Capítulo 08

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Desde o dia do jantar eu vinha percebendo uma mudança no clima da casa o meu patrão estava bem mais presente na vida da pequena Mel, e fico contente a cada conquista daquela pequena bolinha, as palavras que ela enroladas que ela costuma falar, ou o modo que chama seu pai, a carinha de irritada dela me faz apaixonar cada dia mais. Dona Mari, Bruna e o Senhor Amarildo, sempre estão por aqui, minha faculdade estava correndo bem e não atrapalhava em nada com o horário que trabalhava na mansão, ainda ajudava no bar, porém com frequência inferior ao que costumava ir.

Hoje as aulas haviam sido rápidas e duas delas canceladas por conta dos professores que faltaram, um grupo de jovens da minha turma estava se preparando para ir ao bar e sabia que daquela forma tudo ficaria agitado para o Nando e o Sam, já que não tinham achado outra pessoa para me substituir lá, então resolvi que passaria para ajudar os dois. Em passos rápidos caminhei até o bar do outro lado da rua e assim que entrei vi o desespero no rosto do meu amigo e logo o alívio quando me viu se aproximar do balcão e colocar o avental.

- Eu nunca imaginei que ficaria tão feliz em te ver com esse avental. -Dizia Nando com sua cara de deboche, eu sabia que estava fazendo brincadeira com minha cara-.

- Não faça com que eu me arrependa de estar com esse uniforme novamente Fernando, se prepare vem um grupo de jovens da faculdade, estou aqui para dar uma força! -Respondi com um sorriso e solteira um beijo para ele-

- Obrigada monamour, você é um anjo!

Ele disse mais logo eu sai para recolher pedido de algumas mesas, enquanto Sam se desdobrava em outras mesas. Algumas pessoas apenas pediam bebidas, bebidas e bebidas, ja outras pediam com acompanhamentos, e falando francamente estava com saudades dessa agitação toda, como eu tinha dito e previa o grupo de jovens apareceu ali e logo sentaram em uma mesa, e eu me encaminhei a mesa para anotar os pedidos.

- Boa noite, Bem vindos ao Nando's, já vão fazer os pedidos? -Falei simpática com um pequeno sorriso e com a caderneta na mão para anotar o pedido.-

- Nossa que gatinha. -Falou um dos caras me fazendo estremecer de nojo daquela voz-

Os outros concordavam e apenas um dos que estavam ali era consciente e interrompeu aquele absurdo de comentários a minha frente e agradeço mentalmente.

- Deixem de ser filhos da put#, a garota esta trabalhando seu idiotas. Tequila pra todos por favor e desculpe pelos meus colegas. -Ele disse e os demais zombaram de sua sanidade, enquanto eu concordei e sai dali constrangida.

Deixei o pedido daquela mesa com Nando e segui a noite cuidando de outras mesas mais afastadas daqueles caras, mas via que sempre tinha uma remessa nova de tequila ali, o que era preocupante, eles gritavam e falavam qualquer coisa por ali, e eu estava vendo que poderia dar em problemas, comentei com Nando e ele disse que se manteria atento em tudo, concordei e fui em direção dos banheiros, precisava fazer xixi e o mais perto era o banheiro do bar para clientes, segui para o feminino, depois de esvaziar a bexiga sai do banheiro e fui lavar as mãos ali mesmo.

Quando estava acabando aquela voz soou em meu ouvido, me causando náuseas e mãos agarravam minha cintura, estava sendo presa contra a pia, e aquela boca nogenta e bêbada percorria meu pescoço e as mãos tentavam me apalpar, quando em toquei do fato tentava empurrar e grita mais a música estava alta.

- Calma gatinha, eu sei que você também me quer. -Dizia aquele homem.-

As lágrimas brotavam em meu rosto e eu tentava me debater para sair do seu aperto, o que era quase impossível.

- SOCORRO, ALGUÉM EM AJUDA, ME SOLTA. -Desespero era só o que sentia ali, ele virou meu corpo e acertou um tapa forte em meu rosto.-

-PARE DE GRITAR AGORA SUA VADIA, VOCE ME PROVOCOU A NOITE TODA E QUANDO VENHO DAR O QUE QUER FICA NESSA, AGORA VAI TER QUE AGUENTAR. -Estava em pânico, minha mão estava no meu rosto que queimava, quando ele estava pensando em avançar mais ouvir uma voz que me causou uma sensação boa.-

- Tire as mãos dela seu filho da puta. -Sam, veio ao meu resgate, se aproximou do cara o puxando de cima de mim e o virando para ele, não demorou ao cara ter levado uns belos muros do Sam, eu fiquei horrorizada e assustada, mas quando voltei a mim, fui até os dois e fiz com que o Sam parasse para não se prejudicar por minha causa.

- Sam, por favor, pare. -Quando aqueles olhos me fitaram eu pude ver o quão preocupado ele estava e só lembrei do outro cara quando seu punho acertou a boca do Sam, fazendo o rapaz que ja estava mais calmo se enraivecer e socar novamente o rosto ja machucado, o infeliz então correu dali e quando Sam iria atrás eu o segurei impedindo de ir, ele me olhou e quando viu as lágrimas se formando nos meus olhos, me puxou pra um abraço, fazendo com que eu desabasse em lágrimas.

- Desculpe pela demora Clarinha. -Ele dizia enquanto afagava meu cabelos, apenas concordei e continuei um pouco mais ali, em seu abraço.-

Minha Doce Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora