Capítulo 14

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☞Narrado por Luan.

Depois de receber a Clara no meu escritório e comunicar de nossa viagem, fiquei com um humor agradável por ver seu rosto em choque, acredito que ela não esperava por isso, nem muito menos eu esperava por isso, de última hora resolvi que queria as duas comigo durante esses dias, mesmo querendo me manter afastado dela é quase impossível, existe algo que me leva de um jeito absurdo pra essa mulher e pra quem não acreditava em nada que envolvesse destino, estou começando a achar que este seria esse o vilão da história.

O meu humor não durou muito por ouvir um tumulto na sala, deixei o escritório com Melissa em meus braços e seguido por Ana Clara e dou de cara com Jade, se eu pensava que não podia piorar, piorou e muito. Jade foi uma das mulheres que fiquei, mas que deixei de procurar assim que percebi que era pegajosa e paranóica, era linda e boa na cama, mas esses defeitos me fizeram repensar. E desde que deixei claro não querer mais nenhum envolvimento com ela, ela me inferniza, já proibi sua entrada na empresa e na minha casa, mas ainda assim aqui está ela. Respirei fundo e logo ouvir a voz enjoada da Jade.

— Querido este senhor não queria me deixar entrar, acho que deveria avaliar os empregados dessa casa. -Disse e se aproximou mais de mim, mantive uma expressão seria, estava sem paciência.-

— Senhor, perdão, não consegui impedir que ela entrasse. -Falou um dos seguranças, o Phill, era bom no trabalho que fazia mas sei bem como a Jade costuma ser persuasiva-

— Tudo bem Phill, não é culpa sua, sei como ela costuma ser, pode ir. -indaguei-

Logo percebi sua carranca para as duas funcionárias que estavam ali, Carmen e Cassie, entendo elas, o fato é que não costumo gostar desses agitos desnecessários na minha casa e com isso vinheram olhar do que se tratava, olhei para as duas que entenderam o recado e se retiraram. Ana Clara ainda estava parada um pouco atrás de mim, parecia sem reação, petrificada. 

— E você empregadinha, não vai sair? Não percebeu que isso é algo pessoal?
Jade bradou e tentou brincar com a Mel, que estava nos meus braços e não queria papo com ela, mantive meu olhar sério para a morena a minha frente, já estava passando dos limites o seu comportamento.

— Não lhe dei autorização de falar com os meus funcionários desta forma Jade, então fique quieta antes que eu mande alguém lhe tirar da minha casa. -virei em direção a loira que se mantinha na sua e falei tranquilo - Clara leve a Melissa para comer, por favor.

— Sim senhor. - Minha filha se jogou para os seus braços com um sorriso que a loira retribuiu e saíram do cômodo-

Minha atenção caminhava como elas até ouvir a Jade novamente. 

— Como você pode me tratar desta forma? Eu estou carregando um filho seu! -Bradou-

Confesso que fiquei incomodado, meu olhar foi até a loira e tive a impressão de ver seu corpo tenso e surpreso, ou será que foi coisa da minha cabeça?! Voltei meu olhar mais furioso para a Jade e segui para o meu escritório, tinha plena certeza que ela me seguiria, ao chegar no escritório me sentei e como previsto lá estava ela adentrando o local.

— Você sabe bem que não está esperando um filho meu, não ouse ficar inventando mentiras ao meu respeito! -Falei enquanto enchia um copo com whisky- 

— Saiba você que não estou mentindo Luan, aprenda a arcar com suas responsabilidades e ser homem! -Falou furiosa-

— Tem certeza que se eu fizer um teste de DNA constará que sou o pai, ou será algum daqueles outros empresários que você ia pra cama? -Tomei um gole da minha bebida e me sentei na minha poltrona-

— Como você pode falar algo assim de mim Luan, eu sempre fui inteiramente sua. -Dramatizou-

Ela estava indo longe demais com esse teatro, mas mantive minha postura calma e imparcial.

— Então não terá problema em realizar o DNA, certo? -Arqueei uma das sombrancelhas- 

— Não acredito que você me fará passar por algo assim, esse filho é seu, eu sei disso! 

— Eu nunca tive relações com você sem preservativo, e pode ter certeza que nenhum deles rompeu, porque eu conferi todos ele. Além do mais deixe de ser cínica.

Peguei um envelope na gaveta da minha mesa e expus todas as fotos que tinha dela e 'seus amigos' em momentos bem íntimos, um sorriso sarcástico se formou em meus lábios e a vi bufar de raiva.

— Isso é uma montagem, eu não estive em nenhum desses locais e nem com essas pessoas. -Tentou, mas sua voz já demonstrava estar falha.-

— Vou falar pela última vez, saia da minha casa, da minha vida, esqueça que um dia estive em sua vida Jade, ou pode ter certeza que todos vão saber da interesseira que você é, e pode ter certeza que não vai ficar por aí. Eu posso procurar vários outros podres seus e mostrar para toda a sociedade que você tanto presa, fui claro? -Disse firme-

— Você só pode estar brincando Luan. -Disse com um sorriso sem humor, dava pra perceber o medo em sua voz.-

— Nunca falei tão sério em toda minha vida! -Fui firme-

A mulher saiu bufando do escritório e em seguida da minha casa, revirei os olhos e bebi o conteúdo que tinha no copo. Logo em seguida precisei ir com urgência na empresa adiantar umas coisas para poder viajar tranquilo, e pedi que a Carmen ficasse com minha filha depois do horário da Ana Clara até eu chegar.

Demorei mais do que o esperado na empresa, e cheguei em casa pouco tarde, e fiquei do lado de fora observando a janela da loira, que tinha apenas o abajur aceso, fiquei martelando em minha cabeça se deveria ir falar com ela, afinal ela escutou a mentira que aquela mulher falou, e eu sentia que precisava explicar a ela, não sei porque, já que eu não devo satisfação aos meus funcionários, mas eu sentia que a ela precisava esclarecer tudo aquilo. Sou pego de surpresa quando uma moto encosta em frente a minha casa, de onde eu estava não conseguia ser notado mas conseguia ver quem era. Lá estava a loira que tem atormentado meus pensamentos, mas não estava sozinha, um rapaz ruivo a acompanhava, eu me senti ridicularizado de alguma forma. Percebi que o rapaz estava nervoso e se estou certo ele está apaixonado pela Clara e não sei porque eu senti um misto de raiva e ciúmes, e antes de qualquer coisa resolvi me pronunciar.

— Senhorita acredito que em frente ao seu local de trabalho não seja o melhor lugar para namorar! -Indaguei com a mão nos bolso-

Percebi seu semblante surpreso, ela não esperava por isso, nem eu mesmo esperava pro essa atitude, mas me senti aliviado por ter interrompido o que quer que seja. 

— Me desculpe Senhor Santana. -Ela falou formal e deu um beijo no rosto do ruivo, acenou e seguiu o caminho para a porta dos fundos.-

— Não brigue com a Clarinha, eu que insistir em deixa-la aqui! -Ele falou-

Meu olhar foi de encontro ao dele e levantei uma das minhas sombrancelhas. 

— Quanto a lhe dar com meus funcionários só diz respeito a mim, boa noite! -Bradei-

Fiz o caminho até a porta e assim que adentrei o local ouvi o barulho da moto se afastando, respirei fundo e segui para o meu quarto, precisava de um bom banho e um bom descanso.

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