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Terça-feira • 16h p.m

Eu estava indo para o supermercado. Dixie e eu pensamos em fazer  brownies, então vim comprar os ingredientes. Já que lá em casa não tem absolutamente nada.

Trouxe um dinheiro extra, pra comprar minhas balinhas de caramelo.
Obviamente que eu as esconderia de minha irmã, assim que chegasse em casa. Vem apenas quinze no pacote, e dividir doces não é meu forte.

Entrei logo na zona de besteiras, empolgada. Haviam prateleiras cheias de marshmallows, chicletes e tudo quanto é coisa. Mas meu apetite buscava por aquelas malditas balinhas.

Vi um vulto de um garoto, com roupas pretas passar por perto de mim. Me virei para ver direito.

Meus olhos se arregalaram quando vi que era Chase Hudson. Ele passava por trás de uma prateleira, que ficava na frente da minha. De onde ele surgiu?

Confesso que Hudson tem cara de marginal, me assustava.

———— Você não está me seguindo, está?
———— Perguntei, afastando alguns doces de lá, para que eu pudesse ver seu rosto, do outro lado.

* pensem como se fosse uma biblioteca, em vez dela tirar o livro ta tirando o doce KKKKKK

Ele pareceu meio surpreso em me ver, mas logo abriu um sorrisinho.

———— Acho que quem está me seguindo aqui, é você.

Coitado.

———— Ah sim, claro. Aham.

Debochei, logo achando o meu pacote de balinhas. Era o último do estoque, eu dei sorte.

O pacote estava no meio de mim e de Hudson, peguei as balinhas e sai dali indiferente. Logo pude ver ele dar a volta na prateleira, na maior pressa e parar na minha frente, incrédulo.

———— Porra, você pegou as últimas. Eu sai de casa só pra comprar essa merda. Me dê agora. Anda.
———— Ele disse, vindo pra cima de mim, tentando pegar o pacote da minha mão.

Que folgado.

———— Não, eu peguei. São minhas.

De repente, o mesmo parou. Flexionando seus joelhos, e me chamando com os dedos.
Ele parecia que estava prestes a jogar futebol.
Bloqueando minha passagem, merda.

———— Vamos, Charli. Tente passar.
———— Hudson deu ênfase no meu nome.

Eu tinha que ser rápida. Muito rápida.

Vi um entre espaço, no cantinho esquerdo de uma das prateleiras. Corri até lá.

Num movimento brusco, ele ficou por trás de mim, segurando fortemente minha cintura. Estávamos bem perto.

Que merda ele acha que estava fazendo?

———— Tire suas mãos imundas de mim, seu idiota.

Esbravejei irritada.

———— Me dê as balinhas primeiro.

Nunca.

Joguei todo meu peso emcima dele, com toda força que eu tinha. Chase cambaleou pra trás, afroxando suas mãos em minha cintura. Me aproveitei disso, pisando em seu pé.

O abestalhado estava totalmente vulnerável. Eu só sai correndo.
Quase voei até o caixa.

Coloquei tudo que eu tinha comprado lá, e já fui pegando as sacolas.

𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chachaOnde histórias criam vida. Descubra agora