• 14 - especial •

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Millie

Ele me beijava lentamente, enquanto eu estava nervosa, provavelmente a Sadie já teria me visto com Caleb e minha mãe deve estar quase chegando.

- É melhor a gente parar - digo entre beijos. Ele para de me beijar e olhou para mim.

- Porquê? - perguntou perguntou fazendo carinho em minha bochecha.

- Porque - escuto minha mãe abrindo a porta de casa.

- Mills, cheguei! - escuto a voz da minha mãe.

- Isso - falei. Ele assente, parecia meio triste mas talvez tenha sido só impressão minha.

- Então é melhor eu ir embora... - ele diz se levantando.

- Não! - falei praticamente gritando, ele estava indo embora mas ele se vira - quer dizer, não precisa ir embora agora, pode ficar aqui comigo - ele sorri de lado.

- Mas eu tenho mesmo de ir, minha mãe deve estar precisando de mim. Bom, até amanhã. - beija minha bochecha e aquelas malditas borboletas voltaram.

- E o trabalho? - perguntei e ele pousa sua mão em meu ombro.

- A gente termina noutro dia, tá bom? - assinto. Ele beija minha testa e eu o levo até à porta de entrada. Ele sai e acena para mim, fecho a porta. Suspiro.

- Quem era esse menino bonito, Millie? - coro e me viro para ela.

- Ninguém. - ela levanta a sobrancelha.

- Eu o vi, Millie. - revirei os olhos - e você tá vermelhinha, ein? O que rolou? - arregalo os olhos, provavelmente ficando ainda mais vermelha.

- É claro que tou vermelha você falando essas coisas né? Mas ele é só meu amigo.

- Sei, amigo. - reviro os olhos.

- Sério. A gente tava fazendo um trabalho mas a gente não conseguiu terminar então acabamos noutro dia. - ela fala um "hum" - bem, vou lanchar alguma coisa e vou tomar banho.- falei indo em direção à cozinha.

[...]

Acabei de lanchar então subi as escadas e fui direta para o meu quarto pegar minhas roupas para tomar um banho.

Quando ia abrir a gaveta mas escuto alguém me chamando. A voz parecia estar longe, provavelmente era Sadie.

Abri as cortinas e a janela. Ela estava na sua janela e me olhou quando eu abri a janela.

- Millie! Finalmente! - sorrio - temos muito que falar não é mesmo? Quero dizer tratar dos nossos negócios - arregalo os olhos e fecho a cortina. - MILLIE NÃO ME IGNORA PORRA! EU TINHA RAZÃO! ESCUTOU? - pego minhas roupas e vou direto para o banheiro a ignorando por completo. - MILLIE, CADÊ VOCÊ, MENINA? A GENTE VAI TER QUE FALAR DE QUALQUER JEITO - reparei que ela se calou porque não a ouvi mais.

- Millie, a Sadie queria alguma coisa? - minha mãe perguntou me entregando a toalha.

- Não, nada. - peguei na toalha e entrei logo no banheiro.

Pousei a toalha e despi minhas roupas. As coloquei para lavar pois hoje foi um dia cansativo e devo ter suado. Coloquei música na caixinha de som e entrei no box.

Finn

Cheguei a casa, vim andando até aqui mas praticamente correndo. Me joguei na minha cama cansado.

Recebo uma ligação, verifico quem era. Caleb. Atendo.

- Oi. - falei.

- Ah não rolou nada entre mim e a Millie, o quê? Nunca! - ele falou e eu reviro os olhos.

- Foi só hoje... - digo.

- Sei, só hoje. Até teve ciúmes do Romeo.

- Eu não... - respiro fundo - foi só... olha esquece isso.

- Você gosta dela? - ele pergunta.

- Não claro que não, essa coisa nem existe. Gostar de alguém? Sério quem inventou isso?

- Tá, mas você sente que ela é especial pelo menos? - questionou.

- Como assim, especial?- escuto seu suspiro do outro lado da linha.

- É como se fosse uma pessoa que você se sente bem e... bom, diferente das outras. Numa maneira boa como é óbvio.

- Eu... eu não sei, Caleb. Eu só me sinto mais eu com ela, sabe? E ela é tão diferente de todas as garotas que eu já conheci. Acho que ela é realmente especial. - confesso que me sentia uma pessoa melhor perto dela, como se ela tivesse um feitiço que me deixasse desse jeito.

- Hm... Eu sinto o mesmo com a Sadie. Não, só a aparência dela, mas também a personalidade.

- Ah mas vocês são quase um casal. - falei.

- Por amor de Deus, Finn. Não fala de mim enquanto você tá nessa situação. Para de tentar ser imune ao amor, você sabe sim que ele existe, mas você está o evitando por alguma razão.

- Não, ele não existe, nem nunca vai existir. Pelo menos, não para mim. - abaixei a cabeça.

- Todo o mundo já viveu pelo menos uma situação em que esteve feliz com alguém e eu não estou falando de amigos.

- Mas isso é o que eu e Millie somos amigos. Eu só estou confundindo as coisas. Nós nunca seremos mais do que isso.

- Amigos que se beijam é? - reviro os olhos - Finn, pensa no que eu estou falando e como você se sente quando está perto dela. Eu sei que você não gosta de falar nos seus sentimentos praticamente nunca, mas, pensa bem, você pode a perder para sempre se você não acreditar que consegue.

- Só me deixa em paz, Caleb. Eu não quero falar sobre isso. - falo e desligo.

O que eu realmente sentia era medo. Medo de me apaixonar por ela. Medo de me magoar e me quebrar por dentro.

Eu sei que ela não faria isso comigo, mas eu também podia fazer merda com ela. Eu podia a magoar, porque como eu sou frio e ela é doce, não costuma dar certo e isso me atormenta. Mas ela era especial, não a queria perder.

Acho melhor me deixar levar, mas não tanto assim. Se bem que me lembro, ainda tenho a minha namorada piranha que tá se cagando para mim, felizmente, farta dessa menina.

Bom, é melhor ir para cozinha ter com a minha mãe, pelo o som da água escorrendo, ela deve estar lavando os pratos.

Desci as escadas e vou a ajudar.

𝐲𝐞𝐥𝐥𝐨𝐰 - 𝐟𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora