Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1

• Capitulo cinquenta e sete •

Suzana narrando...

Fazia horas que ela tinha entrado naquela sala, e até agora nenhuma notícia da minha filha, ou da minha neta, o que tá acontecendo.
Lúcifer já ameaçou tanta gente aqui, que eu tô até com medo de chamarem a polícia, parece que e louco.

Tizil não para de se culpar, e tá no cantinho, Tato tá tão nervoso que eu não duvido nada que daqui a pouco ele bote um ovo ali no meio da sala.

Coloquei os dois de castigo, fizeram maior barraco, os dois amam minha filha isso dá pra ver na cara dos dois, eles acham que eu não sei mais eu tô ligada, não e assim que eles falam?

Lúcifer saiu pra fumar já tem uma meia hora e até agora não voltou, batia freneticamente meus pés no chão esperando alguma notícia.

Quando a Luciana apareceu ainda com roupas da cirurgia tirando aquela touca de cirurgiã, a dela era roxa com a imagem de alguns rappers (xamã, Ret, L7, César entre outros) acho que ela gostava disso.

Me levanto rapidamente assim como os outros dois que estavam sentados.

— Como ela está? — Dizemos os três em uníssono e a Luciana nós encara sem demonstrar nenhuma reação.

Lúcifer entra na recepção arrancando olhares de todos ali, e eu encaro ele que nos encara de volta e se aproxima.

— Bom a Amandinha nasceu — Ela diz e eu ainda a encaro sem entender — Ou, e a Mirian colocou esse nome na bebê ela não comentou com vocês? — Balançamos a cabeça em negação e ela nos encara — Tá tudo bem com a Amanda, só alguns probleminhas na respiração por causa do parto pre-maturo, a pedido do vovô babão — Lúcifer rir — a gente colocou ela em um quarto particular  Assentimos e ela muda a expressão.

— E a Mirian? — O Tizil é mais rápido e a Luciana encara ele.

— E a minha filha doutora? — Pergunto e ela respira fundo.

— Bom a Mirian, vai ficar bem, só que terá alguns traumas, ela ainda tá em cirurgia estamos terminando já, assim que der eu levo vocês pra ver ela - Ela respira fundo e o Tato se aproxima quase chorando, da vontade de rir da cara dele.

— Posso ver a Amanda? — Todos nos olhamos pra ele — Que foi gente, super normal eu querer ver uma criança ao qual eu acompanhei a gravidez — Da de ombros e o Tizil fecha a cara.

— E melhor você nem chegar perto dela — Tizil diz sério e eu reviro os olhos.

— Vão começar? Não vou deixar nenhum chegar perto dela com essa energia negativa de vocês — Luciana me encara sem entender nada.

— Bom venham ver a netinha de vocês então — Ela diz e a gente segue ela até o corredor e entra em um quarto, onde tinha uma maca grande e uma pequena encubadora onde estava a pequenininha.

Caminhamos até ela, não podíamos pegar ela no colo porque estava entubada, mais era a coisa mais linda.

— É a cara da Mirian — Digo e coloco minha mão nos buracos do aparelho e ela aperta o meu dedo, ela é bem fortinha.

— E Suzana tá doidona é? A menina acabou de nascer tá com cara de joelho, e tu falando que e a cara da Mirian — Tato fala e eu fecho a cara.

— Você e igual seu pai mesmo viu — Bufo e olho mais um pouquinho pra minha neta.

— Claro ele você conhece bem — Lúcifer me rebate, e eu olho pra ele incrédula. Já tive um caso com o pai do Tato a mais de vinte anos, então mesmo dele conhecer a Manu mãe do Tato.

— Quer saber, sai todo mundo — Eles me encaram — Agora tão esperando o que?

Eles bufam e sai da sala, e eu fico de olho naquela coisa fofa na minha frente não dá nem pra acreditar.

Já sou vovó, eu? Os olhinhos da Amanda estavam com uma fitinha por causa da luz, dava até uma dorzinha no peito de ver ela daquele jeito.

Me sento no sofá ao lado da caminha dela, e fico horas ali olhando pra ela, a porta e aberta e alguns enfermeiros entra com a Mirian ainda desacordada.

Colocam ela na cama com muito cuidado, e saem da sala depois de colocar ela em alguns aparelhos.

— Daqui a pouco a Luciana vem aqui conversar com você — O último enfermeiro diz e sai.

Me levanto e caminho até a Mirian, que estava toda pálida, olhos fundos, a boca nem tinha mais cor.

Minha princesa, dá nem pra acreditar que eu perdi a melhor fase do seu crescimento, pra ser mais exata toda a fase do seu crescimento.

Dou um beijo na testa dela e fico ali acariciando minha filha, e dessa vez nada nem ninguém vai me tirar de perto dela, nem fudendo.

A porta se abre e o Marcos entra por ela e eu fecho a cara.

— Po foi mal ae...

— Foi péssimo Marcos — Ele respira fundo e se aproxima se sentando do meu lado, finjo que ele nem tá ali e continuo olhando pra minha filha.

— Consegui contato com a Layla — Encaro ele — Ela aceitou te ver, mais só você, ela não que ver nem eu é nem a Mirian — Ele respira fundo e passa a mão no rosto me encarando e eu Assinto.

— Eu vou, tenho que ver minha filha — Ele assente, e respira fundo saindo da sala, batendo de frente com a doutora Luciana.

— Boa tarde — Ela da um sorriso gentil — Tá tudo ok, agora e só esperar ela acordar ta bom? — Assinto. E respiro fundo já tive algumas amigas que teve o mesmo problema que a Miriam, eu só tenho um medo.

— Ela vai...

— Não, infelizmente ela não poderá ter mais filhos — Assinto segurando as lágrimas e ela respira fundo dando um sorriso gentil e saindo da sala.

Beijo mais uma vez a testa da Mirian e dessa vez deixo as lágrimas caírem.

Continua