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Fui jogada pra fora do sofá e senti minha coxa doer na queda.

Gabriella: Ah Pietro... - reclamei.

Ele acordou.

Polegar: Nossa, amor, me desculpa — me puxou de volta pro sofá.

Gabriella: Você me derrubou — resmunguei, olhando pra ele e vi alguma coisa nos ombros. — Pietro, que isso?

Polegar: Que isso o que, amor? - perguntou, confuso. Me sentei. 

Gabriella: Vira de costas pra mim — pedi.  Ele sentou e virou. As costas dele estavam arranhadas, e dava pra perceber que sangraram. — Ai me desculpa, amor

Polegar: Por que? — me olhou por cima do ombro.

Gabriella: Suas costas estão ferradas, e sangraram — fiz um bico, mas ele não me olhava, olhava pros meus seios. — Pietro!

Polegar: Não, não é isso. É isso, mas não é bem isso — se enrolou. Arqueei uma sobrancelha, ele se virou de frente pra mim e me fez levantar. — Suas coxas, seus seios também estão ferrados 

Olhei e estavam roxos em alguns pontos.

Gabriella: Ai não acredito

Polegar: Acredito que fui eu — sorriu de lado. Dei um tapa no braço dele.

Gabriella: Não tem graça, eu to roxa e você com as costas arranhadas — fiz um coque mal feito no cabelo.

Polegar: Tem mais um belo chupão, outra obra minha, no seu pescoço. Faço belos trabalhos — disse se gabando.

Ficamos nos encarando por alguns momentos e depois rimos.

Gabriella: Não acredito, como vou usar short agora?

Polegar: Não usando, melhor assim

Gabriella: Está calor

Polegar: Usa vestido — deu de ombros.

Gabriella: Sim, mas to roxa aqui também — segurei nos seios.

Polegar: Ah — tirou minhas mãos e substituiu pelas dele. — É vai ser difícil — comentou, safado que era. Coloquei as mãos na cintura e encarei ele. — Dói? — apertou.

Gabriella: Claro que dói, palhaço — dei um tapa na mão dele e me afastei. Peguei a camiseta dele e coloquei, em seguida minha calcinha.

Polegar: Já vi que não vai ser divertido nós nessa situação — me mediu e depois olhou a si mesmo, nu.

Gabriella: Não vai, não hoje. Nos ferramos

Polegar: Amor, relaxa, deve ter sido por causa da bebida que exageramos um pouco — deu de ombros.

Gabriella: Pode ser

Polegar: Vou tomar um banho e ir trabalhar

Gabriella: Vou fazer um café pra você

Polegar: Tudo bem — ele concordou e subiu.

Fiz uma coisa básica. Leite, suco, pão, torradas. Coloquei geleia na mesa e um bolo também. Ele desceu colocando a polo e entrou na cozinha.

Polegar: Que que tem de bom?

Gabriella: O que você ta vendo ai? — sorri sínica enquanto ele me olhava de boca aberta.

Polegar: Muito grossa você, sabia? 

Gabriella: Acho que você está confundindo — coloquei a jarra de suco na mesa e sentei.

Polegar: Ah, isso foi um elogio? Muito obrigada

Rimos.

Gabriella: Não preciso te elogiar, você é meu namorado. Se não fosse, eu quero dizer, grosso — remendei e ele riu. — Eu também falaria

Polegar: Ah, claro que falaria — disse passando geleia na torrada. — Hoje tem tanto trabalho

Gabriella: Tipo?

Polegar: Vai chegar armamento, hoje é dia de vender, de negociar, de transição. Enfim, muita coisa

Gabriella: Ah, entendi

Polegar: Enfim, quando vamos ter um filho? — perguntou de repente e eu engasguei com o suco. Ele levantou e me levantou, me colocou em frente a janela e abriu. — Amor, respira — me entregou um copo d'água, bebi e melhorei.

Gabriella: Obrigada — agradeci e voltamos a sentar. — Que história é essa de filho?

Polegar: Só falta você engravidar

Gabriella: Claro que não, sem essa

Polegar: Amor...

Gabriella: Pietro, não!

E a conversa estava encerrada.

Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora