17. Say You Won't Let Go

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Say You Won’t Let Go – James Arthur.

Boa leitura 💖

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Longos minutos se passaram antes que eles ouvissem batidas incessantes e raivosas na porta, tirando-os daquela bolha silenciosa e carregada de sentimentos em que estavam aninhados em silêncio. Harry sorriu uma última vez, sussurrando um “eu não te falei?” para Draco antes de se levantar e caminhar até a porta. Draco também se levantou, permanecendo parado de maneira incerta perto do sofá.

A realidade do que estava acontecendo naquela noite voltava aos poucos para sua mente nublada.

— Já vai, já vai! — ele ouviu Harry resmungar antes que a porta fosse destrancada e um homem alto entrasse por ela em um rompante, como um furacão.

— Harry James Potter! — o homem trovejou, parecendo verdadeiramente furioso, e Draco se encolheu em seu cantinho. — Como se atreveu a ir para aquela missão de resgate?! Eu estou completamente furioso! Remus quase morreu de preocupação aqui na Sede e a culpa é toda sua! Eu não ordenei expressamente que ficasse na Ordem?! Você ficou maluco? O que estava passando por essa sua cabeça de ninho de passarinho...

— Sirius! — Harry gritou por cima dos berros do homem — Você sabe muito bem que eu não iria conseguir ficar quieto enfiado aqui dentro enquanto todos estavam lá fora! Eu tinha que ir! Tinha que salvar Draco por conta própria!

Ao ouvir o nome do loiro o homem pareceu finalmente perceber sua presença no cômodo, se virando para ele com tanta brusquidão que Draco quase pôde sentir a pequena brisa produzida pelo movimento. Ele deu um passo incerto para trás, analisando de cima a baixo a figura parada no centro do quarto em uma pose ameaçadora e perigosa.

O padrinho de Harry era alto, foi a primeira coisa que ele notou. Seu peito estava coberto por um colete à prova de balas com o logotipo da polícia local, e por baixo estava vestindo uma camisa de flanela, vermelha e preta, dobrada até os cotovelos. Usava calças jeans surradas e botas pretas que qualquer um poderia jurar que se despedaçaria no próximo passo. Seus olhos, cinzentos e tempestuosos como os de Draco, o analisavam por trás de pálpebras estreitas, o rosto levemente enrugado franzido em algo que lembrava desgosto, emoldurado por longas melenas de cabelo negro que desciam em cascatas até seus ombros.

No breve silêncio que se seguiu após a interrupção dos gritos, Harry voltou até o loiro, querendo rir quando o encontrou encolhido ao lado do sofá, parecendo querer fugir para bem longe de Sirius. Não podia culpá-lo, afinal; o seu padrinho policial poderia ser muito assustador quando queria. Então tomou uma das mãos de Draco nas suas, trazendo-o para frente com um pequeno puxão.

— Draco, este é meu padrinho, Sirius Black. Sirius, este é...

— Draco Malfoy — o homem interrompeu com voz de poucos amigos.

Caminhou com desdém até parar de frente para Draco, rolando os olhos por todo o corpo do loiro antes de encará-lo diretamente nos olhos, prata no prata, e Draco sentiu o estômago despencar ao pensar que talvez o padrinho de Harry pudesse odiá-lo por conta de sua família.

— Sabe de uma coisa? Eu nunca gostei dos Malfoy — ele torceu o lábio superior em desgosto.

— Sirius! — Harry repreendeu ao mesmo tempo que Draco prendia a respiração, seu estômago despencando até os pés.

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