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   Evan andava pelos corredores silenciosos do hospital, ele se perguntava que tipos de segredos poderiam ter escondidos ali e quem sabe poderia descobrir mais sobre o passado de Victória pois ela era um verdadeiro mistério. Depois de muito andar Evan começou a reconhecer os caminhos até chegar em um corredor que parecia ser bem familiar foi quando ele viu a parede falsa e pelo que ele lembrava ali era a sala misteriosa, a sala onde Adam havia morrido era estranho ele entrar lá, milhares de lembranças vinham em sua cabeça parecia que havia passado muito tempo.

Tudo estava intacto, as mesas cobertas, os desenhos e as fotos na parede do jeito que ele lembrava. Evan se aproximou pra ver as fotos, eram fotos de pessoas em festas chiques e entre essas pessoas tinham sempre a mesma criança e uma mulher junto a ela. Ele reconheceu que a criança era Victória e a mulher ele não sabia se podia ser sua mãe adotiva ou até mesmo sua irmã e elas não tinham nenhuma semelhança uma com a outra a mulher era muito pálida e tinha os cabelos longos e pretos e nem dava pra ver a cor de seus olhos pois eles estavam vermelhos por conta da foto já Victória tinha as bochechas rosadas, olhos verdes e cabelos castanhos ela tinha grande semelhança com Jade isso era fato.

  Tinha algo naquela mulher que deixou Evan fascinado não só ela como ver Victória também o deixava assim, era como se não fossem duas pessoas e sim outra coisa.

-  O nome dela era Mainyu e ela era minha Aupair. - Disse Victória atrás dele o fazendo dar um pulo de susto. Quando ele olhou ela estava encostada no buraco onde era a parede falsa. - Te assustei?

Evan a encarava com um nó na garganta, ele não sabia de ela iria ficar brava por achar que ele estava bisbilhotando e fosse achar algo que não devia ela se aproximou dele com um sorriso de lado e lhe deu um beijo no rosto.

- V..Você disse que ela era o que mesmo? - Gaguejou ele.

- Ela era minha Aupair. - Evan franziu a testa indicando que ele não havia entendido o que ela disse - Caramba Evan ela era minha babá.

- Ah sim.

- Embora eu me refira a minha tia Eliza como a "mulher que me criou" na verdade é mentira pois quem me criou mesmo foi a Mainyu, a Eliza não gostava de cuidar nem dos próprios filhos pois cada um tinha sua própria babá exclusiva que era pra ela não ter nenhum trabalho em cuidar da gente. 

- Bom, a sua parecia ser legal - Disse Evan olhando a foto.

- Ela era, foi ela quem me deu o Lycan de presente quando ele ainda era filhote. - Victória falava com uma expressão neutra. - Ela dizia que precisava de um amigo já que eu não tinha ninguém.

- Você não tinha amigos? - Perguntou Evan curioso e Victória negou com a cabeça.

- Os pais não queriam que os filhos se aproximassem de mim, não os culpo afinal quem ia querer a filha de dois assassinos nascida de incesto brincando com suas crianças? Eu mesma não ia querer. E admito que eu também não era nenhum anjinho.

- Eu sinto muito... Deve ter sido bem solitário viver assim.

- Não sinta, nunca foi problema pra mim pois eu não gostava de ninguém. - Victória falava em um tom estranho, não parecia ser tristeza e sim desprezo. - Pra mim teria continuado tudo ótimo e eu ficaria na minha se o meu tio não tivesse feito a primeira burrada da vida dele... E me mandado pra aquela maldita Capela Santuário.

- Capela o quê?

- Capela Santuário, como eu nunca tive facilidade em socializar acharam que eu podia ter algum problema então ele me mandou pra lá achando que era um internato pra "Crianças problemáticas". Eu tinha nove anos, fiquei lá por três anos até simplesmente fugir e voltar pra casa então chamaram Mainyu de volta pra continuar cuidando de mim.

A devoradora de humanos Onde histórias criam vida. Descubra agora