25. O Cálice de Fogo (parte 1)

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– Eu não acredito! – exclamou James, em tom de espanto, quando os alunos de Hogwarts se enfileiraram pelos degraus atrás da delegação de Durmstrang. – Krum, gente! Anthony Krum!

– Pelo amor de Deus, James, ele é apenas um jogador de quadribol – disse Remus.

– Apenas um jogador de quadribol? – exclamou James, olhando para o amigo como se não pudesse acreditar no que ouvia. – Remus, ele é um dos melhores apanhadores do mundo! Eu não fazia ideia de que ele ainda estava na escola!

- E aquele é o Grindelwald? Descendente de Gerardo Grindelwald. - questionou Sirius.

- Sim, é ele mesmo! - responde Peter.

Quando eles atravessaram o saguão com os demais alunos de Hogwarts, a caminho do Salão Principal, os Marotos viram Marlene Mckinnon pulando nas pontas dos pés para conseguir ver melhor a nuca de Krum e do Grindelwald. Várias garotas do sexto ano apalpavam freneticamente os bolsos enquanto andavam:

– Ah, não acredito, não trouxe uma única pena comigo... Você acha que ele assinaria o meu chapéu com batom?

– Francamente! – exclamou Rose e Lily com ar de superioridade, ao passarem pelas garotas, agora disputando o batom.

– Vou pedir um autógrafo a ele se puder – disse James –, você tem uma pena, Sirius?

– Não, deixei todas lá em cima na mochila – respondeu Sirius.

Os garotos se dirigiram à mesa da Grifinória e se sentaram. James tomou o cuidado de se sentar de frente para a porta, porque Krum e seus colegas de Durmstrang ainda estavam parados ali, aparentemente sem saber onde se sentar. Os alunos de Beauxbatons tinham escolhido lugares à mesa da Corvinal. Corriam os olhos pelo Salão Principal com uma expressão triste no rosto. Três deles ainda seguravam as echarpes e xales que cobriam a cabeça.

– Não está fazendo tanto frio assim – comentou Rose para Lily que os observava, irritadas. – Por que não trouxeram as capas?

– Aqui! Venham se sentar aqui! – sibilou Sirius. – Aqui! Remus chega para lá, abre um espaço...

– Quê?

– Tarde demais – disse James com amargura.

Anthony Krum e os colegas de Durmstrang tinham se acomodado à mesa da Sonserina. James e Sirius viram que Snape, Avery e Mulciber pareciam muito cheios de si com isso. Enquanto o garoto observava, Avery se curvou para falar com Krum.

– É, vai fundo, puxa o saco dele, Avery – disse James com desdém. – Mas, aposto como o Krum está percebendo o jogo dele... aposto como tem gente adulando ele o tempo todo... onde
é que você acha que eles vão dormir? Poderíamos oferecer um lugar no nosso dormitório... eu não me importaria de ceder a minha cama, e poderia dormir em uma cama de
armar.

Remus deu uma risadinha desdenhosa.

– Eles parecem bem mais felizes que o pessoal da Beauxbatons – disse Peter.

Os alunos de Durmstrang estavam despindo os pesados casacos de peles e olhando para o teto escuro e estrelado com expressões de interesse; uns dois seguravam os pratos e taças de ouro e examinavam-nos, aparentemente impressionados. Na mesa dos funcionários, Filch, o zelador, acrescentava cadeiras. Estava usando a velha casaca mofada em homenagem à ocasião. James e Sirius ficaram surpresos de ver que ele acrescentara duas cadeiras de cada lado de Dumbledore.

– Mas só tem mais duas pessoas – disse Sirius. – Por que Filch está colocando mais quatro cadeiras? Quem mais vem?

– Eh? – respondeu James vagamente.

As Gêmeas Evans (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora