31. Batalha perdida

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ALRY:

Planos, eu tinha tudo em minha mão, tudo o que precisava eram de planos, planos malucos e mirabolantes que dominavam a minha mente, mas o que posso fazer? A loucura é parte de tudo isso, passei a noite em claro, novamente, meu corpo já funcionava a base de café e esse fato eu aceitava de qualquer forma, me alimentava pela obrigação de precisar de um corpo forte para um combate.

   Mais de 96 na ativa com poucas horas de sono, isso era apara tirar a sanidade de qualquer pessoa mentalmente estável e olha que normalmente eu não sou estável. O sol estava amanhecendo de mais um dia e minha cabeça parecia que ia explodir, enfiei os comprimidos na boca virando com o quinto copo de café quando me virei para o escritório, o escritório do meu irmão, de um irmão que fui incapaz de salvar. Não consegui fazer nada de Útil nesses dias em que fiquei no poder, nada de Útil! A raiva ferveu quando joguei a caneca com força na parede a fazendo se estilhaçar.

Contive o grunhido de ódio, descontando tudo em minhas mãos, cravando as unhas em suas palmas. As coisas não pararam, na verdade, só pioraram, mesmo com a rainha Seelie ao meu lado, tinha todo o resto do mundo contra mim, contra cada um de nós. Eu poderia ter exércitos nas minhas mãos, mesmo assim sentia que tudo estava escorregando entre os dedos, eu estava perdendo essa batalha. O Asten descansou a noite, mandei todos descansarem, o Christopher insistiu para que dormisse, mas neguei, talvez devesse ter ido dormir, mesmo sabendo que não conseguiria, não, melhor o Chris ter uma noite de sono, melhor todos terem uma noite de sono antes que tudo desabe. Deixar eles desfrutarem da paz por esse momento, era o mínimo que poderia fazer como uma inútil que sou.

  Eu não percebi ontem, não percebi quando avancei novamente pelo portal deixando o Ryan nós guiar,  não percebi a tempo de ver a armadilha do meu novo inimigo. Seja quem for ele, está assistindo tudo de camarote, cada queda, cada deslize e cada perda, ele está brincando comigo e gosta, ele gosta muito de me ver sofrendo pouco a pouco. Ele quer isso? Vai conseguir.

Eu fiquei alí, parada naquela posição a carta aberta na mesa e a mente em um turbilhão, minha roupa de caça estava grudada em minha pele, a noite foi agitada, exaustiva, mesmo com todo o trabalho que tive , não consegui dormir.  Você já sabe o que fazer. Cada peça, cada movimento, eu sabia, mesmo assim, eu odiava perder, como estava perdendo, esse desespero e essa aflição, esse medo me fazia temer por tudo. Não, não posso me perder em sentimentos agora. Se segure, agora é a parte crucial, deixei o sol trazer consigo toda a Aurora, deixei que trouxesse o amanhecer e levasse a noite embora. Inspirei o frio ar da manhã, foi quando a muralha tremeu que eu permiti, por uma fração de segundo uma lagrimas escorrer, antes dos alarmes soarem e eu me erguer daquela cadeira. De pé, naquela manhã, quando as sombras me envolviam em uma abraço seduzente, o jogo começaria.

ALITA:

Alarmes, foi o som que me dispertou me fazendo pular da cama em instantes e chamar meu sekin correndo para fora, no mesmo instante as outras portas se abriram em sequência, o Arvem correu para fora com o Liam, o Asten saiu rapidamente do quarto, Gav saiu meio cambaleando, o Logan veio rapidamente com a Serene que estava enrolada em uma roupa bem deprimente devo adimitir e uma coisa que me perturbou seriamente, o Christopher saiu do quarto juntamente com a Clary. Afastei rapidamente a mágoa para longe. não era tempo para sentimentos. Me agarrei a isso com unhas e dentes quando corri com os outros para a sala do Ryan, entrando com tudo e o que vi no chão me deixou mais confusa, várias mochilas, na verdade eram as mochilas certas para cada um de nós, cada um com o nosso nome. O alarme parou assim que todos passaram pela soleira da porta.

- mas o que é isso!?- o Arvem grinhiu e seguiu até a cadeira ao lado das mochilas que tinha uma carta, seu rosto passou de vermelho furiosos para branco como a morte em segundos.

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