11. Bicho Papão

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A sala ficou silenciosa. Os alunos pensaram... O que os apavorava mais no mundo?

- Todos prontos? - perguntou o Prof. Leblanc.

Rose e Lily sentiram uma onda de medo. Elas não estavam prontas. Mas não quiseram pedir mais tempo; todos estavam acenando a cabeça afirmativamente e enrolando as mangas.

- Frank, nós vamos recuar - disse o professor. - Assim você fica com o campo livre, está bem? Vou chamar o próximo a vir para a frente... Todos para trás, agora, de modo que Frank
tenha espaço para agitar a varinha...

Todos recuaram, encostaram-se nas paredes, deixando Frank sozinho ao lado do guarda-roupa. Ele parecia pálido e assustado, mas enrolara as mangas das vestes e segurava a varinha em posição.

- Quando eu contar três, Frank - avisou Leblanc, que apontava a própria varinha para o puxador do armário. - Um... dois... três... agora!

Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha do professor e bateu no puxador. O guarda-roupa se abriu com violência. O Prof. Slughorn  saiu, os olhos faiscando para Frank.

Frank recuou, de varinha no ar, balbuciando silenciosamente. Slughorn avançou para ele, apanhando alguma coisa dentro das vestes.

- R... r... riddikulus! - esganiçou-se Frank.

Ouviu-se um ruído que lembrava o estalido de um chicote. Slughorn tropeçou; usava um vestido longo, enfeitado de rendas e um imenso chapéu de bruxo com um urubu carcomido de traças no alto, e sacudia uma enorme bolsa vermelho vivo. Houve uma explosão de risos; o bicho-papão parou, confuso, e o Prof. Leblanc gritou:

- Meadowes! Avante!

Meadowes adiantou-se, com ar decidido. Slughorn avançou para ela. Ouviu-se outro estalo e onde o bicho-papão estivera havia agora uma múmia com as bandagens sujas de sangue; seu rosto tampado estava virado para Meadowes e a múmia começou a andar para a garota muito lentamente, arrastando os pés, erguendo os braços duros...

- Riddikulus! - exclamou Meadowes.

Uma bandagem se soltou aos pés da múmia; ela se enredou, caiu de cara no chão e sua cabeça rolou para longe do corpo.

- Peter - bradou o professor.

Peter passou disparado por Meadowes. Craque! Onde estivera a múmia surgiu uma mulher de cabelos negros que iam até o chão e um rosto esverdeado e esquelético – um espírito agourento. Ela escancarou a boca e um som espectral encheu a sala, um grito longo e choroso que fez os cabelos de Peter ficarem em pé.

– Riddikulus! – bradou Peter.

O espírito agourento emitiu um som rascante, apertou a garganta com as mãos; sua voz sumiu. Craque! O espírito agourento se transformou em um rato, que saiu correndo atrás do próprio rabo, em círculos, depois... craque! – transformou-se em uma cascavel, que saiu deslizando e se contorcendo até que – craque! – se transformou em um olho único e sangrento.

– Confundimos o bicho! – gritou Leblanc. – Já estamos quase no fim! Rose!

Rose adiantou-se correndo. Craque! O olho se transformou em Lily morta ao lado de Rose, todos os alunos ficaram em silêncio.

– Riddikulus! – berrou Rose.

Ouviu-se um estalo e apareceu Petúnia vestida igual as meninas.

– Excelente! Sirius, você é o próximo!

Sirius correu para a frente aos pulos.
Craque! Sirius apareceu num cemitério chorando no túmulo de alguém.

As Gêmeas Evans (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora