forty seven

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Charli D'Amelio

— Você tem certeza de que quer ir mesmo? Você pode jogar aqui na cidade, comigo por perto. — Sugiro, dobrando uma das blusas de Chase, e pondo dentro de sua mala.

Eram quase 10 horas da manhã, o voo que vinha buscá-lo mais cedo acabou acabou atrasando e tendo mil e um imprevistos, os pilotos optaram por passar em Manhattan primeiro, e depois em Los Angeles. Chase me ligou a um tempinho atrás, pedindo para que eu cabulasse a aula mais outra vez e viesse ficar aqui com ele, enquanto o avião não chega. Nossa sorte era que seus pais nunca estavam em casa, então facilitava bastante as coisas.

Bem, agora eu estava o ajudando a arrumar as malas, na verdade, Chase só havia jogado tudo dentro da bolsa, decidi dobrar aquilo por puro tédio e tensão, eu não queria que ele fosse viajar.

— Santa Mônica é um saco, Chase. Acho melhor você cancelar tudo e não ir. — Insisto novamente, vendo o mesmo guardar seu desodorante em meio a suas cuecas.

— Eu quero ir, Char. — Bufa, se jogando na cama. — Eu vou ficar uma semana fora, não um mês.

Me sento na cama ao seu lado. Olho para o guarda-roupa de Chase, vendo meu reflexo lá. Eu não parecia nem um pouco feliz por ele, e eu me sentia mal por estar sendo tão egoísta.

— Eu vou te ligar todos os dias. — Diz, agarrando minha cintura e me puxando para deitar junto a ele.

Chase passa sua perna por cima de mim, e me abraça forte, muito forte mesmo. Rio quando o sinto apertar minha barriga, me causando alguns espasmos. Reviro os olhos assim que ouço seu celular tocar, fico parada por uns segundos, esperando que ele mesmo atendesse.

O celular estava carregando em um banquinho, ao lado de onde eu estava deitada. Não consegui esconder minha surpresa quando ele pediu para que eu mesma olhasse quem havia ligado, já que agora não estava chamando mais.

Desconectei o aparelho do carregador, e o trouxe para perto.

— 1303 — Fala, se referindo a senha.

Acabei rindo ao ver qual era o seu papel de parede. Era uma fotinha dele, Ryland e Nick, arrisco dizer que todos eles tinham cerca de uns 14 anos. Os três mostravam o dedo do meio, enquanto cada um fazia uma careta diferente.

— Não ri, amor. Eu preciso urgentemente mudar esse plano de fundo. — Murmura, aconchegando sua cabeça em meu ombro e se aproximando mais.

— Vocês estavam tão novinhos. — Digo, reparando nos dentes de Nick e Ryland, tinham vários ainda que não haviam crescido, sem contar que eles usavam aqueles aparelhos fixos.

Ele ri alto, e logo levanta seus dedinhos para que conseguisse mexer em seu celular também. Chase não o toma da minha mão, apenas fuça em uns aplicativos, – sem o menor receio de que eu visse alguma coisa –, e de repente, entra na câmera. Entendo de imediato o que ele quer fazer, e logo fotógrafo nós dois, abro um sorriso na hora, vendo Hudson fazer o mesmo.

Afasto um pouco mais a câmera, pegando melhor a cama e nós dois. Chase faz um biquinho, e eu acabo rindo disso. Ele desce suas mãos até minha coxa direita, me acariciando com carinho. Fecho os olhos, quando sinto beijos e mais beijos serem deixados em meu pescoço, viro meu rosto para trás, afim de juntar nossos lábios. Rapidamente, Chase aperta o botão da câmera com sua mão vaga, conseguindo fotografar direitinho o momento do beijo. 

Abro sua galeria, logo sorrindo ao ver como as fotos tinham ficado.

— Qual você mais gostou? — Pergunta, voltando a acariciar minhas coxas.

Todas?

— Essa. — Digo, mostrando a foto em que nós dávamos um selinho.

Aquela havia sido minha preferida, pelo simples fato de ter sido totalmente espontânea.

𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chachaOnde histórias criam vida. Descubra agora