Quando chegamos na mansão, Ciel já tinha permitido que Sebastian descansasse, então eu o acompanhei até meu quarto, tranquei a porta e tentei cuidar dele com o que eu sabia.
— Tire suas roupas. — Pedi, me aproximando da minha penteadeira. — Vou ter que fazer um check-up completo.
— Sua inocência é admirável. — Ele disse, retirando seu fraque.
— Por que diz isso? — Arqueei uma sombrancelha, pegando a caixa com os materiais de sutura.
— O duplo sentido por trás dessa frase foi imperceptível para quem a disse. Não vejo muita diferença na personalidade da Madyson de antes e da Madyson de agora.
— Duplo sent… — Corei. — O quê? Pelos céus, Sebastian. Eu não sou você para ficar te provocando enquanto está com dor.
— Ora, mas eu não a provoco apenas quando está com dor. — Ele sorriu. — E não me incomodaria com uma provocaçãozinha.
— Sim, eu acho que eu percebi isso. Agora deite-se. Ande, ande. — Me aproximei dele novamente.
— Não acho que seja uma boa idéia fazer isso aqui. Irá sujar sua roupa de cama.
— Você que vai trocar, de qualquer jeito. — Sorri.
Ele quer ser provocado? Então ele vai ser provocado.
— Eu vou limpar o corte, depois suturar e depois limpar de novo. Será que eu utilizo álcool? — Perguntei, me lembrando de quando ele estava cuidando de mim.
— Parece que minha garota é vingativa. — Seu sorriso continuou. — Por que não para de falar e me mostra logo o que está planejando? — Seus olhos brilharam em vermelho.
Suspirei e me sentei ao seu lado, passando um dos dedos perto do corte.
Flashs da morte de minha mãe vieram à minha mente. O corte era igual. O sangue escorrendo… A dor… Seus olhos sem vida…
— Madyson? Está tudo bem? — Perguntou ele.
— …Sim… Sim, está tudo bem sim. — Peguei um pano e passei ao redor de sua ferida. — É uma ferida bem grande, não é? — Ele concordou. — E tem bastante sangue…
— Algum problema com um pouco de sangue? — Perguntou.
— Não. Eu só estou acostumada a ver gente com feridas menores.
— Como as pessoas que você torturava?
— É… Espera, como você sabe? Não, quero dizer… Eu não “torturava”, eu “conseguia informações”. São coisas diferentes. Além do mais, eu nunca fiz isso com pessoas de bem.
— Ora, não é nada demais. Quero dizer, para mim. Afinal, você deve se importar com isso. Ou não será uma boa rainha, não acha?
— Confesso que antes de você aparecer em minha porta, eu gostava de fazer aquilo. Era… “Bom”… — Seu sorriso aumentou. — Não, não “bom” num sentido ruim. Sinceramente, como consegue pensar assim de mim?
— Ah, eu não penso. Te conheço o suficiente para saber como age e reage. Mas é divertido vê-la tentando se explicar. — Afirmou.
— Você é terrível! — Apertei o pano e ele gemeu. — Não esqueça que quem está te ajudando sou eu. — Terminei de limpar. — Se sente para que eu possa enrolar a gaze na ferida.
— Não está se esquecendo de nada? — Arqueou uma sombrancelha.
— Estou?
— Talvez os pontos?
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Dancing With The Devil - Kuroshitsuji (EM REVISÃO)
FanfictionEla estava destinada a governar, e não pôde correr disso. A pedido da rainha, Ciel ordenou Sebastian a encontrar sua herdeira. A próxima rainha. Mas... A garota não queria ser rainha. Ciel não a deu muitas escolhas e chegou à conclusão de oferecer u...