• Capitulo Vinte •

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021 Rj
Morro da rocinha
07:00 a.m.
Imperatriz na voz🧚🏻‍♀️

Trepo na moto e vou pra boca, subindo a Lage e me sentando no caixote, passei a noite em claro, mais terminei de ler aqueles cadernos da mamãe tudo.

Descobri que minha mãe colocou a Layla, pra adoção, em uma tentativa de proteger a mesma por que ela era filha do Bruno, que até hoje eu tô tentando saber quem é, mais deu a entender que era um traficante perigoso, e que fazia minha mãe sofrer muito, ele tinha encontrado a minha mãe sabia que ela estava com o meu pai, e estava tentando fazer de tudo pra poder pegar ela.

Então em uma tentativa de proteger a filha ela a entregou, pra uma família que estava a muito tempo tentando ter um filho, fez eles prometerem que iriam cuidar dela e tudo mais, mais essa era uma família de fora da favela, no asfalto e não sabia muito bem no que minha mãe era envolvida pra eles ela era um dentista, que não poderia cuidar da bebê.

Nos três primeiros anos o meu pai ajudava os pais adotivos dela com uma quantia que ele depositava todos mês, mais aí descobriram quem era o meu pai e como ele trabalhava, e não aceitaram mais o dinheiro e sumiram no mapa.

Depois que eles sumiram, o Bruno invadiu o morro do meu pai, e foi nessa famosa invasão que eu perdi minha mãe, foi ele que matou ela.

Pra falar a verdade descobri que eu tenho uma irmã e meio estranho mais eu tenho vontade de encontrar ela só pra saber se ela está bem, e ter uma certeza disso.

Tenho vontade de descobrir quem é esse Bruno e pintar das 7 a 14 com a cara dele, sinceramente me subiu um ódio quando eu descobri que foi ele que matou minha mãe.

— Imperatriz, ou mulher tá no mundo da lua caralho — G5 estrala os dedos na minha frente.

— Coe

— Vai dar esse mole aí mesmo po, tava vidradona olhando pro nada, fumou o que?

— Só pensando na vida meu caro, e ti o que passas?

— Ihhh só problema — passa a mão na cabeça e o doidoi que eu nem sabia que tava atrás de mim da uma gargalhada alta.

— Aí que susto caralho tá de tiração.

— Ué patroa tá ligada na história do G5 não? — Solta a fumaça do beck chegando mais perto é eu faço uma careta

— Tirando aquelas meninas que ficavam o tempo todo aqui na boca no desenrolo por causa dele?

— Isso aí é passado po, essas aí não chega nem no pé da história que tá correndo na favela — RI alto mais uma vez e o G5 Revira os olhos fumando um cigarro.

— Conta aí po.

— ihhhh bando de fofoqueiro viu — Diz visivelmente bolado o que aumenta ainda mais a minha curiosidade, encaro o Dóidoi que ri olhando pro amigo.

— Tá se revoltando porque? Tocou na ferida né — Dou uma risada fazendo o mesmo fechar mais a cara.

— O Cara tava no erro po, pegando duas mina ao mesmo tempo, a carina e a Anna, falando pras duas que as duas era fiel — Para pra rir de novo — Ontem a noite ele marcou de ficar com a carina, chegou lá e ela tava na cama com a Ana, e botaram ele pra correr de lá sem caô — Caio na gargalhada junto com o Doidoi e o G5 solta a Fumaça.

— Aê tá fraco em G5 — digo ainda rindo e ele me encara serinho.

História verídica acredite quem quiser, ele foi trocado por mulher.... — Dóidói cantarola uma música lá é o G5 Se levanta puto da vida.

— Vou guiar, dá pra ficar com vocês aqui não, papo reto — desce as escadas putinho e acaba esbarrando no ombro do Tizil que encara ele feião, e eu e o dóidói continuamos rindo da cara do G5, bixo burro, Doidoi vai atrás do mesmo ainda rindo da cara dele.

Tizil sobe na Lage e senta do meu lado, onde minutos atrás estava o G5.

— Coe que cara é essa? — Eu pergunto percebendo que ele não estava em um de seus melhores dias, ele me encara e continua sério — Vai negar a voz? — Ele continua quieto — Jae então — Me levanto, e ia saindo mais ele puxa meu braço me fazendo sentar no caixote de novo, bipolar do caralho — Vai ficar com essa palhaçada mermo?

— Senta aí po — Falou baixo ainda encarando o nada, eu tinha que sair daqui vinte minutos pra encontrar o japa, que ia me ajudar na localização da Layla, me sentei na cadeira e continuei encarando ele que nem olhava na minha cara, ele encostou a cabeça no meu ombro e ficou olhando pro nada — Vai fazer alguma coisa agora a tarde? — Ele levanta a cabeça me encarando.

— Tenho que encontrar uma amigo, pra resolver alguns problemas — Passo a mão no cabelo encarando ele de volta.

Esse problema tem haver com aqueles cadernos né? — Assinto sorrindo de lado, o ele volta a encarar o nada.

Se liga imperatriz, tão invadindo, tão invadindo porra — Fala no radinho e na hora a gente escuta os barulhos dos fogos.

Me levanto rápido e o Tizil também, quase caindo no chão, pego o fuzil e desço a lage, começo a descer a favela dando tiro em todos que eu bati de frente e é da facção rival, quem estava invadindo era o PVLI  bando de filha da puta.

Desço os becos correndo e sinto uma ardência no braço, me escondo em um beco e olho meu braço, pegou de raspão essa merda, desço os becos e dou de cara com três, volto pra trás e começo a trocar tiro com eles, quando vejo que não o G5 Tá do meu lado, derrubamos os três e seguimos caminho.

Continua

¹k de vils

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora