18. Eu não abaixarei mais minha cabeça para ninguém

237 26 214
                                    


CLARY:

As tendas eram improvisadas as pressas, o que fazia muitas coisas não serem feita adequadamente, como a iluminação bem  fraca, dificultando o meu trabalho. As médicas me ajudavam e seguiam as minhas ordens ao pé da letra, pelo menos isso era bom. Estava ofegante e cansada pelo esforço excessivo que estava fazendo por mais ou menos umas duas horas seguidas, par você conseguir fechar uma ferida, requer muita concentração e magia para isso, C mais ou menos cinco ferimentos graves e profundos eu já sinto o cansaço, agora imagine com seis tendas com mais de vinte pessoas de uma vez, eu estava exausta! Não podeira nem sequer pensar em parar agora, em quando estou remendando uma pessoa, outra está a beira da morte por uma hemorragia ou por está segurando os orgão com as próprias mãos.

  Saber que alguém pode morrer a qualquer estante sobre o meu comando e que possa ser que nem foi atendida, só jogada em cima da uma maca abandonada, só em ter esse pensamento, eu me sinto aflita e agoniada, fazendo meus nervos ficarem a flor da pele! Eu não trabalhei por muitos dias em hospitais, fazendo cirurgia, peguei estágio diversas vezes, mas mesmo na correria de quando chega um paciente e sai outro, eu me sentia calma e centrada, tinha só um pouco de apreensão, mas nada que não pudesse controlar, aqui era completamente diferente não tinha controle de absolutamente nada e isso me assustava, pós no que eu não tenho controle, eu posso acabar cometendo um erro muito grave, que custe a vida de uma pessoa.

  Meu paciente estava sendo segurado por três homens, mesmo com a anestesia geral, ele ainda sentia muita dor e eu não poderia esperar o efeito totalmente, tinha que estancar a hemorragia.

- O pulso está fraco- a enfermeira falou, mas eu estava tão cansada, que mal ouvia o que ela dizia, olhando para a ferida eu sabia qual era o problema e o que fazer.

Sentia minha magia em meu interior, ela estava fraca e pouca, mas ainda poderia a fazer durar, com uma certa persistência e cautela, tirei uma pequena quantia as transformando em finas linhas magia pura, as guiei com cuidado, fazendo penetrar na pele do homem que gritou de dor, a ferida era um corte horizontal profundo e perto de uma infecção. Usei as minhas de magia pura como uma linha normal, costurando a ferida e isso está requerido uma concentração enorme.

- Sai- uma outra bruxo chegou e eu a encarei confusa, como ela chega e simplesmente pede para eu sair!?- Saia antes que mate ele- ela falou e me virei, ele estava tendo uma convulsão- Besta!- a mulher falou e me puxou para longe do paciência- se está cansada saia do trabalho! Melhor do que colocar uma vida em risco!- ela gritou comigo ao virar o paciente de lado.

Eu iria reclamar, mas ela estava certa, não posso trabalhar em Extrema exaustão, isso causaria a morte de alguém, como quase causou. Com um suspiro frustrado eu saí da tenta em busca de ar, assim que sai, finalmente consegui respirar ar puro, inspirando e expirando, me concentrando em minha respiração, na tentativa de me acalmar, minhas mão tremiam de leve, diria que é o cansaço, porém não preciso mais mentir para mim mesma.

  A exaustão, pressão, os gritos de agonia, de socorro que ecoavam das tendas estava me afetando e ativando meu sistema nervoso, a falta de ar e a filiação que tomava meu coração, o fazendo bater freneticamente no peito, me dizia que estava poucos segundos de ter uma crise de ansiedade. Eu não podia trabalhar e não podia fazer nada por eles, só de imaginar mais e mais pessoas abandonadas nas camas, me fazia ficar com a cabeça cheia e a minha respiração começava a descontrolar. Eu preciso sair daqui.

   Tentei ignorar os outros pensamentos me concentrando apenas em sair do meio das tendas, os médicos passavam correndo, pelo símbolo nas roupas deles, uma fênix azul, na dizia que o Asten tinha mandado reforços, medbruxos e enfermeiros bem a tempo.. Eles estão em boas mãos , eles ficariam bem... Tentava me convencer disto, em quando minhas pernas caminhavam em qualquer direção, para fora daqui, para fora da pressão e do ar sufocante.

HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora