Blinding Lights

18. Blinding Lights

Blinding Lights – The Weeknd.

Boa leitura 💖

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Se passaram três dias desde a madrugada em que Draco e Narcissa chegaram na casa dos padrinhos de Harry até o dia da festa de aniversário do moreno. Nesse espaço de tempo, muitas coisas aconteceram.

Como, por exemplo, a revelação de que Sirius e Narcissa eram primos.

— O quê?! — gritaram Draco e Harry em uníssono, os mesmos olhos arregalados e expressões de choque.

— Sim, é isso mesmo — a mãe de Draco sorriu. — Eu era uma Black antes de me casar com Lucius. O meu pai e a mãe de Sirius eram irmãos, então... Sim, nós somos primos.

Harry se virou para o padrinho, ainda parecendo surpreso.

— Por que você nunca me contou isso? Que Narcissa e Draco eram parte da sua família?

— Eu não sabia que o seu amiguinho secreto era ele — Sirius levantou as mãos em rendição, apontando para o loiro com o queixo.

— Já faz um mês inteiro que você sabe! Você teve esse tempo todo para me dizer isso, Padfoot — o moreno insistiu, e Sirius fez cara de inocente.

— Ao menos agora você já sabe, Harry.

Harry riu incrédulo, balançando a cabeça para os lados. Então se virou para Draco, que sorria para ele ainda aparentando choque.

— Somos família — murmurou o loiro, soando incerto.

— É claro que somos, Draco Só Draco — Harry respondeu, pegando em sua mão e sorrindo abertamente. — Mesmo que sua mãe e meu padrinho não fossem primos, nós ainda seríamos família.

E aquele era um dos detalhes em Harry que Draco mais amava: o coração gigantesco que ele tinha. Talvez por ter perdido seus pais muito cedo, Harry considerava todos sua família: amigos, amigos de amigos e parentes distantes, mesmo que nenhum deles tivesse verdadeiramente laços de sangue com o moreno. Mas, se fosse sincero consigo mesmo, Draco estava cada vez mais acreditando que laços de sangue não significavam absolutamente nada se não houvessem também laços emocionais e afetivos envolvidos. Daquele modo, a família de Harry era gigantesca, e Draco estava prestes a conhecer alguns membros importantes dela.

Ele também fez algumas outras descobertas naquele meio tempo, como por exemplo: que Harry pode ser levemente mal humorado pela manhã, mas isso se dissipa rapidamente depois de comer seus ovos mexidos e torradas com geleia de amoras. A relação dele com os padrinhos era algo bonito de se observar; era como se, além de figuras paternas do moreno, eles também fossem seus melhores amigos. Haviam muitas fotografias dos três homens e os dois animais espalhadas pela casa – que estava sempre longe de ser silenciosa, Draco notou. Havia sempre uma tv soando alta, latidos animados e piados inquietos da coruja branca, brincadeiras, risos, manhas de Sirius e repreensões de Remus.

Remus, que ele havia conhecido na manhã seguinte à sua chegada, era o outro padrinho de Harry. Descobrir que ele e Sirius eram casados um com o outro não foi verdadeiramente uma surpresa, mas Draco se surpreendeu de qualquer jeito que suas suspeitas fossem reais. E o gentil homenzinho de olhos dourados era alguém incrível e totalmente o oposto do marido: enquanto Sirius era agitado, escandaloso e malandro, Remus era pacífico e observador, mas igualmente malandro – mesmo que à sua maneira. O loiro pensou que talvez fosse por isso que eles se davam tão bem.

Era uma manhã de 31 de Julho e Draco pulou da cama do quarto de hóspedes que estava dividindo com Narcissa e saiu pela porta silenciosamente. Passou pela sala na ponta dos pés, temendo acordar Snuffles adormecido no tapete, mas seus esforços se provaram em vão quando o cão abriu os olhos e levantou as orelhas para ele, seu rabo tufoso imediatamente começando a abanar para os lados enquanto ele colocava a língua para fora. Draco se abaixou para lhe afagar as orelhas, colocando um dedo sobre os lábios em um pedido mudo de silêncio.