Blinding Lights

8. Drunk

Drunk – Zayn Malik.

Boa leitura ❤️

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Draco revirou os olhos pela milésima vez naquela noite. E então bufou contrariado, cruzando os braços, a expressão fechada em impaciência.

Depois do dia incrível que ele teve com Harry no domingo, chegou em casa cansado e se atirou na cama, mal tirando os sapatos. Mas, antes que pudesse pegar no sono, Pansy lhe mandou uma mensagem:

‘Se esqueceu de sua promessa?’

E ele revirou os olhos, porque era óbvio que ela iria ficar enchendo seu saco para que eles saíssem o quanto antes. Ele estava prestes a escrever uma resposta atravessada quando se lembrou da conversa que teve com Harry na cabana, onde o moreno lhe disse todas aquelas coisas sobre mudanças e sobre seus amigos.

Então saiu da conversa com Pansy e criou um grupo com os quatro, para que pudessem conversar. Sugeriu que saíssem juntos no meio da semana e todos se entusiasmaram com a ideia. E agora lá estavam eles, em uma noite quente e tranquila de quarta-feira, empolgados para a noite que teriam juntos depois de tanto tempo afastados.

Mas o problema era que simplesmente não conseguiam decidir para onde ir.

Draco queria algo tranquilo e com privacidade, como um restaurante. Theo concordava com ele, parecendo um pouco avoado e cansado naquela noite. Já Blaise e Pansy estavam elétricos, brigando com unhas e dentes por uma balada bastante movimentada onde eles pudessem ficar bêbados e dançar até o amanhecer. Como haviam dois votos para cada lugar, estava empatado. Nenhum deles havia cedido e agora a breve discussão já tinha virado uma quase briga.

— Faz séculos que nós não saímos juntos! Eu quero me divertir! — Pansy ralhava com a voz esganiçada.

— Nós podemos nos divertir num restaurante — Theo murmurou, olhando para ela com desinteresse.

— Grande diversão! Olhar um menu tosco e pedir o número do garçom!

Draco revirou os olhos outra vez. Era mesmo bem a cara dela fazer aquilo.

Ele sabia que estavam em um impasse e, como todos eles eram teimosos e orgulhosos, ninguém iria ceder. Suspirou resignado, observando Theo de canto de olho; o amigo estava encarando apático e tedioso os dois morenos que o olhavam em claro desafio, ambos de narizes empinados e braços cruzados. Draco quase riu, porque a cena chegava a ser cômica. Eles estavam nessa há meia hora, pelo amor de Deus!

Suspirou novamente, tentando pesar ambas as suas opções. Já que não haviam chances de ir para o seu desejado e tranquilo restaurante, só lhe restava ceder e ir para a balada de uma vez ou permanecer ali na rua. Fez uma careta ante essa opção, olhando ao redor e percebendo que, embora as calçadas estivessem um pouco vazias, algumas pessoas os observava com confusão e divertimento.

E ele não queria ser motivo de chacota para ninguém.

— Tudo bem, tudo bem! — bradou, contrariado. — Nós podemos ir para a balada. Vocês venceram.

Pansy soltou um gritinho de alegria, jogando os braços para o alto, e Blaise a acompanhou para que ambos batessem as palmas em comemoração. Draco riu, olhando de canto para Theo outra vez, e o amigo apenas deu de ombros sorrindo levemente. Então Draco se entusiasmou também, pensando que talvez lhe fizesse bem ir para a balada com eles.

Afinal, o que poderia dar errado aquela noite?

Muitas coisas. Mas ele ainda não sabia disso.

No momento, tudo o que sabia era que, superior a sensação de estar deslocado dentre eles, estava a saudade que sentia de seus amigos e a vontade de terem uma noite legal. E se isso tinha que ser em uma balada cheia e barulhenta, bem, que seja. Ele iria, e iria se divertir de qualquer forma.