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"Oque houve dessa vez"

Me pergunto,hoje mais cedo ele me chamou para jantar. Isso é muito estranho ele não sabe oque quer da vida,já eu não sei se vou ser morta.

Paro meus pensamentos e olho para o relógio que irá marcar oito da noite,hora exata para descer.
Estou tão arrumada que nem parece que vou comer com um homem que me sequestrou,martelou pregos nos meus dedos e para piorar é um péssimo pai.

"Será que já é a hora"

Volto a olhar o relógio que marca oito horas.

-vamos lá-respiro fundo caminhando até a porta onde destranco e saio.

Desço as escadas e caminho até a sala de jantar,onde havia uma grande mesa que se encontrava uma garrava de vinho duas traças,dois pratos em cada ponta e um candelabro com velas brancas.

-sua beleza me surpreende-ouço aquela voz bem atrás de mim.

-hum-mumuro ajeitando minha postura-obrigada.

-gostei da cor do seu vestido mas eu prefiro azul-fala saindo detrás de meu corpo.

-que bom-dou um sorriso forçado.

-venha vamos sentar a comida já está pronta-sinto um de seus braços passar na minha cintura,guiando-me para uma das pontas da mesa.

-obrigado-falo educada me sentando na cadeira que havia sido puxado.

-deixe eu pegar a comida-fala saindo em seguida.

"Que merda,será que se eu ficasse no quarto seria pior"

Pergunto-me fazendo minha cabeça passar cenários como eu sendo torturada,espancada,estrupada e muitos outros que concerteza eu não sairia viva.

-voltei-ele coloca um pirex com lasanha no meio da mesa-você parece pensativa-olho para seu rosto que estava sério e ao mesmo tempo parecia está em harmonia.

-estou pensando em porque me chamou para jantar-sou direta.

-quando teminar o jantar eu lhe conto-ele corta e distribui a lasanha.

Olha para aquele pedaço de lasanha e me pergunto se ele envenenou ela para me matar de um modo mais civilizado.

-não vai comer-perguta.

-ah-olho para ele e depois para o prato-sim-pego o garfo e a faca,corto um pedaço o direciono para minha boca com receio.

Senti um gosto delicioso que invadi minha boca,a massa estava no ponto e a carne uma delícia.

-nossa-mumuro dando mais uma garfada.

-pelo visto gostou-ele sorri de lado.

...

-nossa enchi-limpo os cantos da minha boca com o guardanapo.

-estava bom mesmo-se levanta pegando o vinho e servindo nas duas tarças-aqui-ele coloca uma na minha frente.

-muito obrigada mas eu não posso beber estou amamentando-falo enquanto observo-o sentar em seu lugar com uma tarça em uma de suas mãos.

-um pouco não faz mal-fala dando um gole grande em seu vinho-ainda mais hoje é um dia especial.

-como assim-pergunto sem entender,concerteza ele está me enrolando.

-beba e amanhã ao acordar será mais infeliz que hoje-vejo se levantar arrastando a cadeira até meu lado onde se sentou.

-mas por quê-pergunto,percebendo seu olhar em mim.

Hoje vi que minha vida nunca foi fácil,me lembro de quando era pequena.
A infância não era boa 59% era maltratada e os 41% era bom.

Vovô era muito bom comigo mas mudou assim que sua esposa faleceu. Foi criado o hábito de sempre ma dá remédios.
Em compensação descobri que estava criando leite. Quando saiu pela primeira vez leite escondi dele mas não durou muito tempo já que foi descoberto nesse dia fui amarrada que nem um animal e obrigada a dar meu leite a ele.

No fim isso virou um vício,sempre que chegava da escola tinha que o amamentar.

Mas tudo piorou quando descobrimos que ele tinha ausaimer,uma hora ele era agressivo  e em outra ele era um bebê que precisava de mim.

Me lembrar de tudo,olho para a tarça que se encontrava na minha mão,em um só gole a bebi toda.

 Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora