31. Baile de Inverno

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Apesar da pesada carga de deveres de casa que os alunos do quarto ano tinham recebido para as férias, os Marotos, fora Remus, não estavam com a menor vontade de estudar quando o trimestre terminou, e passaram a semana que antecedeu o Natal divertindo-se o máximo possível como todos os outros alunos. A Torre da Grifinória não parecia mais vazia agora do que estivera durante o
tempo de aulas; parecia até ter encolhido ligeiramente, porque seus moradores estavam muito mais barulhentos do que o normal. James e Sirius fizeram grande sucesso com os seus Cremes de Canário e, nos primeiros dois dias de férias, as pessoas não paravam de explodir em penas por todo o lado. Não tardou muito, porém, todos os alunos da Grifinória aprenderam a olhar a
comida que outras pessoas ofereciam com extrema cautela, para a eventualidade de ter Creme de Canário escondido no meio, e James confidenciou a Remus e Peter que ele e Sirius agora estavam trabalhando em outra invenção. Remus fez uma anotação mental para, no futuro, jamais aceitar sequer uma batata frita de James e Sirius, mesmo eles sendo seus amigos. Ele ainda não esquecera Peter e o Caramelo Incha- Língua. Caía muita neve sobre o castelo e seus terrenos agora. A carruagem azul-clara da Beauxbatons parecia uma enorme abóbora coberta de gelo ao lado da casinha de bolo glaçado
que era a cabana de Hagrid, enquanto as escotilhas do navio de Durmstrang estavam foscas e o cordame branco de gelo. Os elfos domésticos na cozinha se desdobravam para preparar pratos nutritivos, ensopados que aqueciam e sobremesas deliciosas, e somente Flora Delacour e Louise Davillier pareciam serem capazes de encontrar de que reclamar.

– É pesada demais, essa comida de Ogwarts – ouviram Flora reclamar mal-humorada, quando, certa noite, deixavam o Salão Principal atrás dela.

– Não vou caberr nas minhas vestes de baile! - exclamou Louise.

– Aaah, mas que tragédia – comentou Rose na hora em que Louise ia chegando ao saguão de entrada. – Ela realmente se acha muito importante, essa aí, não é?

- Pois é! - concorda Lily.

– Meninas, com quem vocês vão ao baile? – perguntou Severus.

O garoto não parava de assediá-las com essa pergunta, na esperança de fazê-las responder sem querer ao serem perguntadas quando menos esperasse. No entanto, Rose meramente franzia a testa e dizia:

– Não vamos lhe contar porque você iria caçoar de nós.

– Você está brincando, Snape? – disse Avery às costas deles.

– Você está dizendo que alguém convidou isso para ir ao baile? - disse Mulciber apontando para as meninas.

Os três se viraram na mesma hora, mas Lily disse em voz alta, acenando para alguém por cima do ombro de Avery e Mulciber:

– Olá, Prof. Hood!

Avery e Mulciber ficaram pálidos e pularam para trás, procurando Hood com um olhar alucinado, mas o
professor ainda estava à mesa, terminando seu ensopado.

– Que doninhas nervosinhas vocês são, hein? – comentou Rose demonstrando desprezo.

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Lílian e Rosalie se encontraram com Severus no salão principal, tomaram café da manhã e saíram. Os três passaram a maior parte da manhã na biblioteca, depois voltaram ao Salão Principal para um almoço magnífico, que incluía no mínimo uns cem perus e pudins de Natal e montanhas de Bolachas Mágicas de Cribbage. Depois saíram para os jardins à tarde; a neve estava intocada, exceto pelas valas fundas feitas pelos estudantes de Durmstrang e Beauxbatons a caminho do castelo. Severus preferiu assistir à batalha de bolas de neve de Lily com os Rose, em vez de tomar parte nela e, às cinco horas, as meninas disseram que iam subir para se prepararem para o baile.

As Gêmeas Evans (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora