9. Believer

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Believer – Imagine Dragons.

Boa leitura ❤️

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E Draco entrou no carro também, se jogando de qualquer jeito no banco ao lado de Pansy.

E aquela era a última coisa de que se lembrava de ter feito.

Quando voltou a abrir os olhos, gemeu em protesto pela pontada dolorosa em sua cabeça. Sentia o torpor familiar da embriaguez envolvendo seu corpo mole, a boca seca e os olhos pesados, e se arrependeu de ter pegado no sono ali no carro.

Demorou alguns segundos para perceber que tinha seu nome sendo chamado baixinho por Martin, o motorista, que também sacudia seu ombro levemente.

— Sr. Malfoy, nós já chegamos na mansão — ele murmurou assim que Draco abriu os olhos, e o loiro agradeceu internamente por Martin estar falando baixinho, porque sua cabeça doía e qualquer som parecia ressoar como um trovão.

Ele piscou aturdido, olhando em volta e percebendo estar sozinho e quase deitado no banco de trás do carro, já nos jardins da frente da mansão Malfoy. Encarou Martin, que estava do lado de fora da porta traseira, segurando-a aberta para ele e observando-o com um leve sorriso. Draco se remexeu no banco, se perguntando se Martin poderia deixar ele dormindo ali mesmo. Não sentia nenhuma vontade de levantar.

Mas quando o homem alto não moveu um músculo ele percebeu que não, ele não iria deixá-lo dormindo ali. Então fez uma careta engraçada e começou a sair do carro, agradecendo silenciosamente a ajuda de Martin que prontamente o apoiou pelos ombros.

— O senhor precisa de ajuda para chegar até o seu quarto? — ele voltou a murmurar, caminhando com Draco pelo longo caminho de cascalhos que levava até a porta principal, amparando o loiro quando este quase caiu.

Draco avaliou sua condição: não estava mais tão bêbado quanto antes, provavelmente ter cochilado ajudou a lhe trazer um pouco de sobriedade. Mas tampouco parecia capaz de seguir sozinho, visto que suas pernas pareciam gelatina. Mas ele também era orgulhoso demais para admitir qualquer fraqueza, mesmo que tivesse consciência de que já estava no fundo do poço:

— Não precisa, Martin, eu estou bem. Obrigado por ter levado todos em casa e por ter me trazido em segurança.

— Sempre às ordens, Sr. Malfoy.

Quando Martin o deixou em pé em frente as enormes portas da mansão, ele agradeceu novamente ao homem que apenas acenou com a cabeça e sumiu de vista. Martin era realmente um excelente motorista, e também era uma pessoa legal. Draco não o via muito, pois tinha seu próprio carro, mas em todas as vezes que se encontravam o homem era sempre muito profissional, além de ser gentil e atencioso.

Tentando recuperar o controle o suficiente para encarar o longo caminho até seu quarto, ele suspirou e entrou em casa. Winky prontamente apareceu ao seu lado, parecendo estar lhe esperando. Ela vestia um robe preto e parecia ter acabado de acordar.

— Boa noite, jovem Sr. Malfoy. Precisa de alguma coisa, senhor?

— Apenas um lanche leve, por favor, Winky. Pode levar para o meu quarto — Draco pediu em meio a um bocejo, porque sentia o estômago prestes a pular para fora de tanta fome. — Leve também uma garrafa de água.

— Agora mesmo, senhor.

E a mulher baixinha saiu apressada para a cozinha, logo depois de mais uma de suas reverências exageradas.

Draco começou a subir as escadas com lentidão, não se sentindo muito no controle de seus próprios movimentos. Fez uma careta, pensando que jamais iria beber daquela forma novamente. Odiava ficar vulnerável daquela maneira.

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