forty eight

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Charli D'Amelio

— Não precisa, Mark. É sério. — Repito pela milésima vez, vendo o garoto retirar uma nota de vinte do bolso de sua calça e entregar para a garçonete.

Ele queria muito pagar meu café, enquanto eu já havia negado umas trocentas vezes, eu disse que não era necessário esse favor de sua parte, porém ele insistiu demais. Meu plano até que era bem simples, eu só teria que ligar para o uber e pedir que ele me encontrasse em algum lugar favorável, e assim entregasse a minha carteira.

— Muito obrigada. — O agradeci, pegando o café de cima do balcão e sorrindo gentilmente para o loiro, que logo retribuiu o sorriso.

Acenei para o garçonete e caminhei para fora do Dunkin, provavelmente já eram por volta de umas onze, e eu tinha que chegar em casa antes do almoço.

— Charli! — Grita. — Você não devia estar lá na escola? — Mark pergunta, vindo atrás de mim.

Reprimo um pouco meu corpo, meio envergonhada. Será que ele me deduraria se eu contasse a verdade?

— Não acredito nisso! — Falou, com os olhos arregalados. — Você está matando aula também!?

Me senti aliviada quando vi o divertimento em seu rosto, ele não parecia o tipo de garoto que saia por aí, contando tudo para a diretora. Então, apenas arrisquei admitir a verdade.

— É, estou. — Respondi, sorrindo fraco. Eu não estava sendo grossa, nem nada do tipo. Acontece que eu realmente não queria render conversa com ele, até porque eu já tinha me dado conta de quais eram suas intenções comigo e eu não estava nenhum pouco afim de arrumar problemas com Chase.

— Fica tranquila, eu só estou tentando ser seu amigo. — Diz, concerteza percebendo o quão reclusa eu estava em relação a sua proximidade de mim.

Suspiro.

— Meu amigo? — Pergunto, meio desacreditada.

— É, relaxa. Seu namorado já veio conversar comigo, eu estou ciente das consequências. — Fala, se inclinando um pouco e levantando sua blusa até a região dos mamilos, não consegui nem esconder o meu espanto ao ver uma marca horrível em seu abdômen.

Não era tão grande, mas parecia ser bem recente.

— Meu Deus! Quem fez isso com você?

— Hudson. — Ergui as sombrancelhas, sentindo meu coração congelar, algo que eu definitivamente não esperava era que Chase fosse capaz de socar o estômago de Anastasio, apenas por minha causa.

— Meu Deus do céu. Chase fez isso?

— Fez. — Abaixou a cabeça, fitando timidamente o chão. — Sei bem que fui eu quem provoquei, mas não acho que a forma certa de resolver as coisas, é saindo por aí dando socos.

— Sim, eu sei. Você está totalmente certo. — Digo, dando um longo gole em meu café. — Me desculpe por tudo isso, ok? Vou conversar com ele assim que eu puder. Chase não pode te espancar toda vez que sentir ciúme.

Aquilo realmente foi algo bem infantil da parte dele, mas eu sabia muito bem que eu estaria 100% disposta a ouvir o seu lado da história. Não acredito na ideia de que Chase simplesmente socou Mark sem motivo algum, com toda certeza algo aconteceu para resultar nisso. 

— Eu queria muito recomeçar do zero a nossa amizade. — Que amizade? Pensei. — Eu sei que Hudson fica conspirando contra mim, não acredite em tudo que ele fala, aquele cara mente muito!

Reviro os olhos. Eu acredito até demais em Chase, e não estou nenhum um pouco preocupada com isso. Esse bobão do Mark acha mesmo que está colocando algum tipo de receio ou medo em mim me falando essas coisas?

𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chachaOnde histórias criam vida. Descubra agora