Jimin.
— Porque eu queria que fosse eu. — Quis gritar, mas não tive forças, tanto porque estava me sentindo envergonhado, quanto pelo fato de Jungkook me deixar fraco apenas pela sua presença. E quando ele me olhou, apenas fugi outra vez do seu olhar, tentando criar coragem para lhe encarar ao dizer: — Eu queria ser o garoto que você estava beijando.
Mas me senti tremer assim que o vi se aproximar com pressa e tomar meu rosto com posse da mesma forma que sua boca grudou na minha de forma intensa e quase devassa. Meu coração acelerou de tal forma, que em um primeiro instante tive o ímpeto de empurrá-lo enquanto seus braços desciam até se apossarem de minha cintura.
As minhas mãos pararam em seus ombros, eu sentia que aquilo era errado e que deveria empurrá-lo, mas ao mesmo tempo Jungkook tornava tudo tão certo e incrível, que eu não seria capaz. Ainda mais, porque eu o queria como o Inferno. Então, quando pensei nisso e fechei os olhos, me entreguei de vez, agora deslizando as mãos até os cabelos de Jungkook e puxando levemente seus fios.
E quando meu rosto inclinou para o lado e ele me beijou de vez, as carícias que fazia em seus cabelos aumentaram e acabei o apertando um pouco mais quando senti sua língua se enroscar na minha. Obviamente não era o meu primeiro beijo, mas eu me sentia vivo nos braços do Jeon de forma que nunca havia sentido antes em minha vida. Era único. Era intenso.
Era algo só nosso.
— Jungkookie, é errado... — Sussurrei, mas não tive força paranos afastar.
Nossas testas estavam grudadas e eu estava ofegante.
— Beijos não machucam, Jimin. — Jungkook me garantiu, me olhando tão profundamente que me fazia sentir sendo inteiramente lido por ele. — Só será errado se você não quiser.
No fundo, eu sabia que Jungkook estava certo. E, mais que isso, tinha total certeza de que aquele beijo não tinha sido precipitado ou sequer errado. Aconteceu porque tinha que acontecer, nós nos beijamos porque precisávamos nos beijar. E pronto.
Já foi, não adianta ficar me martirizando por tudo isso.
Ainda assim, era extremamente difícil pensar sobre isso sem que uma confusão gigantesca se apossasse do meu corpo todinho. Não era algo com o qual estava habituado, me assustava tudo que ele me causava diariamente e agora tudo apenas triplicou.
Mesmo de tal forma, não voltamos a nos separar. Na verdade, as conversas entre nós voltaram a fluir e eu voltei ao meu estágio como se nunca tivesse saído dele. Tudo estava finalmente bem.
Ou, nem tudo, pois minha mente se encontrava em tremenda confusão.
— Hyung, posso pedir uma coisa? — Sua pergunta veio em um sussurro, me aproximei no mesmo instante. Jungkook estava sentado sobre a maca ali presente. — Me dá carinho.
Um bico adornou seus lábios, o que foi tão fofo e engraçado que não consegui ao menos tentar me irritar com ele. Que ele era irresistível para mim nunca tive dúvidas, mas parecia que desde nosso beijo tudo estava ainda mais difícil de controlar. Principalmente meu coração.
Fiquei ainda mais perto, levando minha mão até seus cabelos antes de começar a acariciar seus fios. Ele parecia um gatinho manhoso, esfregando sua cabeça contra minha mão em busca de mais e mais contato. Acabei rindo com seu jeito dengoso, porque era uma gracinha e fazia meu peito aquecer de uma forma sem igual.
Tinha várias coisas em Jungkook que me faziam apreciá-lo, mas sua carência por carinho — minhas mãos em seu cabelo, mais especificamente — era a principal delas. Porque, vejamos, quem olhasse para Jungkook jamais o veria dessa forma, como alguém necessitado de carinho, atenção e amor.
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Bad Guy | jjk + pjm
FanficJimin era conhecido como a personificação da pureza. Estudante de Medicina, gostava da ideia de salvar vidas, usava um anel de castidade que carregava junto a si uma promessa que havia feito dentro da igreja. Jungkook cursava Arquitetura, mas só apa...