POSSESSIVE - (SUGURU NIRAGI) [FINALIZADA]

◇ Drunk ◇

Eu e meu pai atravessamos a rua conversando sobre coisas alheias, até a porta da casa dos novos vizinhos.

-Seja educada. -Meu pai disse como se eu tivesse três anos idade e deu três toques na porta grande branca que logo se abriu, mostrando uma mulher linda, tinha os cabelos loiros não muito longos e um sorriso maravilhoso, vi meu pai ficar hipnotizado por alguns minutos.

-Oi. -Falei para a mulher, tirando meu pai do transe.

-Ah oi. -Meu pai sacudiu a cabeça se livrando de seus pensamentos. -Moramos aqui na frente, descobrimos que teríamos vizinhos novos e viemos dar as boas vindas. -Meu pai disse sorridente.

-Bom, no caso, vizinha, pois sou só eu. -A linda mulher disse e riu.

-Está certo, está certo. -Meu pai riu. -Essa é minha filha Kita S/n. -Dei meu melhor sorriso.

-Nossa, que menina linda. -Ela disse sorridente. -Você deve ser um pai muito cuidadoso.

-Bom, eu tento. -Ele disse. -Quase que eu ia me esquecendo, sou Kita Hiroki. -Se apresentou e eu via a troca de olhares entre os dois, estava até sentindo-me avulsa ali.

-Kita Hiroki das empresas Kita's? -Ela perguntou.

-Sim. -Ele assentiu.

-Ouço muito falar. -Ela riu. -Sou Lila... Suguru Lila. Querem entrar?

-Não queremos incomodar. -Meu pai foi educado.

-Sim, adoraríamos. -Falei pois senti o clima que havia fluído entre os dois.

Entramos e Lila pediu que nos sentássemos em um dos únicos móveis que havia naquela enorme sala, um sofá grande.

-Bom, como pode ver, eu ainda tenho que arrumar toda essa bagunça. -Ela riu sem graça e sentou-se em uma cadeira que havia ali.

-E então, Lila... Você veio da onde? -Meu pai perguntou todo sorridente.

-Canadá. Mas o pai do meu filho já morou aqui no Japão. -Ela respondeu e lembrei-me de Niragi.

-Ah, Canadá? Legal... Eu já estive lá há algum tempinho atrás à trabalho. -Meu pai comentou. -E você mudou-se por quê? -Meu pai estava sendo curioso demais.

-Queria ficar perto do amor da minha vida. -Ela disse rindo e meu pai ficou com uma expressão meio descontente.

-Você namora? -Ele perguntou indelicado.

-Não, não. -Lila deu uma gargalhada. -Estou falando de meu filho, quero fazer um surpresa para ele então me mudei, ele mora aqui por perto.

-Ah, mãe solteira?

Sim... E sua esposa?

-Ah, eu sou viúvo. -Meu pai disse. -Ela faleceu quando S/n tinha apenas dez anos.

-Sinto muito.

-Não precisa sentir. -Meu pai deu um sorriso de leve.

-E você, Kita S/n... -Lila pôs sua atenção em mim. -É uma garota bonita... Tem namorado? -Ela perguntou, mas meu pai se meteu quando eu fui responder.

-Por enquanto não, já disse que só quando ela se formar... -O olhei e fiz uma cara esquisita.

-Você nunca falou isso. -Falei.

-Acabei de falar. -Ele deu de ombros. -Você já arruma muito problema, imagina se começar a namorar...

-Pai, na frente da moça não, por favor. -O repreendi e deu um sorriso à ela que nos olhava.