3. Someone to You

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Someone to You – Banners.

Boa leitura ❤️

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— Não desconte a raiva no pobre livro, ele pode sentir.

E Draco pulou ao ouvir aquela voz outra vez. Grave, cantada, soando divertida. Harry parecia ter se materializado diretamente de seus pensamentos e o loiro se amaldiçoou por novamente estar tão distraído que não o ouvira se aproximando.

Se virou para o lado, encarando os cabelos negros revoltos, os olhos verdes flamejantes, o sorriso bonito com a covinha de brinde.

E ele pensou que seu coração nunca havia batido tão depressa em toda sua vida.

Harry se aproximou despreocupadamente, com as mãos nos bolsos da calça cáqui, ainda sorrindo de forma divertida. Se agachou ao lado do loiro, que tentava acalmar o coração e o leve rubor nas bochechas pela vergonha de ter sido pego desprevenido outra vez. Ele engoliu em seco, desviando os olhos.

— Olá, Draco Só Draco — o moreno cantarolou e Draco teve que fazer força para se impedir de sorrir para ele. — Como vai?

— Você disse que da próxima vez seria sem sustos — ele acusou, ignorando a pergunta, voltando os olhos metálicos para o garoto enquanto tentava fazer a voz sair irritada. É óbvio que ele não conseguiu.

— Me desculpe — Harry disse, encarando-o com um sorriso arteiro, não parecendo nem um pouco arrependido.

E Draco se rendeu, finalmente deixando um sorriso mínimo escapar.

— Olá, Harry.

— Olhe só! Arranquei um sorriso! — ele bradou, parecendo muito feliz pelo feito. — Qual o motivo de sua raiva, hum?

Draco piscou.

— Ah... Bem, eu, sabe... — ele começou a balbuciar, subitamente envergonhado outra vez.

Como iria explicar para Harry que estava ansioso para vê-lo, por isso não conseguia se concentrar em nada e tinha se irritado? Sua mente trabalhava velozmente para encontrar uma desculpa plausível. Mas os olhos verdes curiosos não ajudavam em nada encarando-o de tão perto, meio semicerrados, como se ele fosse algo fascinante, dificultando o processo e o deixando completamente sem jeito.

— Trabalho! — ele soltou, talvez um pouco alto e apressado demais. Quis sumir. — Eu estou... Estava irritado com o trabalho.

— Oh! Você trabalha? Onde? — ele se entusiasmou.

— Ah, bem, é um negócio de família.

Não queria revelar sobre o St. Mungus, pois isso seria revelar também a sua identidade e ele definitivamente não queria isso.

— Uau, que misterioso. Negócio de família parece outro nome para coisas ilícitas, como nos filmes de máfia e tudo o mais — ele brincou, recebendo um sorriso divertido e um menear de cabeça do loiro. — Mas é um trabalho estressante? Está tendo problemas?

Ele parecia verdadeiramente curioso e interessado, e Draco achou graça de sua atitude.

— Não, não. Eu apenas não gosto de trabalhar lá.

— Oh, sim, entendo. Nós nem sempre podemos fazer aquilo de que gostamos, não é?

— É exatamente isso — Draco respondeu, sorrindo contido. Ele percebeu que Harry se remexeu, ainda agachado, e franziu o cenho. — Você está desconfortável nessa posição? Podemos ir para uma das mesas, se quiser.

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