𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chacha

nine

Charli D'amelio

— Eu ainda não confio nesse cara. – Chase sussurou para mim.

Nós ainda estávamos no carro. Agora sim, tínhamos chegado no trânsito. Ele não parecia mais tão psicopata assim. Ele me ofereceu até umas balinhas que tinha no porta luva.

Eu aceitei, mas Chase não deixou eu por na boca. Disse que podia ser algum tipo de droga e que provavelmente senhorzinho estava tentando me dopar.

Ouvi Payton bocejar, e fechar o vidro da janela.

— Eu estava pensando aqui.. E até agora eu não perguntei seu nome. –– Ele disse, olhando para o senhor.

— Uai. Você mal entrou no carro e já chegou me chamando de vô. Não tive nem a oportunidade de me apresentar.

Moormeier fez uma careta, como se também reprovasse sua atitude.

Chase mergulhou o rosto em meu pescoço, rindo. Eu já falei que Payton só faz a gente passar vergonha?

— É. Diferente dele, eu tenho educação. Vai, tio. Fala aí. Como o senhor chama?  – Jaden perguntou, cutucando a careca do velinho, já que ele estava sentado no banco que era atrás do dele.

— Esse daí também é outro. – o velho disse, se referindo a Jaden. Enquanto olhava pra mim e para Chase. Acho que pelo fato de nós dois estarmos muito quietos. Claro, comparado com Payton e Hossler, eu e Chase parecíamos duas múmias.

— Já chegou mexendo em tudo. E ainda sentou emcima do meu óculos de sol. Ah.. e saiu bebendo todas as minhas cervejas. Folgado. Quando eu ofereci a carona, achei que fossem pessoas normais. – ele fala, com a atenção agora 100% no trânsito.

Jaden abaixou a cabeça. Envergonhado. Hudson pareceu tenso com o comentário do senhor, acho que era porque ele também tinha bebido duas latinhas. Ele já estava cheirando cerveja, e eu me lamentei tanto por isso.

Já percebi que Chase anda com um pacote de triend no bolso da calça. E isso faz o hálito dele ter um cheirinho ótimo de menta.

— O senhor vai falar como se chama ou não? Porque se não for, eu vou continuar te chamando de vô. – Pay disse, enquanto olhava para suas unhas. O velho revirou os olhos. – Ah. Não gostou? Me processa.

A cara brava do senhor, logo se transformou num sorriso. Ele começou a rir, e todos nós o olhamos sem entender.

— Você é engraçado, meu jovem.. E é por isso que eu não vou falar meu nome. Tenho certeza que você e esse fascinado por cerveja, vão ficar fazendo piadinhas sem graça.

— Piadinha? Qual é, tio. Agora você tem que falar seu nome. Me deixou curioso pra cacete. A não. Eu quero saber. Fala aí. Anda. – Hossler pediu, ainda acariciando a careca dele. O mesmo negou com a cabeça, os dois patetas bufaram.

— Olha. Você tem que pelo menos falar seu nome. Nós estamos perdidos, e ainda no carro de um desconhecido. Eu sinto muito, mas eu não posso confiar em alguém que não quer ao menos dizer o próprio nome. – Foi a vez de Chase falar. Por mais que suas palavras tenham sido diretas, Hudson soou o mais delicado possível. Fazendo o velhinho o olhar com compreensão.

Quanto a Moormeier, ele olhava para o senhorzinho como se estivesse tentando adivinhar alguma charada.

— Quer saber.. – Começou Pay. – Estou começando a achar que você tem ficha na polícia e está sem sua identidade falsa.. e por isso não quer dizer seu nome. Acertei?

Arregalei os olhos. Ai meu Deus.

— O que é isso, menino? Você está ficando maluco da cabeça? Ficha na polícia? Da onde foi que você tirou isso, seu Zé ruela? – O olhar dele cessava entre Payton e a estrada.