Capítulo 1: Dentro e Fora do Palácio

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E vamos ao primeiro capítulo de uma nova jornada 💜

Comentem, se puderem e quiserem, e deixem o votinho pfv!

#geloEprata

~ Boa leitura

❄⚜❄

Reino Mulgang

5022

Os olhos cor ciano observavam atentamente a movimentação lá fora através de uma das janelas de vidro. O cabelo branco e comprido balançava com o vento que entrava por uma parte aberta dali, fazendo com que o dono dos fios esbranquiçados colocasse algumas mechas para trás das orelhas. Estava inexpressivo enquanto assistia alguns de seus futuros súditos organizando algumas coisas, como frutas, em barracas montadas por eles, que ficavam uns bons metros após o imenso palácio. 

Era deveras cedo. O sol ainda estava nascendo, mas aquelas pessoas já estavam ali à trabalho para conseguirem ter um pouco de tontesmoeda oficial de todos os quatro reinos –, que garantia a sobrevivência daquelas criaturas. 

Eles são denominados como populacho, que são aqueles demasiadamente pobres, de baixíssima renda. Obviamente, todos os alfas, ômegas e betas dali eram comuns, sem poderes. 

Caso alguém fosse um dominer, certamente já estaria morando no palácio, ganhando automaticamente um título real. Contudo, a descoberta de novos dominers estava cada vez mais escassa

Pensar nessa questão fez o príncipe suspirar e sair de perto da janela. 

Olhou ao redor de seu grande aposento, tendo uma decoração predominante e em vários tons de azul – cor oficial do Reino Mulgang –, e suspirou novamente. 

Mais uma vez, o Príncipe sentia-se entediado. 

Avistou o suporte com a tela ainda em branco em um canto do aposento, onde havia abandonado sua futura pintura desde o dia anterior. Caminhou até ali e sentou-se no banco de madeira em frente à tela. Alcançou sua paleta de cores – dessa vez contendo apenas tons diferentes de azul e verde – e também um pincel mediano. Olhou para as cores e depois para a tela, alternando sua atenção por alguns segundos. 

Não sabia o que pintar. 

Estava assim há dias; não conseguia fazer o que mais gostava. 

Isso estava frustrando-o demasiadamente. 

A mão que segurava o pincel começou a mexer-se nervosamente. Os dedos esfregavam-se no comprimento do utensílio à medida em que suas emoções agitavam-se. 

Como esperado, fractais de gelo envolveram parte do pincel, bem como abaixo da paleta de cores. 

O Príncipe tentou controlar-se, contudo, tinha ciência de que só iria piorar a situação, como sempre. 

Ainda tentou fazer com que aquele gelo parasse, mas sua concentração não surtia efeito algum. Contrariamente, estava congelando o que segurava. 

Desistindo, deixou com que a paleta e o pincel fossem ao chão, impedindo, assim, que eles congelassem, como ultimamente estava quase acontecendo. Levantou-se do banco e foi à mesma janela em que estava anteriormente. Olhou para as criaturas do populacho enquanto regulariza a respiração alterada. E foi naquele instante que pensou, mais uma vez, em fazer algo em que com certeza iria tirá-lo daquela sufocante frustração que sentia. 

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