seu currículo é bem simples, não tem muita experiência, então conte-me porque deveria te dar o emprego?
Chegou aquela hora que todo mundo treme na entrevista, bate um nervosismo que acaba levando a fazer besteira e no fim não conseguimos nada, respirei fundo e olhei para ela.
- Acredito que possa estar desacreditada de minhas habilidades, por ser jovem e sem experiências, mas estou em busca de meu sonho, e pra sonhar precisamos de pé no chão e quando trata-se de Seattle precisamos de outra coisa além disso, condições financeiras, e para tal, preciso de um emprego. -Disse em uma voz calma, enquanto a olhava, esperava que não tivesse dito bobagem-
Olhei para a senhora que estava na minha frente e esperei uma reação, demorou um pouco mais foi melhor do que imaginei, ela sorriu e bateu palmas enquanto levantou e veio em minha direção, sentou na cadeira ao meu lado e disparou.
- Passei horas do dia entrevistando mulheres que era totalmente diferente de você suas respostas era ensaiadas e sem nenhum pouco de vergonha. Começando pelas roupas e porte, estavam aqui não a procura de um emprego, mas sim de fisgar o meu filho. E eu acredito que quando fazemos algo para realizar nosso sonho, queremos dar o melhor para se manter no emprego, e é isso que eu busco em alguém que cuidará da minha neta, parabéns senhorita Ana Clara, o emprego é seu, se aceitar, você pode começar amanhã. Leve o contrato, leia com atenção, se estiver de acordo, assinamos amanhã, às 07 horas um motorista irá lhe buscar junto a suas coisas e você terá um mês de experiência, durante esse tempo se você se adaptar e meu filho ficar satisfeito, assinamos sua carteira. -Diz estendendo a mão para mim e eu ainda estava em choque, apertei sua mão e segurei o papel em meus braços, ainda estava desacreditada, agradeci e sai da sala em choque.-
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- Se houver erros de digitação peço desculpa, não revisei o capítulo.
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Beijos e até o próximo capítulo! 😘
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Minha Doce Babá
FanfictionUm homem machucado, mudado e totalmente fechado para vida, dono de uma das maiores rede de empresa, com sede em Seattle, o Grupo LS, seu famoso dono e presidente era ninguém mais, ninguém menos que Luan Santana, pai de uma linda garotinha de uma ano...