Dei uma última olhada no espelho, calça jeans, camiseta, tênis e jaqueta jeans com moletom, estava ótimo. Peguei meu celular e desci correndo.
Pixote: Ta pronta?
Gabriella: Claro — sorri e ele também. Saímos de casa, entramos no carro e ele deu partida. — Então, o que vamos fazer?
Pixote: Eu já disse que é surpresa
Gabriella: E eu já disse que você é muito ruim? — perguntei enquanto saíamos do morro.
Pixote: Acho que umas 20 vezes quando te convidei pra esse passeio — me olhou rapidamente e depois voltou a olhar pra rua.
Gabriella: Chato — cruzei os braços e ele riu.
Pixote me convidou para um passeio com ele e óbvio que aceitei. Adorava passar um tempo com ele, era sempre muito bom. Claro que avisei o ciumento, que fez uma cara mais ou menos, mas não disse muita coisa. Menos mal. Eu tinha meus amigos e não ia abrir mão deles por ciúmes do Pietro.
Uns 40 minutos depois chegamos num parque de diversões.
Gabriella: Tá de brincadeira? — olhei pra ele enquanto ele estacionava.
Pixote: Pois é, adoro ver crianças felizes
Gabriella: Vai se ferrar
Rimos.
Entramos no parque, e eu tava escolhendo o brinquedo.
Pixote: Quer ir aonde, criança?
Gabriella: Vai se lascar Paco
Ele riu.
Pixote: Fala - insistiu.
Gabriella: Sei lá — Dei de ombros.
Pixote: Então, hoje eu escolho. Vem comigo, vamos nos divertir — sorriu e eu sorri de volta enquanto ele me puxava pela mão, e eu fui.
Fomos em uns 3 brinquedos e eu não parava de rir.
Pixote: Juro que vou te bater — ele disse rindo também. Nos sentamos em um banco e ele comprou algodão doce.
Gabriella: Quero rosa — pedi. Voltou com um rosa e um azul. Cruzei as pernas e sentei de frente pra ele. — Acabou de fazer uma criança feliz
Pixote: Eu sei — sorriu e eu revirei os olhos rindo.
Gabriella: Você me sequestrou, eu não devia gostar de você
Pixote: Mas gosta, é doida por mim, me ama
Gabriella: Além de tudo, é convencido
Pixote: Só a verdade — suspirou e eu ri.
Gabriella: Para de rir, menino
Pixote: É você quem ta rindo
Gabriella: Não estou dando uma de palhaça sozinha
Nos encaramos e depois rimos.
Pixote: Você é muito chata
Gabriella: Mas você me ama e não vive sem mim
Pixote: Alá, depois eu que sou o convencido
Gabriella: Somos — rimos. — Precisamos parar de rir, é sério
Pixote: Você que fica de palhaçada
Gabriella: Tua cara, idiota — rimos. — Vamos brincar — levantei e puxei ele pela mão.
Pixote: Depois que eu falo que é criança — suspirou e eu dei um tapa no braço dele. — Criança agressiva — disse sério depois riu, ri também.
No final da noite ele me levou até a praia. Tirei o tênis e fomos caminhar na beira do mar.
Pixote: Então, me conta sua história, já te contei a minha
Gabriella: Não tem muito o que contar, e nem é interessante
Pixote: To curioso pra saber — sorriu, sorri de lado.
Gabriella: Beleza... bom, eu nunca tive pai, foi sempre eu, minha mãe, minha tia, e minha prima. Depois meu irmão quando nasceu. Mas não tem muito tempo que descobri que o Bobby é meu pai, e o Deco meu tio. E meus tios meus padrinhos — rimos. — Nunca foi fácil, minha mãe sempre foi presente, nunca me faltou nada. O que ela mais me deu foi amor, amizade, confiança. E eu sei que posso contar com ela à qualquer momento. E sempre tive as meninas, que são um porto seguro pra mim
Pixote: E sua história com o Polegar?
Gabriella: A gente se conheceu no dia do aniversário de 18 anos da Kelly, isso já faz mais de 2 anos, eu tinha 16 quando conheci ele. Foi antes do baile, ele me bateu. E depois do baile, eu beijei ele. E na mesma noite, nós transamos. E depois não nos largamos mais. Não era nada oficial, ou algum compromisso. Mas ele sempre me fez bem
Pixote: Ele te bateu, e depois ficaram juntos. Eu te sequestrei, e agora somos amigos — rimos.
Gabriella: São coisas da vida, coisas estranhas, mas não me arrependo de nada. Não me arrependo de escolher ficar com ele, e nem de escolher ser sua amiga. E então, nos separamos, voltamos, diversas vezes. Até eu sofrer o acidente. Então eu disse que o amava, pela primeira vez. E foi fácil, sabe? Mas... Não vai ser fácil pra sempre
Pixote: Não, mas... tem que tentar fazer ficar fácil
Gabriella: Mas e você e a Agatha?
Pixote: Ah, ela me encanta de uma forma que não sei explicar. Ela tem alguma coisa diferente, e sei que não vai demorar muito até eu não conseguir ficar mais sem ela
Gabriella: Você vai se declarar?
Pixote: Vou! — sorriu e eu sorri de volta.
Pixote e Agatha? Era algo que eu ia amar ver acontecer, porque eu amava os dois como se fossem meus irmãos.
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Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETA
Teen FictionCOMPLETA PARA SEMPRE ❣ "O amor leva a gente a fazer coisas estranhas." Não me arrependo de amar o Pietro ou da decisão de escolher ficar com ele. Só não imaginava que nos apaixonar causaria uma verdadeira guerra... Mas uma guerra que jamais vai nos...