11.

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1 semana depois.

Minha mãe colocou a agulha na minha veia e senti os dois líquidos entrando ao mesmo tempo. Era horrível. E era tudo culpa do idiota do Matheus. Cretino! Ferrou com a minha vida. Agora, por causa dele, necessito de transfusões por quinzena. 

Gabriella: Isso dói mãe - choraminguei. 

Melinna: Eu sei, mas você precisa - beijou minha testa. 

Gabriella: Por favor, tira isso de mim. Não aguento mais! - senti minha visão embaçada. 

Melinna: Gabi, você precisa - disse séria. 

Gabriella: Seria mais fácil se eu tivesse morrido todas as vezes que era pra eu morrer. Era pra ter morrido no acidente de carro, na Rio, na queda daquela viga! - rosnei, nervosa. O que eu tava falando? Será que realmente era pra mim ter morrido? Mesmo sendo salva tantas vezes... E todas pelo Pietro. 

Patrícia: Cala a boca, Gabriella! - quase gritou enquanto dava mama pro Edu.

Gabriella: Tia, é a verdade. Eu sofri três coisas, e em uma delas eu devia ter morrido. Era pra mim ter morrido. Olha só. Ninguém sofre tantos acidentes e continua viva. 

Melinna: Chega, não vou ouvir mais nada, fica quietinha com essas agulhas aí. - mandou.

Gabriella: Se eu não morri quando era pra ter morrido, morro agora - rosnei. Tirei a agulha e começou a sair muito sangue do meu braço. Me levantei, mas senti tontura. Apoiei na parede. 

Patrícia: Você ficou louca é? - gritou, se levantando. Meu tio e o Guto entraram em casa.

Melinna: Segurem ela pra mim! - pediu quando eu fui pra escada. Eles vieram e seguraram.

Gabriella: Me soltem! - tentei me desvincilhar, mas eles dois juntos não dava. Precisava me livrar deles. 

Melinna: Você não vai morrer!

Deco: O que tá acontecendo, Melinna? Por que o braço dela tá assim? - me segurou quando eu quase caí nos braços dele. - Ei, Gabi! - chamou. Meus olhos estavam fechando. Eu tava perdendo sangue. E o juízo provavelmente. 

Melinna: Ela quer morrer! Tirou as agulhas. - contou enquanto pegava uma agulha e colocou em mim outra vez. Não consegui protestar. Estava fraca demais. - Você vai dormir e enquanto isso aplico as coisas. 

Gabriella: Mãe, não! Por favor. - sussurrei, mas apaguei.

Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora