𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chacha

forty

Charli D'amelio

Assim que meu pai tirou o carro daqui, entrei correndo para dentro da escola. Não sei ao certo se Chase ficou com raiva mas eu queria muito falar com ele. Não faço ideia do motivo, mas eu me sentia culpada.

— Char? Que porra foi essa? – Me assusto com a voz de Jaden atrás de mim. Ele segura firme meu braço, me olhando com desgosto.

Eu mereço.

— Não foi culpa dela! – Pay se intromete, vindo em nossa direção. – O pai da Charli que me ama e acha que nós fomos feitos um pra o outro mas..

— Eu já sei da história. Mas um beijo? Na porta da escola? Assim? Todo mundo vendo? – Jaden insiste. Vejo Mads bufar, ela concerteza não dava a mínima para tudo aquilo.

Vi a mesma olhar as unhas e fazer uma cara de aprovação, é sério que Mads estava preocupada com isso?

— Será que dá pra falar disso outra hora? Eu preciso achar Chase. – Digo, tentando me soltar de Jaden, que ainda segurava firme meu braço.

Ele revira os olhos.

— Não dá. Temos jogo hoje de baseball hoje, falamos disso no grupo! Não leu as mensagens?

Não?

— Pelo amor de Deus, Jaden. 12 mil mensagens! Eu tenho mais o que fazer. – Reclamo, ouvindo a namorada dele rir.

Do que ela estava rindo?

— Espera.. então quer dizer que nós não vamos ter aula hoje? – Pay muda total de assunto, pude ver seus olhinhos brilharem de esperança.

Ele não toma jeito mesmo.

— Não, né. Chase está no vestiário com os outros, eu vou ficar no banco hoje por isso ainda estou aqui. – Revela, puxando Mads para um abraço. – Mark Anastasio vai jogar no meu lugar, eu briguei com o treinador semana passada e ele me deixou de espera.. aliás, não era dele que você gostava? – Coro. – Uh? O que vai fazer? Beijar Anastasio também?

Bufo, saindo de lá marchando. Eu não sou obrigada a ficar ouvindo as broncas de Hossler, pelo menos não agora. Ele sabe muito bem o que resultou nisso tudo, se meu pai não fosse tão sem noção nada disso teria acontecido.

Caminhei com pressa até o vestiário masculino sem mais nem menos. Ficava depois do campo, e uma pouco antes da enorme arquibancada, parei num bebedouro no meio do caminho, essa trajetória toda me deixou com sede. O que foi? Eu sou sedentária.

Abri a porta do vestiário, já logo dando de cara com um garoto mijando em um dos mictórios. Desvio o olhar na mesma hora, tornando a andar.

— Que droga é essa, baixinha? Vaza já daqui. – Me encolho quando ouço um menino loiro me corrigir, apenas mostro meu dedo do meio em resposta, ouvindo ele bufar.

— Gata, acho que você se confundiu. Aqui é o vestiário masculino. – Um outro cara murmura, enquanto amarra o cadarço do seus tênis. Passo correndo, tentando evitar chamar atenção.

Dei de cara com vários garotos nus ou sem camisa, aqui era literalmente uma baderna. Um zoológico cheio de pintos e pintinhos.

Agradeci a Deus quando avistei Nick de longe fuçando em um armário azul, apenas de toalha e de costas para mim. Fui até lá, me esforçando ao máximo para não ser o centro das atenções, o que não foi impossível já que coloquei o capuz do meu moletom no rosto, me camuflando.

Cutuquei ele com certa ousadia, me assustando com sua reação. Austin havia dado um grito, deixando a sua toalha cair no chão. Sinto minhas bochechas ruborizarem quando vejo seu membro exposto e para fora, ele cata a toalha do chão rapidamente e me fita incrédulo.