Capítulo 6

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HORAS ANTES

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HORAS ANTES...

Jeongguk havia acordado por volta de umas seis da manhã, pegou seu celular e começou a ver todas as conversas que teve nos últimos meses. Tanto as tristes quanto as alegres, e acabou por se lembrar do dia de ontem que teve com o Kim.

Havia pedido folga hoje para que ninguém desconfiasse do seu sumiço repentino.

Desligou seu celular e o deixou sobre a cama, não queria receber mais nenhuma notificação para que ninguém o atrapalhasse. Saiu de sua cama, desceu as escadas e foi até sua cozinha.

Fez pouca coisa para comer, não estava com muita fome e inspiração. Para onde ele iria não precisava estar alimentado. Comeu tudo e lavou a louça que sujou, andou até a sala e acendeu a luz.

Olhou tudo a sua volta com um semblante triste, tentou memorizar tudo a sua volta. Subiu as escadas e entrou em seu quarto, colocou apenas uma calça larga e leve. Decidiu ficar sem sua blusa para facilitar o trabalho.

Andou até o banheiro e entrou nele, acendeu a luz e viu uma faca e lâminas sobre a tampa do vaso sanitário. Estava tudo pronto.

Ligou a banheira para encher com água fria, gostaria que sua morte fosse trágica assim como a do seu pai. Logo logo estaria reencontrando ele.

Se olhou no espelho, estava acabado. Tanto por dentro quanto por fora. Suas olheiras enormes de não ter dormido nada a noite, ficou ansioso pela sua morte próxima.

Talvez ele poderia se jogar de um prédio para facilitar, ou se tacar na frente de um ônibus. Mas tinha medo de acabar saindo vivo, ficar paraplégico e acabar por ter que dar trabalho para alguém cuidar de si.

Obviamente não queria que ninguém cuidasse de si pelo resto de sua vida, ainda mais porquê não tinha ninguém em sua vida que faria este esforço para cuidar de si.

Sentiu algo gélido em seus pés e viu que a banheira estava cheia, e estava transbordando água. Desligou o registro e entrou na banheira.

Apoiou sua cabeça no marmore frio e olhou seus pulsos cheiros de cicatrizes de cortes, não era só em seus pulsos que havia marca e sim no antebraço todo.

Respirou fundo e se esticou para pegar as lâminas, assim que conseguiu voltou a apoiar a cabeça no mármore.

É agora!

Passou a lâmina com força em seu braço, fazendo cair várias gotas de sangue na água a fazendo ficar avermelhada. Isto não doía mais como da primeira vez.

Jeongguk estava chorando, suas lágrimas se misturavam com a água vermelha da banheira. Fez vários cortes profundos em seus braços, em quanto chorava muito. Saiu da banheira com dificuldade, se sentou na tampa da privada e segurou a faca em sua mão.

Quando estava prestes a enfia-la em seu corpo, a porta do banheiro foi aberta e a figura de um Kim assustado se fez presente.

— TAEHYUNG SAI DAQUI! - gritou. Já chorando mais ainda, queria encontrar seu pai logo. Ficou enrolando por muito tempo.

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