7. A conversa

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ALRY:

 Christopher me seguiu até o elevador, deixamos o supremo alfa babaca pra trás e seguimos os dois juntos em silêncio. Sabia que ele queria quebrar o silêncio, eu preferia permanecer nele. Minha mente estava barulhenta e o silêncio era bom pra mim, mesmo que com a presença deles todos meus pensamentos fossem voltados ao homem em pé ao meu lado. A porta do elevador abriu e a gente entrou dentro dele. A estrutura do elevador era luxuosa de vidro que dava uma visão perfeita da cidade, O reino da Fênix a noite era deslumbrante e incrível. As luzes acessas façam a cidade com o contraste das sombras dava a cidade a visão de uma brande metrópole com prédios imensos e luxuosos de vidro, os carros passavam pelas avenidas e tudo era uma mistura de cores impressionante.

- sinto muito pelo meu pai- é a primeira coisa que o Christopher diz e volto meu olhar pra ele , é perceptível pela sua fala que ele está tenso, talvez até envergonhado com a cena que sei pai fez e ache que isso vai influenciar meus pensamentos sobre ele.

    No incio até foi isso mesmo que pensei dele, mas percebi o quanto estúpida e mente fechada estava sendo, não posso julgar alguém por quem seus pais foram, tenho que julgar a personalidade de uma pessoa a partir de seus atos, decisões e ações, era isso que estava fazendo aqui.

-Quem tem mais ego do que personalidade também tem mais imagem do que essência- falei e ele me encarou surpreso, as portas do elevador se abriram e eu segui pra fora do elevador, com ele logo ao meu lado, seguimos pra o restaurante do hotel.

 As mesas do restaurante eram circulares de vidro negro, tinham varias dispostas por todos o salão, casais se sentavam juntos numa conversa intima, o clima de todo o restaurante era sedutor e luxuoso. TInha paredes de vidro que dava visão pra um amplo jardim, os garçons seguiam entre a mesa como espectros pra não atrapalhar os casais.

   Me auto xinguei mentalmente, claro que a essa hora da noite estaria esse tipo de clima romântico, pronto agora o Chris vai achar que convidei ele pra um encontro. Segui pra uma mesa nos fundos do restaurante , afim de conseguir pelo menos um pouco de privacidade para a gente. Tomara que ele não interprete de outra maneira,  o garçom veio até nós, um jovem de mais ou menos 19 anos, cabelos loiros e olhos azuis, barba rala e um sorriso cativante que ele abriu pra mim, tenho a impressão que o conheço, mas não me recordo.

- Boa noite- ele falou- voltarei mais tarde pra anotar os seus pedidos- ele falou piscando um olho pra mim, Chris não gostou pelo que parece, mas preferiu não comentar nada.

-  Entendo e compreendo o motivo dos nossos pais se odiarem- iniciei o diálogo tentando seguir uma linha de raciocínio que não o machucasse, vim aqui conversar e não esculachar ele- Minha linha de pensamento é que: não irei julgar você nem te culpar pelos erros dos seus pais.

  Ele cruzou os braços e se encostou na cadeira me encarando sério, desse jeito parecíamos dois adultos conversando do que uma garota de 18 anos e... Bom, não sei quantos anos ele tem, acho que na base dos 20, seu rosto é bem jovem, ele possui uma postura séria e intimidante que o faz parecer mais velho, não igual a postura de guerreiro milenar do meu pai, algo como se ele emanasse poder , acho essa abordagem um pouco idiota, pós você chegar e demonstrar aos outros que tem poder só te torna mais fraco aos olhos dos verdadeiros inimigos, agora você se fingir de inocente com uma falsa cara de ser indefesa e frágil surte mais efeito, desse jeito as pessoas se sentem mais confortáveis de conversar com você pós vai achar que você é fraca demais pra te considerar um inimigo e aí que está a armadilha.

- e quero que não me julgue com base no conflito- Ódio- entre nossas famílias e queria propôr a nós dois um início pacífico e uma trégua.

  Seus olhos cor de mel estão me analisando atrás de qualquer armadilha e via que ele estava repensando diversas vezes nessa proposta. O que me machucou um pouco saber que ele tinha essa desconfiança de minha parte, sei que isso é esperado devido as nossas circunstâncias atuais, com a rivalidade entre o Vansal com os supremos, eu não perdoaria os supremos pelo que fizeram com minha mãe nunca, mas estava disposta uma trégua.

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