• Capitulo Doze •

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Imperatriz na voz...

Não estava dando para acreditar ver ele ali caído na minha frente com três tiros, ele só fez aquilo pra me salvar, como se fosse um escudo humano.

Se eu tivesse prestado mais atenção e olha-se para todos os lados antes de fazer qualquer movimento em uma invasão a essa hora estaríamos rindo.

Já fazia mais de duas horas que ele tava na sala de cirurgia, até agora ninguém veio falar com a gente o que me deixa ainda mais desesperada.

Eu não posso perder meu pai, não dessa forma e não agora.

O Tizil estava me dando uma força enorme, ele estava me ajudando muito.

Avisto o médico se aproximando e já me levanto, assustando o Tizil que faz o mesmo.

Vocês são os parentes do — O doutor faz uma careta, provavelmente estaria o vulgo do meu pai ali, já que praticamente ninguém sabe o nome verdadeiro dele e dos meus tios, assim como o meu e das meninas — Lúcifer? — assinto — desculpa mais o nome dele é assim mesmo?

— É o Vulgo dele — o médico me olha e assente.

— Você é a?

— Imperatriz.

— Deixa eu adivinhar, vulgo também? — assinto — Bom a situação do seu pai é um pouco crítica, já que o mesmo levou três tiros em lugares muito frágeis, com sorte a nossa equipe conseguiu remover os progetil, da cravicula e do estômago com facilidade, mais a no peito acabou atigindo o lado esquerdo do coração, conseguimos remover e de algumas formas "Ajeitar" o coração, mais ainda não sabemos se ele vai acordar, porque ocorreu muita hemorragia.

— Isso significar que ele não vai acordar? — já estava em prantos novamente, droga não sou muito emotiva, mais quando o assunto é a minha família, a coisa começa a ficar séria.

— Durante quinze dias a chance dele acordar e de 83%, mais passando dessa data, a chance dele acordar do coma e de 20%.

— Posso vê-lo?

— Infelizmente não, só no horário de visita que será amanhã das 12:00 às 13:30, e das 20:00 às 21:30.

— Deixa eu ver ele por favor — digo já caindo em lágrimas outra vez, e sinto o Tizil me abraçar de lado.

— Onde é o quarto dele? — o médico o encara. Tizil me abraça forte ainda encarando ele.

— Senhor não podemos....

— Foda-se porra te perguntei aonde e o quarto dele, e não o que você podem ou não fazer — disse já irritado e o médico assentiu.

— Sala dez, UTI — Disse e o Tizil entrou comigo, procurando a sala dez, assim que achamos eu caminhei até a porta e parei em frente respirando fundo.

Tem certeza que quer entrar? — Ele me encara preocupado olhando diretamente nos meus olhos tentando me confortar, respiro fundo eu preciso disso, preciso ver ele.

— Tenho — abri a porta e encarei ele na minha frente, caminhei até o mesmo, estava cheio de fios, e máquinas, com a barriga e o peito enfaixado, ele estava com o rosto sereno, como se tivesse feliz — Hey pai — digo respirando fundo e passando a mão na cabeça dele — Você vai sair dessa papai, eu sei que vai, e aí vai poder gritar comigo quando eu fizer alguma merda — respirei fundo tentando controlar as lágrimas — Vai se juntar mais o tio grego, pra reclamar dos cigarros do tio Van, ou se juntar com o tio Van pra falar do mal humor do tio grego, eu sei que vai, você é forte — depositei um beijo na testa do mesmo — eu preciso de você pai, todos nós precisamos — apareceu um enfermeiro na porta falando que precisávamos sair — Você vai sair dessa pai, por mim e pelas meninas, eu sei que vai.

Dei mais um beijo na testa dele e me afastei saindo do quarto com o Tizil logo atrás, caminhei até a recepcionista do postinho e parei chamando a atenção das mesmas, peguei um papel e escrevi meu número.

— Seja o que for, que acontecer com o paciente do quarto 10, liguem pra esse número, por menor que seja, vocês tem que ligar por favor — digo e vejo elas assentirem e o Tizil me abraça. Olho pro lado e tio Grego encarava a recepcionista estranho, sem tempo para tentar entender o que tava acontecendo  emtre eles.

Vai ficar tudo bem, vem vamos pra casa — Tizl disse é me puxou pra fora daquele lugar e me colocou em um carro, que eu nem sabia de quem era, e começou a subir o morro.

(...)

Saio do banheiro já vestida encontrando o Tizil com o celular na mão encostado no batente da porta, ele me olha e joga uma sacola branca na cama.

Suas primas mandou entregar, e aí tá a água — diz apontando para o criado mudo ao lado da cama.

— Valeu — digo pegando os remédios e tomando logo em seguida.

É.... Bom... Eu já vou indo — disse pegando na maçaneta da porta, e eu não sei o que deu em mim, mais eu não queria ficar sozinha, não por aquela noite. Eu precisava de alguém, normalmente era o meu pai que me ajudava em momento assim, mais ele não está aqui agora, meus olhos enchem de lágrimas assim que essa frase vem na minha mente.

— Não — ele me olha — fica comigo, só por hoje — ele me encara surpreso por alguns minutos, talvez pela meu pedido, ou por achar uma má ideia assim como eu estava achando.

— Caralho — desvia o olhar — só por hoje — assinto dando um sorriso sem mostrar os dentes, me deito na cama e ele se deita ao meu lado — Vamos assistir alguma coisa?

— Procurando Nemo — ele me encara com deboche — O que? Eu gosto — digo puxando o controle é ligando a televisão colocando o filme pra assistir.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora