Nós, literalmente, não estamos preparadas. Vai ser doloroso? Com certeza vai, mas precisamos vê-la, e além disso, tínhamos que pegar as crianças. Eu e Kelly nos encaramos umas 5 vezes antes de eu girar a maçaneta. Lá estava ela, deitada, olhos fechados, muitos aparelhos... Respirei fundo.
Kelly: Precisamos chegar perto — disse.
Gabriella: Sim, vamos
Nos aproximamos e eu sentei na beirada da cama.
Kelly: Oi Líb, somos nós
Gabriella: Viemos ver você, e buscar os bebês
Kelly: Eles são tão lindos, você vai amar conhecê-los — já tinha lágrimas rolando pelo rosto dela.
Gabriella: E você vai conhecer logo, é claro — comecei a chorar. Eu estava uma manteiga com a Líb daquele jeito. — É bom você voltar logo dona Líbia, seus filhos precisam de você
Kelly: E nós também — me abraçou de lado, deitei a cabeça no ombro dela e fiquei olhando pra Líbia. — Você precisa voltar logo
Gabriella: Precisa, claro que precisa, seus filhos, seu namorado, nós
Kelly: Todos precisamos de você
Gabriella: Trate de voltar logo, Líbia
Kelly: Vamos vir de novo
Gabriella: Promessa! — peguei na mão dela. Mesmo que ela não pudesse responder, eu sabia, que, em algum lugar, ela nos ouviria.
Depois que nos recuperamos, fomos até onde os bebês estavam. Não vai ser fácil, mas, vamos dar conta.
Kelly: Pronta?
Gabriella: Estou e você? — olhei pra ela.
Kelly: Também estou
Assenti e entramos. Tinham vários bebês, mas, eles estavam juntos. E mesmo que não estivessem, eram iguaizinhos, loirinhos, a cara da Líbia.
Gabriella: Temos que levá-los
Kelly: Uhum — concordou e fomos até eles. Tiramos os dois da caminha. A Mari já tinha vindo mais cedo, trocou eles, deu mamadeira. Era só levar embora. — Eu levo a Laura
Gabriella: Tudo bem, eu pego o Luan — ajeitei ele no meu colo. — Vou cuidar de você Luan — sussurrei. Ele abriu a boquinha e eu sorri deixando escapar uma lágrima que logo enxuguei.
Kelly: Vamos pra casa
Gabriella: Vamos
Nós saímos do hospital com os bebês e os meus seguranças foram bem devagar com o carro, porque os dois estavam dormindo como dois anjinhos.
Eles nos ajudaram a sair do carro quando chegamos em casa e nos deram apoio na escada. Abri a porta com cuidado e a Mari já estava esperando.
Mari: Oi — veio até nós.
Gabriella: Eles dormiram no caminho, foi o balanço do carro
Mari: Já arrumei os berços
Kelly: Vamos subir então
Melinna: Ai não acredito — ela desceu rápido as escadas e veio até mim. — Meu Deus! Como ele é lindo
Gabriella: Igualzinho a Líbia, aliás, os dois são
Melinna: Que dó, mas, vai dar tudo certo — disse passando os dedos de leve no rosto do Luan.
Gabriella: Claro que vai mãe! — sorri pra ela e ela sorriu pra mim.
Deitei o Luan no berço e fiquei observando ele. Precisava cuidar dele, e da Laura.
Kelly: Vamos fazer o certo — disse após colocar a Laura no berço.
Gabriella: Eu espero que sim - sussurrei, triste.
Acho que nunca experimentei aquele sentimento. Estava sendo como mãe dos filhos da minha amiga e a dor era forte.
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Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETA
Teen FictionCOMPLETA PARA SEMPRE ❣ "O amor leva a gente a fazer coisas estranhas." Não me arrependo de amar o Pietro ou da decisão de escolher ficar com ele. Só não imaginava que nos apaixonar causaria uma verdadeira guerra... Mas uma guerra que jamais vai nos...