Capítulo XVIII

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— E, que tal uma flor? — Perguntou, sorrindo.

Uma imagem terrível da mesma morta na posição em que estava surgiu. Seus olhos sangrando. Seu pescoço perfurado por uma…

— Heylel? — Me chamou. — Algum problema?

— …Nenhum. — Balancei a cabeça.

Por que eu continuo a vendo morta mesmo sem ela correr nenhum perigo? Isso é… Desconfortável…

— Então, o que acha de uma flor? — Perguntou, novamente.

— Ficaria ridículo. — Soltei.

— Uma coroa, então?

— Não acredito que eu e a realeza combinemos. Quero dizer, de certa forma, talvez. Mas não.

— Então será uma flor. Você ficará tão fofo! — Voltou a desenhar.

Revirei meus olhos e optei por não discutir.

De repente, a porta foi aberta e então a mãe de Madyson entrou.

— Mamãe, mamãe! Olhe, eu desenhei o Heylel como humano! Ele ficaria tão bonito! — Correu até sua mãe para lhe mostrar o desenho.

— Oh, sim. Se ele for exatamente como você desenhou, então é realmente muito bonito. — Acariciou a cabeça da mesma.

— Gostaria poder destacar seus olhos. — Encarei-a. — O que foi? Vermelho é a minha cor preferida.

Então, o pai de Madyson entrou no quarto.

— Estão prontas? — Perguntou.

— Para quê, papai? — Indagou Madyson.

— Não a contou? — Olhou para Lauren.

— Ela estava me mostrando seu desenho do Heylel. — Explicou. — Vamos para o campo, querida.

— O campo? Eu adoro as flores de lá! Você também vai, Heylel? — Me encarou, seu olhar me implorando por um sim.

O campo ficava longe, então seria tolice minha ficar. Estaria apenas me condenando a retornar para “casa”.

Assenti suavemente e ela começou a pular.

— Ele vai! — Exclamou.

— Mad, querida, não deveria se empolgar tanto com…

— Deixe. — Pediu Lauren, colocando uma mão sob o peito de Leonard. — Mesmo se fosse apenas um “amigo imaginário”, ela ainda está na idade para tais coisas.

Leonard suspirou.

— Fico feliz que nos acompanhe, Heylel. — Ele disse, forçadamente.

Mesmo? — Gostaria de poder lhe perguntar diretamente.

Era engraçado, de certa forma. Lauren acreditava em minha existência, mas Leonard não. E, mesmo com a insistência da mesma, ele nunca cedeu. Sua crença era realmente muito forte.

Dancing With The Devil - Kuroshitsuji (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora