Dancing With The Devil - Kuroshitsuji (EM REVISÃO)

Capítulo X

Alguns dias se passaram e eu não tinha nem metade de meu discurso pronto, mas pelo menos tinha o direito de voltar para a mansão, finalmente.

Nesse meio tempo, tentei ao máximo que pude evitar Simon. Infelizmente, eu não era invisível, e menos ainda sendo a novidade do castelo, já que todos estavam surpresos por eu não ser uma assassina a sangue frio…

Pelo lado positivo, ainda faltava muito tempo para meu aniversário. Quer dizer, não muito, mas o suficiente. Ainda tinha algumas semanas.

Ao entrar na carruagem, fiquei surpresa ao ver que Jane iria me acompanhar. Achava que ela me serviria somente dentro do castelo, mas aparentemente, eu me enganei.

Chegando na frente da mansão, fui recebida por ninguém mais, ninguém menos que o próprio Sebastian.

Ele abriu a porta da carruagem para mim e me ofereceu sua mão para me ajudar. Aceitei somente para não passar outra impressão para Jane. Eu acho.

— Bem-vinda de volta, Lady Maddie. — Ele sorriu.

— Nunca pensei que voltaria por vontade própria. Minha vida não tem sido controlada por mim ultimamente… Onde Ciel está? Quero conversar com ele.

— A levarei até ele. Me acompanhe, por favor. — Abriu a porta da mansão e me esperou entrar com Jane para fechar, depois começou a andar na minha frente.

— Esse é o Sebastian? Ele é ainda melhor do que eu imaginava! — Disse Jane, baixo.

Ele deve estar ouvindo.

— Jane, por que não tenta conhecer os outros empregados da mansão enquanto eu converso com o Conde? — Perguntei e ela assentiu.

— Eles devem estar na cozinha, fica daquele lado. — Apontou Sebastian, antes de voltar a seguir seu caminho.

— Obrigada. — Ela foi na direção em que ele apontou.

— Sebastian… Eu não tive mais sonhos. Eu preciso descobrir o resto, e eu sei que você também quer saber. Acho que conseguirei ver o rosto do ladrão de minhas memórias se… — Não terminei.

— “Se…”? — Ele perguntou, um sorriso irritantemente debochado no rosto.

— Nada. Esqueça. — Pedi, virando o rosto.

Como eu pude sequer cogitar isso? Agora essa… Eu sou tão…

Ele parou de andar e se virou inteiramente para mim.

— Não vai me dizer que a senhorita… — Se aproximou de meu ouvido. — Caiu nas graças de um demônio…? — Seu sorriso era evidente.

— …Pare com isso! — Empurrei seu rosto levemente. — Você disse que foi satisfatório. Você gostou. Então somos dois.

— Confesso que gostaria de ter visto até onde a senhorita iria. — Se virou para frente. — Mas não seria um bom momento para isso agora. Vamos. — Sem mais nem menos, continuou o caminho.

Sebastian abriu a porta do escritório de Ciel para mim e eu entrei, seguida por ele, que logo depois fechou a mesma.

— Como estão as coisas por lá? — Perguntou o garoto.

— Ah, bem… Estão melhores do que eu imaginava. Mas seria bom eu ter ido sabendo que teria um noivo. — O observei.

— Você tinha? — Sebastian pareceu meio inquieto, o que me fez rir.

— Tinha sim, mas não tenho mais. Eu não ficaria com aquele homem nem que me pagassem. A semana poderia ter sido muito melhor sem ele lá. — Admiti.