Herdeiros

33. Dúvidas

RYAN:

Eu estava incrivelmente bem, o Killior não veio me ver mais, o que era uma coisa magnífica, me tiraram daquela cadeira quando finalmente adormeci exausto depois da batalha, eles me colocaram em uma gaiola, isso mesmo, uma gaiola com grossas barras de ferro em volta de correntes de metal que prendiam meus pulsos e pernas, eu tinha bastante mobilidade, recebia duas refeições iguais ao dia, estava numa sala branca aonde as luzes ficavam direto acessas, eu recebia um balde com água e uma muda de roupas para o banho, outro balde para necessidades, mas por pirraça eu posso ter mijado nas paredes.

   Eles vinham aqui quando estava dormindo, nos tubos de ar para a sala deveriam soltar um gás para em fazer adormecer e apagar, assim eles poderiam trocar as coisas, a sala não tinha janela, todo era branco e bem iluminado, todo dia quando acordava de novo eu sentia aquele cheiro de jasmin o que em dizia, que quem estava cuidando de mim era a Katherine. Outra coisa, eles me aplicavam uma injeção na veia quando estava desacordado, seja o que for esse líquido me fazia ter um apetite e enorme e tenta energia que me fazia ficar inquieto.

Planos de fuga, pensei em vários, lado ruim, todos falhavam por que tinha uma coisa principal que eu precisa descobrir, aonde ficava a porta da sala. Sim exatamente, a porta era camuflada, toda a sala era tudo igual, não tinha uma abertura, nem os tubos de ar eu saia onde ficava, só sabia que tinha pro que o oxigênio não tinha acabado na sala, outra coisa, não era cadeado a fechadura, na verdade nem tinha fechadura, as correntes erma ligadas a tubos na parede ou seja, a fechadura era externa, nada que tivesse acesso e sem poder falar com ninguém, nem está acordado ou sem saber a hora que viriam, estava vulnerável.

  Minha preocupação só aumentava, por causa desse ritmo desregulado não sabia quantos dias tinham se passado só sabia que estava na sexta refeição oq ué em faz a crer que já de passaram três dias. Eu me sentia aflito e andava de um lado para o outro agoniado sem nenhuma informação da minha família ou de estavam bem, se o reino estava de pé, se meus pais voltaram, se minha irmã estava bem... Nada! Eu estava enlouquecendo aqui! Bateu a cabeça contra a cela desejando que a ardência em trouxesse a sanidade, por que eu já estava louco

   O pior! Meus pesadelos voltaram, só que dessa vez com algo muito ruim, não estava mais na caverna com aquela mulher, estava sendo perseguido por uma besta, uma criatura que se camuflava nas sombras da floresta e era tão silenciosa que mal a via chegar antes de algo como uma grossa lâmina atravessar meu peito e me matar. Antes de morrer, eu ouvia os seus passos, suas garras raspando nas árvores e ao olhar para o lado, era eu, eu estava me observando com um sorriso sanguinário e as presas afiadas, antes que pudesse ver os olhos, acordava desesperado.

   Quando não era isso, vinham coisas piores como está preso em uma casa e sem conseguir sair em quanto corria daquele monstro, sempre era ele, ele sempre me perseguia, todas as vezes, tudo poderia mudar, cenário, situação e até às pessoa que estavam comigo no sonho, um deles o Gavriel estava comigo e o final foi o mesmo, o Gavriel morre em minha frente e aquela coisa me perseguiu o resto do caminho quando escorreguei e caí de um penhasco a tempo de me ver em pé na borda dele com aquele mesmo sorriso que me dava arrepios.

  Tentei desviar minha mente daqueles sonhos focando na tarefa. Tinham me dado um manto da última vez, sei que tem câmeras por todos os lados por isso fui o mais discreto possível, me encolhi no canto da cela quando rasguei um pouco do tecido para servir como máscara e me encobria com ele para que ninguém pudesse ver e coloquei o pano sobre a boca esperando. Estava esperando por horas, claro eu pensei nisso antes, mas rasgar a camisa na frente dele era muito óbvio por isso passei duas vezes dormindo e fingindo está tremendo de frio, como tinha um certo controle da minha temperatura corporal , poderia a abaixar, graças ao treinamento do Tio Cael o que era o pior! Ele nos levava a uma cachoeira de madrugada as 4 da manhã e mandava a gente ficar de baixo da água fria e tentar controlar o calor do nosso próprio corpo, claro que eu demorei anos para aprender isso, sempre sai como um pinto tremendo de de frio, até passei a odiar aquela cachorreira e todas que já tinha visto.