Volta às aulas

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PETER ON

   Hoje é o primeiro dia do Will na minha escola... Bom, tecnicamente não é bem o primeiro dia, sendo que ele estudava lá antes de ir embora, mas já que ele volta hoje eu considero como primeiro dia. Não sei dizer por que estou animado com isso, já que nem somos “melhores amigos”, mas começamos a nos dar bem desde que ele tirou a carteira, talvez isso tenha sido meio forçado, pois o papai o forçou a me levar junto toda vez que saia de carro com a desculpa de que precisávamos nos dar bem, no final das contas acabou dando certo, Will e eu nos aproximamos nesses últimos dias e acabamos descobrindo várias coisas em comum.
    Porém, isso não significa que nos damos bem o tempo inteiro, temos coisas em comum, mas na maior parte do tempo somos extremamente opostos. Começando pelo jeito passivo-agressivo dele que deixa todo mundo sem entender o que realmente está acontecendo, as respostas são sempre as mesmas “tudo bem”, “eu entendo”, “sinto muito”, mas nunca soam sinceras, pois logo após vem um comentário ou olhar em tom de sarcasmo ou raiva. Eu estou me esforçando para conseguir me dar bem com ele, entretanto, não é tão simples quanto parece.
    Minha mãe fala que a gente precisa ter paciência, porque ele e o papai passaram por muita coisa e ainda estão resolvendo, é um processo longo e delicado. Eu até entendo, ou acho que entendo, mas é difícil quando você não sabe se a pessoa está sendo legal porque gostou de você ou é legal para tirar sarro depois. Na minha escola antiga, tinham alguns garotos como Will, ricos, altos, capitão do time, populares, o sonho de vida de qualquer adolescente, algumas vezes eles me tratavam bem, mas era sempre para rir depois. Acredito que seja por isso que eu tenho um pouco de receio do Will, ele me lembra muito aqueles garotos...

- Peter? – Saio dos meus pensamentos ao ouvir a voz do meu pai – Já está pronto?

- É... Já! Eu só... – Olho em volta procurando minha mochila.

- Está na sala – Papai fala me vendo procurar.

- Já tinha esquecido – Ele sorri e passa a mão no meu cabelo – Vai levar a gente?

- Para total infelicidade do Will, sim! – Sorrio e descemos juntos a escada – Colocou tudo na mochila? Precisa de algo?

- Eu não sou um bebê, Tony – Will responde do outro lado da sala.

- Quem disse isso? – Meu pai o provoca – Para mim ainda é.

- Aff – William murmura rodando os olhos.

- Vou deixar os meninos no colégio e encontro você na empresa – Minha mãe concorda.

- Vejo vocês dois mais tarde então – Ela responde beijando a minha testa e a do Will, que pareceu não se incomodar – Bons estudos meus amores. Amo vocês.

- Também te amo mamãe – Responde e ela sorri.

- Qual a graça de ter carteira e um monte de carro, se eu tenho que ir para o colégio com você? – Will pergunta assim que a minha mãe sai.

- Não é o fim do mundo, filho – Papai responde rindo – Ainda tem documentação sua para assinar, por isso vai comigo.

- Isso significa que amanha eu posso ir sozinho?

- Vai levar o Peter com você.

- Eu levo o pirralho – Minha vez de rodar os olhos.

- Se continuarem conversando vamos nos atrasar – Reclamo e Will ri como se eu fosse uma criança fazendo birra.

- Peter tem razão! Já para o carro os dois.

     Pego minha mochila e vou até onde o carro está estacionado na frente da mansão, quando estou para abrir a porta da frente do carro escuto William reclamar.

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