thirty one

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Maratona: 1/3

Charli D'amelio

Já era segunda e eu não tinha notícias de Chase e nem de ninguém desde o acontecido da quinta. Meu pai também tomou o celular da Dixie, porém ela foi a escola.

Faltei hoje, meu pai que decidiu isso  por mim. Ligou para o colégio e disse que é pra mandar toda a matéria que eu perder com a minha irmã. Tenho certeza de que ela vai voltar sem notícias, Dixie não vai querer falar com Chase; ela acha que papai está certo e que eu devia obedecer ele. Pois é, ela é a filha obediente.

Meus pais vão viajar na sexta, nós estamos com muitos problemas financeiros; e eles vão para Connecticut vender nossa antiga casa. É uma casa bem grande, vão faturar uma grana boa, e eles devem voltar provavelmente na terça. Eu e Dixie vamos ficar com a irmã da minha mãe, ela deve ter provavelmente uns vinte nove anos e é doida. Ela geralmente nunca se importa comigo ou com Dixie, Spink sempre liga a televisão do quarto dos meus pais e fica lá toda vez que vem cuidar de nós duas, é como se estivéssemos sozinhas.

Desço as escadas correndo quando escuto a porta sendo aberta lá em baixo, era sinal de que Dixie havia chegado da escola, e eu queria mais do que nunca saber como foi.

Fiquei ainda mais alegre quando vi que Payton vinha junto com ela, ele parecia um pouco nervoso mas mesmo assim sorriu assim que me viu. Meu pai fez questão de cumprimentá-lo antes mesmo de mim, revirei os olhos vendo a cena dos dois se abraçando.

— Payton, quanto tempo que você não vem aqui em casa! Como andam seus pais? – Esqueci de mencionar, mas ele tem uma visão totalmente ao contrário do que Pay é, meu pai pensa que ele é estudioso e incrível; pelo simples fato dele ter sido super educado e ter lavado os pratos depois do almoço. Enaltecendo os homens por fazerem o mínimo? Pois é.

— Eles estão muito bem, e o senhor? Como vai? – Os dois saem do abraço, e finalmente Payton vem me abraçar.

— Eu vou bem, filho. Graças a Deus! Hm.. Posso saber o motivo dessa sua visitinha repentina? – Papai pergunta, dando um beijo de leve na testa de Dixie, que logo foi para a mesa onde o almoço já estava posto.

— Charli não foi a escola, Dixie me contou toda a confusão. – Pay olha pra mim, fingindo decepção. – Que coisa feia em, Char. Não imaginava algo assim, fiquei muito chocado com o que eu soube.. No mato? Sério isso? – Ele provoca, vejo meu pai concordando com a cabeça; não é possível que ele está caindo na lábia do Payton.

— Veio aqui para vê-la? Isso é admirável, e demonstra o quanto você se preocupa com minha filha. – Papai diz, puxando nós dois para a mesa do almoço.

Pay comprimenta minha mãe com um simples e rápido abraço, e se senta na cadeira ao meu lado.

— Também vim aqui pedir para o senhor deixar Charli voltar a ir para a escola, não compensa tudo isso que está fazendo. Não desconte toda a raiva nos estudos dela, é doidera. – Pay pede, acariciando minha mão por cima da mesa.

Que merda é essa?

Por um segundo, não dei um tapa na mão dele. Percebi que era tudo atuação quando Dixie chutou meu joelho por debaixo da mesa, e fez uma cara esquisita. Tentei esconder meu sorriso; eu sabia que ela não estava do lado do papai, boa Dixie!

— Olha, eu realmente não sei o que eu faço mais. Não quero deixar Charli perto daquele garoto, eu não confio nele e sei que está levando minha filha para o buraco. – Disse meu pai, servindo a salada para minha mãe; que parecia incomodada.

— Eu disse que era uma decisão muito precipitada, mas você saiu igual robô ligando para a escola e dizendo que agora Charli iria estudar em casa. – Mamãe resmunga, dando um gole no suco da Dixie; que tomou o copo da mão dela na mesma hora.

— Prometo que vou tomar conta dela, Chase não vai incomodar ninguém mais. Ele pode ser um.. an.. um.. babacão.. é! Um babacão, mas sabe que tudo tem consequências. Ele irá se afastar dela, é sério. – Payton fala, tentando parecer comportado comendo. Porque ele ficava assim perto dos meus pais?

Marc fitou nós dois com receio, e depois olhou para minha mãe, que apenas assentiu tudo sorrindo de leve.

— Tudo bem, tudo bem. Irei dar esse voto de confiança. Mas saiba que eu vou falar com os supervisores e todo o pessoal da recepção! Eles vão ficar de olho em você, Charli. Perto desse Chase você não fica. – Ele fala, me alertando. Não me contenho e faço questão de deixar a mesa sem nem ter encostado na minha comida, até quando ele ia ficar com essa palhaçada?

Subo as escadas, quase furando o chão; senti Payton se levantar vindo atrás de mim mas não liguei. Entrei no meu quarto, esperando Payton entrar também para pode bater a porta com força.

— O negócio está complicado para você, hein. – Ele diz, se deitando em minha cama.

Eu rodava de um lado para o outro, minha mente parecia que iria explodir a qualquer momento. Eu estava me sentindo sufocada, e nem fazia cinco dias que tudo aconteceu.

— Chase perguntou de você hoje. – Moormeier murmura, conseguindo minha atenção.

— Ah é? E o que ele perguntou? – Me deitei na cama junto a ele, eu queria saber cada detalhe.

— Dixie me contou tudo, e eu fiz questão de contar a Chase também. Ele não ficou nada surpreso, disse que já esperava que algo nesse nível acontecesse.

Poxa.

— Eu só quero que esse castigo acabe logo..

— Pelo menos você vai ir a escola, Char. Vai poder vê-lo todos os dias, e vai poder me ver também. – Pay tenta me animar, rolando na cama e puxando minha cintura; para me abraçar.

Não abraço ele de volta, porém não o afasto. Apenas bufo, e choramingo em seu ouvido.

— Sim, mas não vou poder nem chegar perto dele porque todos vão estar nos vigiando. Isso da na mesma de ficar em casa, que merda.

Percebi Payton suspirar, ele olha para o teto, provavelmente pensando em outro assunto. Algo que me não me deixe com raiva, algo que me descontraia.

— Jaden ficou uma fera com o pai dele, disse que foi falta de consideração ter levado vocês para a delegacia. Já Chase até que foi bem compreensivo, falou que o Sr. Hossler estava apenas cumprindo o seu trabalho.

Meu Deus, pensei que Chase estaria putasso com o pai de Jaden, caraca.

— Imagino como todos devem ter ficado. Aposto que Madi caiu dura no chão quando descobriu, não foi?

— Foi. – Respondeu, sorrindo igual bobo. – Ela bateu em Chase com minha mochila até chegarmos na sala, foi divertido.

Fiquei conversando com ele por uns minutos, até o mesmo resolver ir embora. Fui com ele até a porta, mas quando voltei, tomei um susto dando de cara com o meu pai.

— O que foi?

— Bem, eu vou te permitir ir para a escola! Mas vou estar de olho em você a todo momento. Ah, e eu vou te buscar todos os dias. Lembre-se disso. – Avisa, assim que Payton sai.

Assinto, tentando controlar meus hormônios. Uma raiva apenas crescia dentro de mim, como se fosse uma planta. Eu ia engolindo muita coisa, e o ódio só ia crescendo. Não gosto de pensar muito nisso, mas vai ter uma hora que eu vou surtar; e não vai ser nada bom.

Ah! E então quer dizer que eu vou mesmo ir para a escola amanhã? Depois de tudo? E ainda por cima vou ter que evitar Chase? Eu odeio minha vida.

××××××


Esse cap não teve nada demais, mas o outro vai ser bom!! juro

votem seus gay ridículo, me falem se gostaro mesmo tendo sido sem graça!!

𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chachaOnde histórias criam vida. Descubra agora