Capítulo XV

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Como eu iria viajar com Ciel e Sebastian a navio, dei o tempo da viagem como também um tempo de folga para Jane. Ela estava precisando.

Sebastian me apresentou para Snake, o homem-cobra do circo. Aparentemente, tinha começado a trabalhar para Ciel, e iria conosco no navio.

Depois de conversar com os outros funcionários, os três começaram a subir e eu fui logo atrás deles. Apenas quando entramos na embarcação, eu chamei a atenção de Sebastian. Mas só depois que Lizzy, sabe Deus o que ela estava fazendo ali, se jogou em cima de Ciel, o abraçando.

— Se é uma das missões de Ciel, vai ser perigoso, não vai? Poderia me devolver minha adaga? — Pedi. — Ou me dar alguma outra arma que…

— Aqui. — De dentro de seu fraque, ele puxou minha adaga e me entregou.

— Por quê… Esqueça. — Me abaixei e guardei-a com cuidado em minha bota, que tinha sido feita exatamente com o intuito de esconder minha adaga, por uma… Pessoa especial.

— Iremos até a sala de refeições, e então eu irei lhe acompanhar até seus aposentos.

— O que você vai fazer depois disso?

— O que meu mestre ordenar.

— Maddie! Você também veio! — Lizzy me abraçou. — Vão ser as melhores férias de nossas vidas! — Segurou o braço de Ciel ao me soltar.

— Solte ela, Ciel! — Disse Edward. Ele não parecia gostar muito de Ciel.

Lizzy ignorou Edward e puxou Ciel, indo com ele até o andar de baixo. Edward e seu pai, o Marquês Alexis Midford, seguiram os dois.

Francis me olhou de cima a baixo.

— Realmente tivemos um avanço. Só não nesse cabelo… E, aliás, vocês dois, se arrumem direito! — Mexeu no cabelo de Sebastian e de Snake, colocando-os para trás.

Me segurei para não rir na frente dela, ou sobraria para mim.

— Venha, Madyson. — Entrelaçou nossos braços e me puxou com ela. E ela era forte. — Não ande por aí o tempo inteiro conversando com os criados. Pode ser um costume dentro de casa, mas…

— Francis, eu estou com um deles. — Disse, baixo. Sabia que eles estavam atrás de nós, e mesmo com isso, ele escutaria.

— Com um criado? — Ela, pela primeira vez, pareceu confusa. Então suspirou. — Você é definitivamente igual sua mãe.

— Você não está nervosa?

— Eu posso controlar seu estilo de roupa, suas habilidades de defesa e sua etiqueta. Mas não o seu coração. — Arregalei os olhos quando a ouvi dizer aquilo. — Sua mãe não teria problema nenhum com isso, e por mais que eu veja vários, ela que era sua mãe.

— Eu achava que você seria menos compreensível… Obrigada, Francis. — A abracei rapidamente e com cuidado.

— E o que aconteceu com o Duque Simon? — Perguntou.

— Minha vó cancelou nosso noivado, me deu liberdade para escolher quem eu quiser.

— Ele não foi persuasivo? Lembro que o irmão dele o incentivava o tempo inteiro a fazer coisas erradas. Ninguém imaginava que em algum momento, ele sofreria aquele acidente na escadaria.

— O irmão dele… Espere, ele era irmão do Thomas?

— Sim. Não se lembra dessa parte?

— Me diga, quais os boatos que correram sobre… A morte de Thomas?

Dancing With The Devil - Kuroshitsuji (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora