09. Fim do Segundo Ano

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30 de Outubro de 1972


Outubro chegou, espalhando, pelos jardins, uma friagem úmida que entrava pelo castelo. Madame Pomfrey, a enfermeira, esteve muito ocupada com uma repentina onda de gripe entre professores, funcionários e alunos. Sua poção reanimadora fazia efeito instantâneo, embora deixasse quem a bebia fumegando pelas orelhas durante muitas horas.

Gotas de chuva do tamanho de balas de revólver fustigavam as janelas do castelo durante dias seguidos; as águas do lago subiram, os canteiros de flores viraram um rio lamacento, e as abóboras de Hagrid ficaram do tamanho de um barraco. O entusiasmo do capitão de quadribaol pelas sessões de treinamento regulares, no entanto, não esfriou, razão por que James e Sirius que entraram para o time esse ano como apanhador e batedor foram
encontrados, no fim de uma tarde de sábado tempestuosa, nas vésperas do Dia das Bruxas, voltando à Torre da Grifinória, encharcado até os ossos e coberto de lama.

Mesmo tirando a chuva e o vento não fora um treino alegre. James e Sirius, que tinham andado espionando o time da Sonserina, tinham visto com os próprios olhos a velocidade das
novas Nimbus 1972. Eles comentaram que o time da Sonserina parecia sete borrõezinhos cortando o céu com a velocidade de mísseis.

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Na segunda semana de dezembro a Professora McGonagall veio, como sempre fazia, anotar os nomes dos alunos que continuariam na escola durante as festas de Natal. Lily, Rose e Severus assinaram a lista; James, Sirius, Remus e Peter também assinaram. Uma semana mais tarde, Os Marotos iam atravessando o saguão de entrada quando viram uma pequena aglomeração em torno do quadro de avisos, os alunos liam um pergaminho que acabara de ser afixado. Frank Longbottom e Dorcas Meadowes fizeram sinal para eles se aproximarem, com ar excitado.

– Vão reabrir o Clube dos Duelos! – disse Dorcas. – A primeira reunião é hoje à noite! Eu não me importaria de tomar aulas de duelo; poderiam vir a calhar um dia desses...

– Poderia vir a calhar – disse Frank quando entraram para jantar. – Vamos?

James, Sirius e Remus foram a favor do clube, Peter ficou com receio mas foi com os meninos. Assim, às oito horas daquela noite os quatro voltaram correndo para o Salão Principal. As longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, cuja iluminação era produzida por milhares de velas que flutuavam no alto. O teto voltara a ser um veludo negro, e a maior parte
da escola parecia estar reunida sob ele, as varinhas na mão e as caras animadas.

– Quem será que vai ser o professor? – disse Lílian enquanto se reuniam aos alunos que tagarelavam sem parar. – Alguém me disse que Flitwick foi campeão de duelos quando era
moço, talvez seja ele.

– Desde que não seja... – Remus começou, mas terminou com um gemido: Galatea Merrythougth
vinha entrando no palco, resplandecente em suas vestes ameixa-escuras, acompanhado por
ninguém mais do que Slughorn.
Merrythougth acenou um braço pedindo silêncio e disse em voz alta:

– Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente!

“O Prof. Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno Clube de Duelos, para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões.

“Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Prof. Slughorn”, disse Merrythougth, dando um largo sorriso. “Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de Poções mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo!”

As Gêmeas Evans (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora