Your hands...

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Notas: Zoro fazendo nada mais do que sua obrigação e nem 1% perto do suficiente, mas estamos caminhando <3 //

O cheiro de Zoro era viciante, Sanji poderia passar o resto de sua vida eterna com o corpo colado ao dele, sentindo o cheiro que exalava de seu pescoço, observando o suor escorrendo, as veias saltadas em seu pescoço que pareciam sentir a presença de um vampiro sedento em cravar os dentes ali, profundamente.

A última coisa que Sanji esperava era uma permissão para isso. Para ter o que desejava há tanto tempo. Mas não só isso, era o pedido de Zoro por aquilo, para que o mordesse, em um local que considerava ainda mais íntimo do que qualquer parte coberta pela calça. Havia confiança em suas palavras, ele sentia que Zoro sabia que não o machucaria, não beberia todo seu sangue, não o drenaria por completo. Sanji sentia que havia conquistado a confiança daquele humano, depois de tudo que passaram. E talvez ele estivesse chorando como um idiota sensível.

Ele não mordeu de imediato, nunca o fazia. Zoro sempre parecia odiar sua demora, como se ansiasse por suas presas, e irritá-lo um pouco mais era sempre bom, então Sanji demorava até penetrar os dentes pontiagudos na carne, fazendo o jovem quase se desesperar em ser tomado. Era inevitável que fosse sensual, fazia parte de quem Sanji era, agindo muito sem perceber. A língua deslizava pelo pescoço grosso, coletando o suor, saboreando cada uma daquelas gotinhas. Os corpos se esfregavam, as ereções eram pressionadas uma contra a outra, em movimentos bem lentos e intensos, por mais desesperados que estivessem.

As mãos do vampiro soltaram os pulsos do caçador e uma delas deslizou até sua cintura, puxando-o com tanta força que parecia que se fundiriam, e a outra pousou em sua nuca, se emaranhando nos fios curtos e o puxando até que os lábios se colassem. O beijo era calmo, talvez um dos mais calmos que já trocaram e Sanji estava satisfeito.

E era um milagre que o beijo continuasse tão calmo com seu sangue impaciente borbulhando em suas veias. Tão jovem e tão imprudente que Zoro era, sempre querendo mais intensidade, mais dor, mas Sanji parecia fazer seu máximo para se manterem comportados, para não devorar nem deixar que Zoro o devorasse antes da hora. Então quando o espadachim começou a insistir afobadamente com sua pressa desesperada, já era hora de interrompê-lo.

O pescoço de Zoro estava tão quente que parecia queimar os dedos mais frios do loiro. Seus dedos largaram o cabelo e deslizaram pelo pescoço, contornando lentamente as veias que davam a impressão de que estavam vibrando. Zoro realmente queria aquilo, seu corpo quase gritava em desespero.

E da mesma forma sensual, Sanji afastou-se do beijo, deixando o outro a beijar o ar por alguns segundos e se esgueirou até o pescoço. A língua circulou a veia mais pulsante e marcada do começo ao fim, até que finalmente abriu a boca e deixou que as presas pontiagudas fossem fincadas profundamente naquela carne saborosa. Ele fechou os olhos e se entorpeceu com as sensações prazerosas que era tomar o garoto daquela forma tão íntima. Os lábios colados na pele fervendo sugavam o sangue e, sem dúvidas, Sanji nunca antes deixou suas presas enfiadas na pele de alguém por tanto tempo, mas foram longos minutos naquele ritual prazeroso.

— Você... Deveria ter feito isso antes... — Zoro falou extasiado, mesmo sabendo que teria sido impossível antes, que ele não exporia seu pescoço daquela forma um tempo atrás. Mas era tão mais satisfatório que ele só conseguia pensar em todas as outras vezes como tempo perdido.

Era como se ali fosse o lugar certo. Seu próprio corpo podia sentir, como se as presas afiadas do vampiro pertencessem ao seu pescoço. Não ao seu pulso, não às suas coxas, somente ali. Sanji mal estava fazendo algo, só parecia estar em transe, cravado em sua garganta e alimentando-se sem parar da sua vitalidade. O jovem caçador estava em êxtase em estar tão exposto, em ter sua vida confiada à boca do vampiro, num ponto tão sensível que poderia matá-lo se assim desejasse.

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