17.

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Era meu aniversário e eu ainda sentia a cabeça pesada da ressaca do dia anterior. E eu tinha certeza de que seria mais um dia de ressaca. Haja remédios. Porque o enjôo e a enxaqueca seriam pesados, eu tinha certeza.

Eu estava no meu quarto, terminando de me arrumar. Estava sozinha há alguns minutos. As meninas se arrumaram rápido e foram atrás dos boys. 

Me olhei no espelho, depois de colocar o salto, passei batom e a Manu entrou no closet.

Manuella: Ual, Polegar que se controle hoje 

Rimos.

Gabriella: Por que minhas festas sempre são na casa dele? — tirei o excesso do batom e saí da frente do espelho.

Manuella: Sei não viu amiga?!

Gabriella: Me peguei pensando nisso no banho sabe

Manuella: Sei — o tom debochado me fez rir.

Gabriella: Mas enfim, vamos lá

Manuella: Esse ano você tem outra pessoa pra te levar até lá —  disse. 

Ergui uma sobrancelha e fiquei encarando ela com a expressão vazia, me lembrando do ano passado... Como passou rápido, em 1 ano, estávamos tão próximos, e agora estamos tão distantes...

Naquele momento, eu gostava dele, por mais que odiasse admitir aquilo. Pietro tinha me abandonado e Matheus tinha ficado comigo. Era fácil gostar dele, gostar de alguém que estava cuidando de mim. Mas não durou, porque ele pisou na bola. 

Manuella: Ei! — estalou o dedo. Voltei à realidade.

Gabriella: O que foi?

Manu: Você, viajando. No que estava pensando?

Gabriella: Só em como um ano passa rápido

Manu: Se passa. Você está pronta, amiga?

Gabriella: Claro! — Respirei fundo. 

Saímos do quarto e eu vi meu acompanhante na ponta da escada. De camisa polo azul, calça jeans, nike branco com cinza, cabelo arrepiado e um sorriso no rosto. Pixote.

Foi inevitável, foi impossível, sempre é... Sorri pra ele e ele abriu um sorriso maior ainda. Me aproximei devagar com a Manu me seguindo.

Pixote: Você tá linda — me abraçou.

Gabriella: Você também, obrigada — nos soltamos. — Amiga, dá 2 minutos pra gente? — olhei pra Manu, ela sorriu.

Manuella: É caro, dele eu gosto — rimos e ela desceu.

Pixote: Algum problema? — voltei a olhar pra ele.

Gabriella: Nada, é só que... Estou feliz por ter te conhecido

Ele sorriu.

Pixote: Também estou muito feliz por ter conhecido você. Obrigado por sempre acreditar em mim

Gabriella: Você teve escolha, o que eu quis que você tivesse. E eu sempre vou acreditar em você, sempre — nos abraçamos novamente.

Pixote: Parabéns Gabi!

Gabriella: Obrigada — sorri e nos soltamos.

Manuella: Podemos? Tem pessoas impacientes do outro lado da rua — olhamos pra ela e rimos.

Gabriella: Claro, vamos lá — Pixote me ofereceu o braço e eu segurei.

Pixote: Ah 18 anos, você vai amar

Gabriella: Vou mesmo? — perguntei enquanto entrávamos na outra casa.

Pixote: É, algumas vezes, quase o tempo todo — fingiu pensar. Manu revirou os olhos, com um sorriso no rosto. 

Rimos antes de entrar na casa que estava lotada. Ah, merda.

Muitas luzes, muita bebida. A noite promete. Ia ser uma noite daquelas e eu estava ansiosa. 

Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora