• Capitulo Quinze •

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021 RJ
Morro da Rocinha
15:37

— Tio da pra me explicar o que rolou lá dentro?

Não foi nada imperatriz, esquece isso — saio da salinha comigo logo atrás.

— Como que eu vou esquecer? Além de ameaçar ele falou que minha família tá escondendo algo de mim, como que eu esqueço?

— Mirian — todos me olham, e eu o encaro incrédula, ele falou o meu nome, e ele sabe como o papai zela por isso, não é por nada, mais poderiam muito bem puxar minha fixa, a vida bandida e a VIDA BANDIDA, aqui não tem moleza como eu disse e cobra comendo cobra — Esquece isso, tá me ouvindo? Você vai acreditar na cria do PVLI ou no seu tio? Esquece isso Mirian pelo seu próprio bem — entra no carro e o tio Vandamme o encara e estrala a língua olhando pro mesmo.

Não desiste disso Mirian, você tem o direito de saber — sussurra no meu ouvido quando finge que vai me dar um beijo na bochecha, e entra no carro com o tio grego.

Agora fudeo — Penso

Encaro as meninas que estavam me olhando sérias, balanço a cabeça e trepo na moto subindo o morro, indo pro topo do mesmo.

Me sento sobre uma pedra observando o morro todo daqui de cima.

Olho pro céu sentindo a brisa um pouco quente bater contra o meu corpo, causando pequenos arrepios, dou um pequeno sorriso e fecho os olhos.

— Eu não sei o que fazer, e tudo tão confuso, a senhora acha que eu devo correr atrás? Que eu devo fazer o que o Tio Van falou? — nesse momento o vento ficou tão forte, abri meus olhos e senti um arrepio, um arrepio bom e como se ela estivesse aqui do meu lado, dou um sorriso e vejo as horas já são 16:16 daqui a pouco e o baile.

Mais nada do que ocorreu hoje saia da minha cabeça, e como se eu tivesse sede de descobrir, eu precisava descobrir, porque o tio grego ficou tão nervoso, e porque o tio Van não concorda com isso? Será que o papai sabia? E se for algo muito importante?

Sinceramente são tantas perguntas e tantos porquês que eu não sei o que fazer, pensamentos e uma confusão de sentimentos, eu preciso saber o que é isso o que está acontecendo e o que o tio grego tá escondendo de mim.

E o pior de tudo, tem haver com a facção, porque até o PVLI sabia, no momento uma lembrança veem a minha cabeça.

Flasberg on

— Papai papai, olha o que o tio Van me deu — corro até o porão aonde o papai estava fazendo não sei o que, e encontro ele de frente para um cofre ele estava pegando algumas coisas, e assim que me viu colocou de volta e me encarou.

Lúcifer: Oi filha, o que seu tio bobão te deu em? — levanto a minha boneca Butterfly da Barbie, o tio Vandamme tinha dado uma pra mim e uma pras meninas pra não ter briga. — Que linda filha, parece você uma princesa — dou uma risada e vejo ele fechar a grande porta de metal, e colocar a data do aniversário da mamãe, eu era pequena mais eu já sabia a data do aniversário dela, era uma data importante pra gente, ele fecha a parede falsa, e vem até mim me pegando no colo — Vamos comer aquela torta de limão que você gosta?

— Vamos papai, depois você me paga um pote de açaí desse tamanho aqui ô — Falo mostrando o tamanho com as mãos.....

Flasberg off

Saio meio desnorteada do topo do morro, trepo na moto e corro pra casa, pego minha mini mochilinha e coloco uma muda de roupas e carregador.

Pego meu capacete e começo a descer as escadas dando de cara, com o pessoal que me encara confusos.

— Aonde você vai imperatriz? — Baronesa me para no meio do caminho me olhando desconfiada.

— É Mirian.

Imperatriz o Tio Lúcifer foi bem claro com esse negócio de identidade —Pequena diz e eu dou uma risada de desdém.

— Fala isso pro te pai pequena — me viro pra todos eles que me encaravam — Eles acham o que, que a gente é a porra de uma espiã secreta? Trabalhamos pro FBI agora? QUE CARALHO.

— Imperatriz... — Tizil tenta falar.

— Eu já disse que é Mirian porra — ele me encara sério — O próximo que me chamar de imperatriz vai acabar com uma bala na testa, avisa pro morro todo, e pro comando também, e não vem com caralho de Lúcifer não que eu já tô sem paciência — me dirigi a porta a assim que eu abro ouço a baronesa.

— Esquece isso Mirian — paro um pouco penso e me viro encarando a Baronesa.

— Você sabe o que o caveira tava querendo dizer né porra? — ela fecha a boca e abre mo olhão — Não importa, que saber que se foda, que se foda todos vocês — saio batendo a porta e coloco o capacete e trepo na minha moto escutando eles me chamarem.

Corro até a base do comando, e vou até o postinho, entro dando de cara com o tio grego que provavelmente já estava saindo da sala do meu pai.

— Tá fazendo o que aqui?

— Boa noite pro senhor também, estou ótima, acho que meu pai se encontra aqui né? Ou transferiram ele sem eu saber? — Tio Grego revira os olhos e se aproxima de mim.

— Olha imperatriz...

— Mirian

Que?!!

— A Partir de hoje eu quero que me chamem de Mirian.

—  Imperatriz mais o seu pai...

— Isso não importa mais né tio? — ele me encara e fica calado — e eu já falei pra me chamar de Mirian — Caminho até a sala do meu pai.

Entro e vejo ele conectado aquele tanto de fios, me deu um aperto no coração só de pensar que ele podia estar agora dando aquele sorriso amarelado dele, ou batendo no pescoço do tio Van toda vez que ele falasse alguma merda.

Ou dando patadas no tio grego por causa do humor dele.

— Ei paizinho lindo — me sento na cadeira ao lado dele — como o senhor tá em? Quando que vai levantar dessa cama pra poder reclamar que eu bati o seu carro? Ou gritar com a baronesa por ela ser arrogante de mais e falar que ela é o clone do tio Van? Eu sinto tanto a sua falta pai, você não imagina o quanto — dou um sorriso e deixo uma lágrima isolada descer sobre o meu rosto.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora