Capítulo II

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— Espera, espera, espera, espera. Essa criança é o Conde Phantomhive?! — sussurrei perto de Lau, para que apenas ele e Ran-Mao ouvissem.

— Acredite ou não, ele é muito menos inocente do que aparenta. — Lau sorriu e acenou, se retirando.

— Senhorita Nightgaden, poderia me acompanhar ao meu escritório? — o Conde perguntou, ao chegar do meu lado.

— …Claro. Mas, por favor, me chame apenas de Madyson... Ou Maddie, como preferir.

— Certo, vamos começar do começo. Apenas algumas perguntas simples. Quem é você realmente? O que eu estou fazendo aqui? O que quer comigo? A rainha te mandou atrás de mim, certo? Mas que tipo de ligação você poderia ter... — As peças se encaixaram imediatamente. — Ah, é claro, é um Phantomhive. Então você é o famoso Cão de Guarda da Rainha. Um garoto lá em baixo me disse que seu nome é Ciel. Então é Ciel Phantomhive. Mas...

— Você vai me dar algum tempo para responder as perguntas ou só está perguntando para você mesma responder? — perguntou, provavelmente já sem paciência.

— Só… Me responda a pergunta mais importante. — Me inclinei para frente, como se para vê-lo melhor. — Por que eu estou aqui?

— Porque você quis. Muito fácil, não? — Ele sorriu, parecia estar se divertindo.

E menos uma pessoa pra eu gostar nessa mansão… Eu não acredito que estou tendo essa conversa com uma criança…

— Bom, como você imaginou, a rainha me contatou. Ela está preocupada com sua herdeira.

— Herdeira? Ela já conseguiu encontrar outra? — Ele me encarou e quem sorriu fui eu. — Eu não vou voltar para lá.

— Parece que ela tem planos diferentes dos seus.

— Que pena. Agora que já encerramos o assunto... — Me levantei. — Para não dizer o contrário, foi um prazer te conhecer, Conde Phantomhive. — Quando cheguei na porta, ouvi Ciel chamar pelo Sebastian e, ao abri-la, o mesmo estava ali. — Você de novo? Sua mania de perseguição está começando a me assustar. — Ele sorriu, fazendo questão de se manter em minha frente.

Esse sorriso de novo, mas que...

— Princesa Madyson, entenda que estamos apenas seguindo ordens. Que tal entrarmos em um acordo? — perguntou Ciel, atrás de mim, e eu me virei.

— Que tipo de acordo? — Arqueei uma sobrancelha.

— Podemos ver pelo seu linguajar que foi criada longe do castelo. Eu diria que crescer no submundo tenha afetado um pouco o modo como você vê Vossa Majestade e ser uma rainha. Então proponho o seguinte: você ficará em minha mansão, sob meus cuidados, e aqui aprenderá etiqueta e como são ambas, tanto as vantagens quanto as desvantagens de se ser uma rainha. No final, se tiver certeza de que é isso o que quer, você voltará sozinha para perto de sua avó.

— E se eu não tiver certeza?

— Daremos um jeito. — O sorriso que ele deu depois de dizer tal frase me deu arrepios.

Essa criança realmente sabe como colocar medo nas pessoas.

— Eu não coloquei muita fé nesse “daremos um jeito” não, mas eu aceito seu acordo, apenas com uma condição. Tem uma garotinha que eu estou cuidando, ela perdeu os pais recentemente e...

— Tudo bem. Mas espero que ela não fique correndo por todos os lados, de criança assim já basta o Soma. — disse. — Agora, Sebastian, leve-a para o quarto dela.

Dancing With The Devil - Kuroshitsuji (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora