Feche seus olhos e sinta

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Jungkook.

Talvez eu estivesse ansioso demais. Mas, também, não era culpa minha. Eu só queria tocar naquele corpo lindo por inteiro. Beijar cada mísero pedacinho de pele que Jimin me permitisse encostar.

E me parecia a realização do meu maior desejo, porque desde que conheci Jimin tudo que eu mais desejava era tê-lo ofegante na minha cama. Mas agora que eu o tinha bem ali podia perceber que queria muito mais, muito além.

Queria mais do que despir Jimin peça a peça, mais do que tocar em cada pedaço seu que o fizesse suspirar, mais do que ouvir seus gemidos que desde que o conheci sinto vontade de me inebriar com o som. E eu não sabia o quanto desejava tudo isso, até finalmente ter essa oportunidade.

— Você quer experimentar? — Precisei questionar, afinal era óbvio que continuaria somente sob sua permissão. E não iríamos tão longe assim, eu só queria lhe dar um carinho diferente. — Porque eu quero muito te dar prazer.

Jimin me encarava como se estivesse repleto de dúvidas, e eu o olhava quase como se ele fosse uma obra de arte — o que ele de fato era.

Mas Jimin tinha muita insegurança perante si mesmo, ainda mais sob o meu olhar felino que claramente estava deixando-o quente nesse instante. Jimin podia não admitir, mas era visível que ele gostava de estar assim, sob mim, sendo tocado por minhas mãos e também por meus lábios, recebendo beijos, mordidas e chupões. Ele gostava de estar assim. Ele queria estar assim.

E isso, ao meu ver, era o maior tipo de prazer que poderia receber. Ele sequer precisava me tocar para que eu me sentisse arder no fogo do inferno.

— Você vai devagar? — Indagou e eu apenas assenti.

Jimin era um ser humano muito precioso, e tinha tanta importância para mim que algumas vezes eu sentia que poderia quebrá-lo caso o segurasse com muita força. Não sei em que momento permiti que ele me afundasse desse jeito nos seus encantos, mas aconteceu de alguma forma e agora eu já não posso mais sair do fundo do poço onde fiquei por causa dele.

Acontece que sempre fui carente sem ao menos notar isso, então era óbvio que quando provasse do carinho de alguém, iria viciar e não querer mais largar. Isso é absolutamente normal, acontece com frequência quando falamos de vícios. E eu, que sempre estive em busca de novas sensações, não poderia esperar que ter uma mãozinha acariciando meus cabelos pudesse ser mil vezes melhor que o álcool ardendo na minha garganta.

Me pergunto mentalmente todos os dias se o motivo da minha ruína é Jimin ou não saber lidar com tudo que ele me causa.

— Só vou fazer o que você se sentir confortável, e vou devagar. — Garanti a ele, sorrindo para afirmar mais ainda, já voltando a beijar aquela boca que tanto me puxava para perto.

Jimin me beijou de volta, com sede, como se eu fosse o último copo de água no deserto, o que fez uma enorme e deliciosa satisfação me percorrer por inteiro. Jimin confiava em mim, eu só não sabia exatamente até que ponto isso era algo positivo.

Mas, ainda assim, segui em frente. Quando encarei Jimin novamente ele parecia nervoso, mas ainda assim aparentava tamanho desejo o incendiando por dentro. Ele sussurrou que adorava meu piercing na língua e eu somente o garanti que ele iria amar ainda mais dali alguns minutos.

Era diferente.

Já transei com muitos caras, mas não tive com um sequer o menor cuidado ou eles tiveram comigo. Nunca houve amor, ou ao menos carinho. Mas... com Jimin era diferente.

Eu não o amava, mas queria tratá-lo com amor.

Não sabia ser carinhoso, mas queria dá-lo carinho.

Bad Guy | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora