19. Paradise

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N/A: OLÁ OLÁ!

Nossa, eu acho que sumi por um bom tempo dessa vez, hein? Mais de um aaaaano, misericuerdia, ainda tem alguém aí? :( Hsijdkdndkmdk eu espero que sim.

Também espero que estejam bem! Se cuidando, sendo quem são e fazendo o que gostam 💖💖 Vou falar mais nas notas finais, hhihihi

A música de hoje é Paradise, do Coldplay

Boa leituraaaa!!!! 💖💖💖💖💖

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Harry e Draco vaguearam pelas ruas desertas da cidade à noite durante muito tempo.

Após Blinding Lights, muitas outras músicas tocaram na rádio da madrugada, servindo de pano de fundo para as conversas amenas dos dois jovens, que não falavam sobre nada de muito importante ou especial. Apenas jogavam conversa fora, tagarelando sobre qualquer coisa sem sentido, porque a verdade era que apenas queriam ouvir a voz um do outro. Mergulhar no timbre oscilante, na risada, nas pequenas provocações e, sendo assim, não havia realmente uma necessidade urgente de voltar para a casa do moreno. Eles gostavam de estar na companhia um do outro, e gostavam de quando podiam aproveitá-la em privacidade, em um lugar em que estivessem somente os dois. Eles não queriam voltar para casa, não ainda, então Harry continuou dirigindo e eles continuaram conversando.

— O que você vai fazer, agora? — o moreno indagou em determinado momento, fazendo Draco se voltar para ele com um olhar curioso e meio confuso. Harry o dispensou um rápido olhar antes de voltar os orbes verdes para a estrada. — De agora em diante, eu quero dizer. Seu futuro.

Houve uma pausa prolongada.

Na rádio estava tocando The Night We Met, e Draco se permitiu se perder na música enquanto refletia sobre a pergunta de Harry. E descobriu, sem muita surpresa, que não tinha uma resposta imediata para ela.

Se ele fosse sincero consigo mesmo, ainda tinha dificuldades para assimilar tudo o que tinha acontecido em menos de uma semana. Parecia impossível que as coisas houvessem mudado tão rápido. Dias atrás, ele estava sendo mantido em cárcere dentro de seu próprio quarto, sendo forçado a conviver com o medo constante que era a presença de Lucius e, ainda pior: as coisas que ele poderia fazer, tanto consigo quanto com sua mãe e Harry. Ele havia estado em uma situação de tanta tensão e estresse que, às vezes, ainda sentia os ombros retesados ou o estômago se apertando em uma repentina pontada de pânico, como se ainda estivesse preso lá e tudo aquilo não passasse de um sonho muito vívido, mas ainda um sonho, do qual ele acordaria em sua cama e trancado no quarto. Às vezes, ainda sentia uma dor fantasma em seu ombro e coxa, como se os ferimentos fossem recentes, mesmo que já estivessem curados àquela altura.

Draco mal podia colocar em palavras o alívio que sentia agora. Mal podia colocar em palavras o que sentiu quando ele e sua mãe foram resgatados da Mansão, levados a um lugar seguro, sendo acolhidos e protegidos por Harry, sua família e os policiais da cidade. E também mal podia colocar em palavras o que sentia ao saber que agora Lucius estava preso, juntamente com muitos de seus homens, sem nenhuma previsão de quando sairiam de lá. Até onde Draco sabia, pelo que Sirius havia lhe contado, eles foram enviados para prisões especiais e permaneceriam sob alta vigilância, sem nenhum contato com o mundo de fora até a data do julgamento – o que ainda poderia demorar meses infindáveis enquanto os policiais reuniam evidências e provas contra eles. E, mesmo após o julgamento, apesar de todas as outras acusações contra ele, somente o fato de que havia mantido a esposa e o filho em cárcere privado já lhe garantiria bons anos atrás das grades, sem direito a fiança ou qualquer outro benefício.

Aquele pedaço de informação o fez sentir uma satisfação cruel e ácida na boca do estômago: a sensação crua de vingança ao saber que seu pai passaria por algo pior do que o fez passar quando o manteve preso.

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