First

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N/A: Olá novamente.

Como a voz do povo é a voz de deus, estou aqui para postar mais esse capítulo. Na foto da capa é mais ou menos a roupa que imaginei nesse encontro. Vão ter outras fotos para ajudar imaginar. Voltei antes por estar ansiosa esperando a reação de vocês nesse capítulo. 

Quem não gosta de hot não leia o pov do narrador.

Escutem as músicas.

LAUREN

Eu estava nervosa, minhas mãos tremiam e não sabia se era do vento frio da orla, enquanto chegava no local que preparei para meu encontro, ou se era pela expectativa de agradar à latina grudada em seu corpo, por ainda sentir um leve medo de andar de moto. Nós chegamos à Long Island Sound, uma praia na costa de New Haven. Não estávamos longe de casa, uns 15 minutos de distância do apartamento de Camila, talvez 8 se eu pudesse acelerar.

O vento ali soprava frio bagunçando nossos cabelos, sentia a maresia no rosto e o sol do final da tarde iluminando os sorrisos contidos enquanto tirávamos os capacetes. Escolhi aquele lugar em específico por saber que nessa época do ano era praticamente vazio, o frio acabava espantando as pessoas da praia. Não havia mais do que quinze pessoas ao todo espalhadas pelos cantos, sendo que a maioria era criança brincando com seus pais.

Observei Camila ir andando à minha frente, seguindo em direção a praia e não pude deixar de rir enquanto ia buscá-la e fazia virar na direção contrária. A menina tinha um sorriso tão grande quando olhava para o horizonte, observando o mar calmo e as cores que pintavam o céu, certeza que ela tiraria uma foto ali mesmo se tivesse sua câmera em mãos.

Peguei sua mão entrelaçando nossos dedos, sentindo uma eletricidade percorrer todo meu corpo apenas por tocá-la. As famosas borboletas faziam festa em meu estômago. Camila a olhou confusa, não entendendo porque tínhamos mudado a rota, talvez ela tivesse ficado feliz de apenas ter um encontro na praia, mas eu precisava ir além do que o normal. Queria que ela jamais esquecesse do nosso primeiro encontro.

Estávamos paradas em frente a uma porta de metal do farol antigo que existia, o Five Mile Point Light, um monumento histórico da cidade. Era uma torre imponente, não tão alta como outros faróis que existiam ao redor do mundo, mas sem dúvidas sua história me chamava atenção, principalmente por permanecer intacto após 150 anos. Busquei em meu bolso uma chave que consegui dias atrás e fui abrindo como foi me instruído.

A verdade é que com a mãe de Camila na cidade eu não tinha nem ideia do que fazer para ela, não conseguia imaginar um encontro enquanto estivesse aqui e muito menos o local que levaria. Fiz uma lista de prováveis encontros, pesquisei por horas na internet o que fazer e como fazer, para no fim terminar bufando enquanto me jogava na cama por não achar nada tão especial de forma a fazer Camila amar, ou que chegasse aos seus pés. Sendo assim, sem perspectiva alguma de lugar comecei a andar pela cidade de moto buscando locais que poderiam ser ideais.

Cinema? Clichê demais, muitas pessoas e poderia apenas fazer com que as fofocas piorassem.

Bares ou Pub's? Muito exposto, além de ser um local barulhento onde seria difícil manter uma conversa ideal sem ser muito próxima ou ter que falar alto demais.

Restaurante chique? Muito formal para um primeiro encontro, não era um pedido de casamento, ainda.

Por fim, passei nessa praia que quase nunca vinha. Era relativamente perto tanto de casa quanto da universidade, porém não era muito meu costume. E foi só bater os olhos naquele farol no fim da tarde que eu tive a certeza que seria o lugar ideal. Parei minha moto e fiquei horas conversando com o senhor de idade que morava na casa ali do lado e só permitiu que eu usasse depois que sua esposa o convenceu que era bom ver "jovens românticos" iguais a mim.

Bad Kind Of ButterfliesOnde histórias criam vida. Descubra agora