• Capítulo quarenta e dois •

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—  Sou burro não imperatriz — diz assim que eu me sentei do lado dele no sofá — Assim que eu acordei do coma percebi que os diários da sua mãe havia sumido — Me encara e eu passo a mão no cabelo sem graça e ele ri — Sabia que tinha sido você, seu tio grego já tinha me alertado, você e igualzinha a mim, Imperatriz por isso eu sabia que você não ia desistir disso assim tão fácil.

— Eu não sou assim...

— A vai por mim, você e minha filha, desde pequena demonstrou isso, tua mãe ficava loca, vivia falando aos quatro ventos que não aquentava um Marcos imagina dois — Ele ri — Eu errei com você Mirian, assim como eu errei com a sua mãe, eu segui você a três meses atrás, quando você foi atrás da sua irmã, você não percebeu porque eu já sabia o caminho, e peguei outro totalmente diferente.

— Que? Como assim?

—  Encontrei o apartamento no pé do morro que você alugou, e através de todos aqueles bagulho lá que você conseguiu encontrar, eu cheguei a algumas pessoas diferentes...

— Pai eu te conheço muito bem pra saber que o senhor tá enrolando.

—  Sua mãe pode tá viva — Me levanto na hora fazendo o meu celular que estava no meu colo e minha pistola cair no chão. Sinto cada batida do meu coração nesse momento, e um sentimento crescendo meu peito a medida em que as peças começam a se encaixar na minha cabeça.

— A quanto tempo o senhor sabia disso?

 Dois meses — Encaro ele incrédula. O ódio e um sentimento muito forte, principalmente para se sentir por alguém como meu pai, principalmente para se sentir por sua mãe.

— Tá de tiração com a minha cara, e depois quer bater no Bruno porque ele tá fazendo bandido de otário — Balanço a cabeça em negação olhando pra ele e me viro de costas indo pra porta.

— Isso e diferente Mirian — Fala com o tom mais forte, me fazendo assustar, ele nunca falava assim comigo — Você e parecida comigo Mirian, por isso eu vou te mandar a real, quando as coisas saírem do controle, mete o pé, esquece toda a história, tem coisas que nem a comandante do FPD da conta.

— Não vem com essa não pai, não sou covarde, qual e a primeira coisa que o senhor e os meus tios me perguntam quando eu penso em desistir, isso mesmo, " Vai pagar de doida?", "Vai amarelar?", "Vai dar uma de covarde?", Sim pai, eu sou parecida com o senhor, então o senhor sabe muito bem que não e um sermão do senhor que vai me fazer desistir — Saio de casa batendo forte a porta é trepando na moto voltando pra boca.

Entro na salinha onde a Layla estava e ela me encara.

 Ah pelo amor de Deus — Ela resmunga, não digo nada apenas sento na cadeira na frente dela e fico encarando a mesma, coloco meu cotovelo sobre o balcão ao meu lado e apoio a minha cabeça — vai ficar me encarando mesmo? — Respiro fundo.

— Sabe eu era muito nova quando eu perdi ela — Ela me olha sem entender — O máximo que eu sei, descobri por histórias que meu tio e meu pai falavam, ou por diários dela que eu roubei do meu pai — Dou uma risada nasal, e ela me olha como se soubesse de quem eu estava falando — tenho poucas lembranças da imagem dela na cabeça, sempre tive vontade conhecer ela de verdade, depois que eu saí daquela.... — Sou interrompida por um grito da sala do lado, dou um murro na parede — TIO VAN POR FAVOR!!!

— FOI MAL — Tio van grita do outro lado da parede me fazendo dar um sorriso de lado, olhando pra Layla que me olhava assustada.

— O que tá acontecendo alí? — Pergunta preocupada. Não sei de dizer: Nada apenas o seu tio torturando um homem até a morte. A calmaria ela nesse momento, então apenas digo:

— Nada demais, só meu tio sendo meu tio — Ela me encara sem entender — Cê não vai querer saber não — Ela ri e eu também e a porta se abre mostrando meu pai, que encara nós duas.

Estão se divertindo que bom — Ele diz e se senta ao meu lado e eu reviro os olhos afastando minha cadeira da dele — sério isso? — Dou de ombros puxando o meu celular do bolso — Tá agora a gente vai conversar — Toma o meu celular — Nós três — Reviro os olhos respirando fundo — não revire os olhos pra mim Imperatriz.

— Imperatriz? — Layla pergunta e eu faço uma careta, ela não sabe que esse é meu vulgo? Ou só tá jogando um verde?

— O vulgo dela... — Meu pai começa a responder mais eu corto a fala dele.

— Resumindo, bobeira de bandido — Digo e meu pai me encara feião.

Vai lá fora e fala isso prós demais, vão te linchar — Fala negando com a cabeça.

— Não vão fazer isso, sou filha do lúcifer esqueceu? — Digo com ironia e ele revira os olhos.
— Você são estranhos, parecidos extremamente parecidos, mais estranhos — A Layla diz cortando eu e meu pai e eu encaro ela.

Você e tão parecida com ela — Meu pai fala depois de um tempo em silêncio. E eu reviro os olhos discretamente.

— Era o que eu estava tentando dizer — Digo e ele me encara sério.

Não tô te entendendo imperatriz, na moral.

Se o mundo não te entendeu se não se fez entender...🎶 — Cantarolo a música do Filipe Ret e meu pai revira os olhos, e coloca a mão na testa balançando a cabeça em negação.

Ontem eu estava planejando uma invasão no morro, hoje eu estou acompanhando uma reunião familiar da minha família que eu nem sabia que tinha — A Layla diz pra si mesma e atrapalha a gente de novo — Que loco né? — Meu pai ia falar mais tio grego entrou na sala.

— Seis tão ligado que o tenente que o Vandamme acabou de matar e da Bope? — Meu pai levantou de uma vez e a Layla riu alto.

— Kao? — Meu pai pergunta e tio Grego balança a cabeça cabeça negação, puta que pariu isso vai dar uma merda do caralho.

Matar tenente do caveirão e automaticamente colocar teu nome na lista negra, os cara não cansa até te achar e acabar com tua vida. O caveirão não é de Deus po, os cara já sobe esse morro na intenção de morte, nunca que você vai ver um caveira algemado algum bandido. E morte na certa.

— "Seis tão ligado" que e sentença de morte né? — Layla diz imitando o meu tio.

— E eles sabem por isso o desespero todo — Digo e meu pai me encara sério.

— Grego leva tua sobrinha daqui, ela já tá me tirando do sério — Meu pai fala e eu dou um sorriso satisfeita, irritar meu pai e tipo brincar com a morte, eu u gosto disso mesmo sabendo das consequências.

— O que tu aprontou? — Meu tio me pergunta e eu dou uma risada nasal.

— Só falei a verdade, e descobri que meu pai e um mentiroso.

Tira ela daqui — Meu pai diz com o tom de voz mais grosso e o tio grego me encara rindo, uma coisa que ele amava era irritar meu pai, ou quando alguém irritava ele, era engraçado — Agora grego.

Não fala isso pra Baronesa, mais tu conseguiu se tornar minha melhor sobrinha — Tio Grego diz abrindo a porta.

Até que eu gostei dessa família, vocês são ilários — Layla iz rindo e o meu pai fecha mais a cara, como se isso fosse possível.

— Você e igualzinha a ela — Tio grego diz Layla que respira fundo.

— Acho que já ouvi isso demais — Ela diz.

— Se acostuma — Digo saindo da sala atrás do tio grego que ria.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora