26.

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Dei uma última olhada no espelho, calça jeans, camiseta, tênis e jaqueta jeans com moletom, estava ótimo. Peguei meu celular e desci correndo.

Pixote: Ta pronta?

Gabriella: Claro — sorri e ele também. Saímos de casa, entramos no carro e ele deu partida. — Então, o que vamos fazer?

Pixote: Eu já disse que é surpresa

Gabriella: E eu já disse que você é muito ruim? — perguntei enquanto saíamos do morro.

Pixote: Acho que umas 20 vezes quando te convidei pra esse passeio — me olhou rapidamente e depois voltou a olhar pra rua.

Gabriella: Chato — cruzei os braços e ele riu.

Pixote me convidou para um passeio com ele e óbvio que aceitei. Adorava passar um tempo com ele, era sempre muito bom. Claro que avisei o ciumento, que fez uma cara mais ou menos, mas não disse muita coisa. Menos mal. Eu tinha meus amigos e não ia abrir mão deles por ciúmes do Pietro.

Uns 40 minutos depois chegamos num parque de diversões. 

Gabriella: Tá de brincadeira? — olhei pra ele enquanto ele estacionava.

Pixote: Pois é, adoro ver crianças felizes

Gabriella: Vai se ferrar

Rimos.

Entramos no parque, e eu tava escolhendo o brinquedo.

Pixote: Quer ir aonde, criança?

Gabriella: Vai se lascar Paco 

Ele riu.

Pixote: Fala - insistiu.

Gabriella: Sei lá — Dei de ombros.

Pixote: Então, hoje eu escolho. Vem comigo, vamos nos divertir — sorriu e eu sorri de volta enquanto ele me puxava pela mão, e eu fui.

Fomos em uns 3 brinquedos e eu não parava de rir.

Pixote: Juro que vou te bater — ele disse rindo também. Nos sentamos em um banco e ele comprou algodão doce.

Gabriella: Quero rosa — pedi. Voltou com um rosa e um azul. Cruzei as pernas e sentei de frente pra ele. — Acabou de fazer uma criança feliz

Pixote: Eu sei — sorriu e eu revirei os olhos rindo.

Gabriella: Você me sequestrou, eu não devia gostar de você

Pixote: Mas gosta, é doida por mim, me ama

Gabriella: Além de tudo, é convencido

Pixote: Só a verdade — suspirou e eu ri.

Gabriella: Para de rir, menino

Pixote: É você quem ta rindo

Gabriella: Não estou dando uma de palhaça sozinha 

Nos encaramos e depois rimos.

Pixote: Você é muito chata

Gabriella: Mas você me ama e não vive sem mim

Pixote: Alá, depois eu que sou o convencido

Gabriella: Somos — rimos. — Precisamos parar de rir, é sério

Pixote: Você que fica de palhaçada

Gabriella: Tua cara, idiota — rimos. — Vamos brincar — levantei e puxei ele pela mão.

Pixote: Depois que eu falo que é criança — suspirou e eu dei um tapa no braço dele. — Criança agressiva — disse sério depois riu, ri também.

No final da noite ele me levou até a praia. Tirei o tênis e fomos caminhar na beira do mar.

Pixote: Então, me conta sua história, já te contei a minha

Gabriella: Não tem muito o que contar, e nem é interessante

Pixote: To curioso pra saber — sorriu, sorri de lado.

Gabriella: Beleza... bom, eu nunca tive pai, foi sempre eu, minha mãe, minha tia, e minha prima. Depois meu irmão quando nasceu. Mas não tem muito tempo que descobri que o Bobby é meu pai, e o Deco meu tio. E meus tios meus padrinhos — rimos. — Nunca foi fácil, minha mãe sempre foi presente, nunca me faltou nada. O que ela mais me deu foi amor, amizade, confiança. E eu sei que posso contar com ela à qualquer momento. E sempre tive as meninas, que são um porto seguro pra mim

Pixote: E sua história com o Polegar?

Gabriella: A gente se conheceu no dia do aniversário de 18 anos da Kelly, isso já faz mais de 2 anos, eu tinha 16 quando conheci ele. Foi antes do baile, ele me bateu. E depois do baile, eu beijei ele. E na mesma noite, nós transamos. E depois não nos largamos mais. Não era nada oficial, ou algum compromisso. Mas ele sempre me fez bem

Pixote: Ele te bateu, e depois ficaram juntos. Eu te sequestrei, e agora somos amigos — rimos.

Gabriella: São coisas da vida, coisas estranhas, mas não me arrependo de nada. Não me arrependo de escolher ficar com ele, e nem de escolher ser sua amiga. E então, nos separamos, voltamos, diversas vezes. Até eu sofrer o acidente. Então eu disse que o amava, pela primeira vez. E foi fácil, sabe? Mas... Não vai ser fácil pra sempre

Pixote: Não, mas... tem que tentar fazer ficar fácil

Gabriella: Mas e você e a Agatha?

Pixote: Ah, ela me encanta de uma forma que não sei explicar. Ela tem alguma coisa diferente, e sei que não vai demorar muito até eu não conseguir ficar mais sem ela

Gabriella: Você vai se declarar?

Pixote: Vou! — sorriu e eu sorri de volta.

Pixote e Agatha? Era algo que eu ia amar ver acontecer, porque eu amava os dois como se fossem meus irmãos.

Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora