Dark Paradise {Choni Version}

31 - Presente de grego

Voltei rápido porque sou ansiosa e vou entupir vocês de fanfic, se tudo der certo, eu termino DP e já começo outras.
Temos indicação de música nesse capítulo, podem iniciar o capítulo já ouvindo Awolnation - Run.

Já vou avisar que esse capítulo pode ser um pouquinho pesado e causar agonia em algumas pessoas, mas quem aguentou hot de Nick e Cheryl, aguenta qualquer coisa.

Beijinhos e boa leitura.

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Retirei minha jaqueta e a joguei na cadeira, como em um ritual. Peguei meu cigarro e o levei até a boca. Com meu isqueiro, acendi-o, dando uma forte tragada em seguida, enquanto caminhava até o interruptor. A fumaça escapava por minhas narinas. Meus dedos alcançaram o interruptor, acendendo a luz do meu precioso painel de ferramentas. Meus olhos percorreram toda a extensão e, por pura vontade, pararam sobre meu pequeno jogo de facas. Ao lado havia também um machado, notei com malícia. Peguei o jogo de facas e caminhei até meu destino. Lá estava ele, semi nu, com os braços e as pernas presas, suspenso do chão, em uma espécie de círculo imitando um jogo de dardo, onde ele está posicionado no o ponto principal: ele é meu alvo.

- Hmmmm... – Gemi, dando mais uma tragada, meus olhos fechados apreciando as batidas da música. Com os olhos fechados ainda, arremessei a primeira faca. Abri meus olhos e deixei a fumaça escapar lentamente pelos meus lábios. A faca atingira o lado da cabeça do lixo, fazendo um leve corte na orelha. À minha frente, o imundo se remexia sem parar, o que me fez rir, uma risada gostosa e satisfatória. – Depois de uma semana preso aqui, finalmente vou poder dar o que você realmente merece... Quer brincar um pouco?

Peguei a outra faca que estava em minha mão e a lambi, provocando um pequeno corte. O gosto do ferro inundou meu paladar. Eu gosto disso, dessa tensão. Gosto do gosto do sangue. Gosto de ver como ele escorre e respinga. Eu estava em casa, no meu paraíso particular.

- Desculpe, você quer dizer alguma coisa? – Me aproximei do homem. – Eu não consigo ouvir nada. – Tirei a mordaça da sua boca e então ele cuspiu no chão, puro sangue. Confesso que não aguentei: eu venho torturando ele há uma semana.

- Sua vadi...

- Xiii... – O interrompi, colocando a mordaça novamente. – Essa é minha parte favorita.

I am a human being, capable of doing terrible things
(Eu sou um ser humano, capaz de fazer coisas terríveis)

I am a human being, capable of doing terrible things
(Eu sou um ser humano, capaz de fazer coisas terríveis)

I am a human being, capable of doing terrible things
(Eu sou um ser humano, capaz de fazer coisas terríveis)

I am a human being, capable of doing terrible things
(Eu sou um ser humano, capaz de fazer coisas terríveis)

Run!
(Corra!)

O solo pesado da guitarra invadiu meus ouvidos e eu senti vontade de gritar - em minhas veias corria pura excitação.

- Você está com medo? – O homem negou com a cabeça, enquanto eu girava a faca habilidosamente em minha mão, andando de um lado para o outro. – Não? Espera, já sei. – Parei de frente para ele apontando a faca em sua direção. – Você quer saber o que você fez a mim para estar aqui, certo? – Ele balançou a cabeça positivamente. – Você é tão estúpido! Você é um bandido e ainda quer saber o que fez de errado. Patético. – Soltei um riso nasal. – Eu queria fazer isso rápido, mas sabe? Eu não consigo. Você fodeu minha vida por malditos três meses.

Me lembrar de tudo o que senti enquanto Cheryl estava em coma não foi fácil. As noites que passei em claro, pensando se a teria de volta. Todas as manhãs em que eu saía da cama, ia até o local do hospital e não conseguia entrar. Todas as bebedeiras inconsequentes que me faziam transar com mulheres aleatórias. Mas nenhuma me era o suficiente: elas não eram Cheryl. A raiva foi ficando mais forte dentro de mim, se é que isso era possível. Meus olhos passaram a marejar pelas lembranças desses 3 meses horríveis.
- Você quase me tirou uma das pessoas que eu mais amo nesse mundo. – Me virei de costas para Brow. Eu não conseguia olhá-lo e falar de amor ao mesmo tempo. Passei as costas da mão no rosto, evitando que as lagrimas caíssem. Eu preciso ser forte e mostrar quem está no comando. – Operação Haiti, se lembra? – Me virei novamente para ele, que me olhava com medo. Me aproximei, fincando a faca próxima ao seu rosto e retirei novamente a mordaça. Eu precisava ouvi-lo.